Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
"América — 4 de julho de 1776 a 6 de novembro de 2012. Causa da morte: suicídio.”
É este, acreditem, um trecho da mensagem decretando a morte dos Estados Unidos enviada a seus seguidores em Cincinnati por um grupo do Tea Party, movimento de extrema-direita criado no início do governo democrata, para combater as políticas sociais do agora presidente reeleito Barack Obama.
A ira desta ala mais radical dos conservadores republicanos ajuda a explicar a derrota de Mitt Romney nas urnas e dá uma ideia de como será a oposição a Obama no segundo mandato.
Por aqui, ninguém ainda chegou a esse ponto, após as três derrotas seguidas dos tucanos paulistas nas eleições presidenciais, mas são indisfarçáveis a tristeza e o inconformismo com a vitória de Obama demonstrados pelos representantes do Tea Party tupiniquim em seus blogs e colunas.
Ainda mal refeitos do baque com a mais recente derrota do tucano José Serra em São Paulo, os porta-vozes do Instituto Millenium, versão nativa do Tea Party, gastam suas últimas energias em busca de explicações para mais essa derrota eleitoral, depois de passar meses propagando o crescimento da candidatura de Mitt Romney.
Se você quiser saber quem vai ganhar as próximas eleições, em qualquer lugar do Brasil ou do mundo, é só ver quem eles estão apoiando. Vai ganhar o outro. A última vez que comemoraram uma vitória do "seu" candidato acho que foi na eleição do papa Bento 16.
A diferença entre o que aconteceu aqui e as reações nos Estados Unidos é que lá reconheceram logo os motivos do fracasso da candidatura republicana. Ao final de um breve discurso de cinco minutos aceitando a derrota, Mitt Romney retirou-se discretamente de cena, para não mais voltar.
No Brasil, como já aconteceu em outras ocasiões, José Serra saiu da campanha derrotada dizendo-se "revigorado" e não deu nenhum sinal de que pretende largar o osso. Seus seguidores também não. Ao contrário, mostram-se cada vez mais radicais, raivosos e intolerantes.
Nos Estados Unidos, os republicanos reconhecem que um dos principais motivos da derrota foi aquela fatídica declaração de Romney capturada no YouTube por um neto do ex-presidente Jimmy Carter: "47% dos americanos dependem do governo e se recusam a assumir responsabilidade sobre suas próprias vidas".
Pois eles assumiram a responsabilidade de votar em Obama e derrotar Mitt Romney.
Não haverá aí alguma semelhança com o que costumam dizer os seguidores mais fanáticos do nosso Tea Party sobre o Bolsa Família e o conjunto de programas sociais criados pelos governos Lula e Dilma?
Eles não esquecem e não perdoam Obama até hoje por ter chamado Lula de "o cara". Poderiam fazer um estágio com os republicanos para aprender com as derrotas a não repetir sempre os mesmos erros em vez de sair por aí gritando que ganharam as eleições.
É este, acreditem, um trecho da mensagem decretando a morte dos Estados Unidos enviada a seus seguidores em Cincinnati por um grupo do Tea Party, movimento de extrema-direita criado no início do governo democrata, para combater as políticas sociais do agora presidente reeleito Barack Obama.
A ira desta ala mais radical dos conservadores republicanos ajuda a explicar a derrota de Mitt Romney nas urnas e dá uma ideia de como será a oposição a Obama no segundo mandato.
Por aqui, ninguém ainda chegou a esse ponto, após as três derrotas seguidas dos tucanos paulistas nas eleições presidenciais, mas são indisfarçáveis a tristeza e o inconformismo com a vitória de Obama demonstrados pelos representantes do Tea Party tupiniquim em seus blogs e colunas.
Ainda mal refeitos do baque com a mais recente derrota do tucano José Serra em São Paulo, os porta-vozes do Instituto Millenium, versão nativa do Tea Party, gastam suas últimas energias em busca de explicações para mais essa derrota eleitoral, depois de passar meses propagando o crescimento da candidatura de Mitt Romney.
Se você quiser saber quem vai ganhar as próximas eleições, em qualquer lugar do Brasil ou do mundo, é só ver quem eles estão apoiando. Vai ganhar o outro. A última vez que comemoraram uma vitória do "seu" candidato acho que foi na eleição do papa Bento 16.
A diferença entre o que aconteceu aqui e as reações nos Estados Unidos é que lá reconheceram logo os motivos do fracasso da candidatura republicana. Ao final de um breve discurso de cinco minutos aceitando a derrota, Mitt Romney retirou-se discretamente de cena, para não mais voltar.
No Brasil, como já aconteceu em outras ocasiões, José Serra saiu da campanha derrotada dizendo-se "revigorado" e não deu nenhum sinal de que pretende largar o osso. Seus seguidores também não. Ao contrário, mostram-se cada vez mais radicais, raivosos e intolerantes.
Nos Estados Unidos, os republicanos reconhecem que um dos principais motivos da derrota foi aquela fatídica declaração de Romney capturada no YouTube por um neto do ex-presidente Jimmy Carter: "47% dos americanos dependem do governo e se recusam a assumir responsabilidade sobre suas próprias vidas".
Pois eles assumiram a responsabilidade de votar em Obama e derrotar Mitt Romney.
Não haverá aí alguma semelhança com o que costumam dizer os seguidores mais fanáticos do nosso Tea Party sobre o Bolsa Família e o conjunto de programas sociais criados pelos governos Lula e Dilma?
Eles não esquecem e não perdoam Obama até hoje por ter chamado Lula de "o cara". Poderiam fazer um estágio com os republicanos para aprender com as derrotas a não repetir sempre os mesmos erros em vez de sair por aí gritando que ganharam as eleições.