O governo Rosalba Ciarlini (DEM) tem uma crise política e outra  gerencial. A afirmação é do deputado estadual Fernando Mineiro, um dos  líderes da oposição na Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar, o  governo vive uma crise gerencial ao não conseguir administrar as  finanças do estado. 
Ao mesmo tempo, as críticas públicas de aliados  importantes como o PMDB, segundo Mineiro, mostram que o governo também  enfrenta uma crise política.
“Os aliados reclamarem do governo publicamente é a tradução da crise  política. E a dificuldade financeira é a tradução da crise gerencial. O  governo vive uma crise política e gerencial. Se os próprios aliados  estão insatisfeitos, imagine a oposição. Inclusive eu gostaria de saber  qual aliado está satisfeito. Que venha a público algum aliado  satisfeito”, analisa o petista, respondendo críticas do líder do  governo, Getúlio Rego (DEM).
Sábado, em entrevista ao Jornal de Hoje, Getúlio classificou como  “agressivas” declarações de setores da oposição, citando Mineiro, que  fariam uma “comunicação equivocada” dos dados financeiros, ao afirmar  que o governo tem saldo de caixa.
Para Mineiro, porém, os dados são públicos. “Quem diz que tem  superávit não sou eu, mas o Diário Oficial. Os balancetes publicados  pelo próprio governo. Recomendo que ele (Getúlio) leia os balancetes e  analise. É o próprio governo”, rebateu o petista.  Segundo o deputado  oposicionista, existe descontrole na gestão das finanças do Estado. O  governo não consegue administrar o excesso de arrecadação de ICMS e  também teria dificuldades para definir quais prioridades. “São  dificuldades gerenciais do governo. Todos eles sabem disso”,  acrescentou.
Fernando Mineiro afirma ainda que a crise gerencial do governo é  percebida pela base aliada da governadora Rosalba Ciarlini. Ele aponta o  centralismo demasiado da gestão, focada em núcleo que concentra a  decisão, além de deficiência para definir prioridades, como dificuldades  da administração. 
“Os próprios aliados sabem que existe uma série de  entraves gerenciais. O governo não consegue desenvolver a gestão como  deveria, não consegue administrar, definir prioridades. É um governo  muito centralizado”, avaliou.
