O caminho para 2014: perdas e ganhos

Posted on
  • quarta-feira, 31 de outubro de 2012
  • by
  • Editor
  • in
  • por Rodrigo Vianna - Escrevinhador
    Na eleição mais importante do país, o PSDB de São Paulo tentou fugir para Serra maestra. Fustigado pela rejeição de seu líder maior (?!), não soube reagir. Os tucanos (de São Paulo) não sabem lutar quando acuados. Covas sabia. Os que sobraram não sabem. Só conseguem avançar em terreno inimigo se tiverem a infantaria protegida pela aviação (mídia velha) e a artilharia (velha mídia). Na disputa em São Paulo, até contaram com artilharia pesada. Mas ela mirou para o lado errado: Mensalão, kit gay… Os tucanos paulistas – capturados pela irracionalidade de blogueiros medonhos da “Veja” e de pastores com estranhas fixações sexuais - falam cada vez mais apenas para convertidos. Caíram no gueto, e ali chafurdam.

    A primeira conclusão óbvia que a eleição municipal nos traz é essa: o PSDB só vai sobreviver se trocar o eixo de comando. Saem os paulistas de calças sociais e camisas azuis. Entram os mineiros joviais. Alckmin não tem fôlego para pensar em Brasília, terá que se concentrar em São Paulo: o tucanato paulista está sob fogo serrado e cerrado, e pode perder seu bastião – como escrevi aqui.
    Nesse giro para fora do gueto, Aécio ganha alguns aliados importantes: ACM Neto e um DEM que comandará a terceira cidade brasileira; Arthur Virgílio e a coragem de quem não foge de brigas amazônicas; o PPS com algumas cidades de médio porte conquistadas país afora.
    Eduardo Campos e o PSB
    Os tucanos também acham que podem atrair Eduardo Campos e o fortalecido PSB para uma aliança de ocasião contra o lulismo. Como eu havia escrito aqui, logo após o primeiro turno, o mais provável é que o PSDB vire linha auxiliar do neto de Arraes. Vejamos…
    O PSB conquistou o maior número de capitais. Virou o quarto partido brasileiro, atrás apenas de PT, PSDB e PMDB. Isso é fato. E há mais: ao contrário dos tucanos, Eduardo pode – legitimamente – ensaiar um discurso “pós-Lula”, do tipo “gostamos do Lula, respeitamos o legado dele, mas é hora de seguir para uma nova fase”. Aécio dizer isso não cola, porque ele estará cercado por fantasmas dos velhos tempos fernandistas. Eduardo Campos dizer isso cola, sim!
    Portanto, Eduardo tem base eleitoral de saída (Nordeste e algumas cidades grandes Brasil afora), e tem discurso. A questão é: a hora é 2014? Ou 2018? Isso depende do que acontecer com o PT.
    Lula, Dilma e o PT
    Lula colheu uma vitória maiúscula com a eleição de Haddad. Lula só perdeu na Globonews. A derrota tucana em São Paulo é tão séria que já começou o acerto de contas entre Serra e outras lideranças tucanas – que pretendem jogar toda a conta pelo fracasso nas costas do bravo líder da Mooca.
     
    Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...