O novo técnico da seleção brasileira de futebol, o Felipão, causou antipatia dos trabalhadores bancários, durante entrevista ao responder se a pressão popular poderia influir negativamente no desempenho do time, Felipão fez um comparativo, sugerindo que quem não quer pressão vai trabalhar no Banco do Brasil e "não faz nada".
Imediatamente, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) emitiu nota de repúdio às declarações do treinador. Assinada pelo presidente da entidade, Carlos Cordeiro, o comunicado diz que Felipão está desatualizado sobre as relações de trabalho nos bancos e cita que cerca de 1.200 bancários do país são afastados das suas atividades mensalmente por razões de saúde, "vítimas do assédio moral e da pressão violenta" pelo cumprimento de metas de produtividade e vendas de produtos bancários, como financiamentos, seguros, investimentos e cartões de crédito.
A nota diz ainda que Felipão "começou mal" e que suas declarações "desrespeitam os trabalhadores bancários".
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região também divulgou nota em que pede uma retratação por parte de Felipão. A entidade enviou carta à CBF e ao treinador, na qual afirma que "os bancários do Banco do Brasil, como os de todos os outros bancos no país, estão entre as categorias que mais adoecem, atingindo níveis epidêmicos, em função da pressão e do assédio moral que sofrem nas agências e departamentos das instituções financeiras".
Para a presidenta do sindicato, Juvandia Moreira, o técnico, por desconhecimento, prestou um desserviço à sociedade."Convidamos ele a conhecer nossa realidade, ver como funciona o dia a dia de uma agência bancária e a luta que empreendemos pelo fim da pressão e do assédio moral", afirmou.
O BB também divulgou nota na qual lamenta "o comentário infeliz" do técnico, afirmando que "se orgulha por contar com 116 mil funcionários que todos os dias vestem a camisa do banco, com as cores do Brasil, e trabalham com dedicação e compromisso para atender com excelência às necessidades de nossos clientes e do nosso país".
Depois disso, Felipão entrou em contato com o presidente do BB, Aldemir Bendine, e pediu desculpas. Ele afirmou ser cliente há mais de 30 anos e disse não ter a intenção de ofender os funcionários do banco.
"Estou lá para pedir a colaboração do povo brasileiro à seleção e não pretendia ofender o pessoal do Banco do Brasil. Foi apenas uma má colocação."
Para Aldemir Bendine, a polêmica está encerrada. "Você (Felipão) vai ter aqui uma família de 116 mil pessoas, que estarão torcendo pelo seu trabalho. Que você seja muito feliz nessa nova empreitada e que traga de volta aquela alegria que você nos deu em 2002."
Depois de ligar para o "cartola" do BB, não custa nada o técnico dar uma ligadinha também para os representantes dos trabalhadores bancários, aquele pessoal que "carrega o piano" do banco. (com informações da Rede Brasil Atual e Estado)
Após declaração desastrada contra bancários do BB, Felipão pede desculpas
Posted on quinta-feira, 29 de novembro de 2012 by Editor in