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Após passar 266 dias na cadeia, o mafioso Carlinhos Cachoeira deixou o presídio da Papuda na madrugada desta quarta-feira (21). A decisão de soltá-lo foi tomada pela juíza Ana Claudia de Oliveira Barreto, do Distrito Federal, que julgou que “não subsiste a necessidade de segregação cautelar”. Ao mesmo tempo, ela condenou o “empresário” – como insiste em chamá-lo a mídia privada – a cinco anos de prisão em regime aberto. Estas decisões devem ter agradado a direção da Veja, que mantém intimas ligações com o mafioso.
Escutas telefônicas apontaram ainda as relações intimas do chefe do crime organizado com a direção da Veja. Em dezenas de ligações, Carlinhos Cachoeira menciona Policarpo Jr., editor da revista, apelidado de “Caneta”. Ele serve como fonte principal da publicação, ajudando a queimar adversários, e também usa o veículo para divulgar seus “negócios”. Segundo as investigações da PF, Policarpo Jr. fabricou reportagens na revista feitas a partir de grampos clandestinos produzidos pela quadrilha do mafioso.
Diante de tantas evidências, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), decidiu pedir o indiciamento de Policarpo e sustentou que o chefão da revista Veja manteve relações criminosas com a quadrilha. A péssima notícia, porém, foi amenizada hoje com a soltura da prisão do mafioso. Agora, em liberdade, ele poderá novamente prestar os seus “serviços” à publicação da famiglia Civita!