Falta de propostas e acirramento governo-oposição marcam debate
O primeiro debate ao vivo realizado entre os candidatos a prefeito de Rio Branco foi marcado pela escassez de propostas e muita trocas de farpas entre governo e oposição. Os cinco candidatos oposicionistas centraram esforços na tentativa de fragilizar Marcus Alexandre (PT), apoiado pelo prefeito Raimundo Angelim e o governador Tião Viana.
O confronto inicial foi protagonizado por Tião Bocalom (PSDB) e Marcus Alexandre, os dois principais concorrentes na disputa. O tucano fez questionamentos sobre os processos a qual Alexandre responde na Justiça e no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre desvios de verbas na BR-364, entre os municípios acrianos de Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.
Em obras desde 1999, a rodovia já consumiu até 2012 mais de R$ 1 bilhão. Neste período, o Ministério Público Federal apresentou denúncias apontando desvios de verbas públicas, superfaturamento e má qualidade dos serviços. Marcus Alexandre comandou o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) por seis anos; o órgão foi o responsável pela pavimentação.
Para rebater as acusações, o petista afirmou que todas as denúncias foram anteriores à sua gestão no
Deracre e que não responde a processos. Logo em seguida entrou em debate o escândalo do mensalão.
Fernando Melo (PMDB) questionou Bocalom sobre o envolvimento de pessoas do PT e do governo do ex-presidente Lula no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Melo classificou o mensalão como “o maior escândalo de corrupção deste país”, e alfinetou o tucano lembrando que a origem do caso ocorreu no governo do PSDB em Minas Gerias.
Sentindo-se afetado com o envolvimento de seu partido no debate, Marcus Alexandre pediu direito de resposta, atendido pela direção da emissora. "O mensalão está sendo julgado lá em Brasília, o deputado Fernando Melo pode falar melhor pois também estava lá [ele foi deputado federal pelo PT], o partido do vice de Bocalom [o PP] também foi condenado”, observou Alexandre.
As discussões também ficaram na parte final do programa, quando os candidatos tocaram no tema das enchentes que afetam Rio Branco anualmente. Em coro, os candidatos da oposição “bombardearam” o governo com críticas quanto à assistência às famílias desabrigadas, apontando ineficiência no atendimento e supostos desvios dos donativos. Marcus Alexandre rebateu afirmando que o Estado mobilizou todos os esforços para amenizar o sofrimento dos desabrigados, destacando as ações de voluntários.
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Nota zero para eles
Posted on terça-feira, 2 de outubro de 2012 by Editor in