Rússia envia garotas da banda Pussy Riot para trabalho em campos de detenção

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  • terça-feira, 23 de outubro de 2012
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  • O governo da Rússia enviou nesta segunda-feira duas garotas integrantes da banda punk Pussy Riot para dois diferentes campos de trabalho no interior do país, informam advogados e ativistas.
    Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, foi enviada para o campo de Mordovia, e Maria Alyokhina, 24, para o campo de Perm. Centenas de quilômetros distantes da capital, Moscou, os campos eram usados como grandes presídios na era soviética.

    A notícia foi revelada por dois advogados e ativistas do grupo Voina. Pyotr Verzilov, marido de Tolokonnikova, é um membro do grupo. Mark Feigin, um dos advogados do grupo, disse que sua colega Violetta Volkova recebeu uma ligação telefônica confirmando a transferência.

    Na conta do Pussy Riot no Twitter o grupo disse que "no fim de semana Nadya [Tolokonnikova] foi enviada em voo especial para Mordovia, enquanto Masha [Alyokhina] foi enviada para a região de Perm. Estes são os campos mais crueis de quaisquer outros que poderiam ter sido escolhidos".
    O governo russo não confirma a transferência das duas jovens para os campos.

    Sentenças

    As duas integrantes da banda foram sentenciadas a dois anos de prisão por um protesto contra o presidente Vladimir Putin meses atrás. Ao lado de uma terceira integrante, Yekaterina Samutsevich, elas tocaram músicas no altar da Catedral de Moscou ironizando o líder.
    Elas foram condenadas por "vandalismo motivado por ódio religioso" durante o "show-protesto" realizado em 21 de fevereiro, quando invadiram a catedral.
    Samutsevich foi libertada porque a Justiça russa entendeu que ela não participou do protesto de forma tão intensa quanto as amigas.
    Alyokhina tem um filho de cinco anos, Filipp, e Tolokonnikova é mãe de uma menina de quatro anos, Gera.
    O site de notícias russo Newru.com diz que as duas jovens estão ficando cada vez mais isoladas da família e colegas ativistas.
    Na semana passada os advogados de defesa das duas argumentaram que as jovens só deveriam ser detidas quando seus filhos completassem 14 anos, mas o pedido de recurso foi rejeitado pelas cortes russas.
    BBC Brasil

     
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