Estão nesta situação a candidata Beti Pavin (PSDB), de Colombo, e os candidatos Cezar Gibran Johnsson (PSC), de Rio Branco do Sul, Moacir Luiz Froehlich (PMDB), de Marechal Cândido Rondon, e José Pedro Rodrigues da Silva (PTB), de Santa Inês. Eles aparecem em uma lista divulgada pelo TSE que relaciona candidatos de todo o país que tiveram registros de decisões judiciais pelo indeferimento e que, apesar de protocolarem recursos, perderam o prazo. A situação é distinta dos candidatos que concorreram com as candidaturas deferidas com recurso. Este é o caso, por exemplo, do candidato Carlos Roberto Pupin (PP), que foi para o segundo turno em Maringá. Neste caso, o TSE ainda vai se pronunciar sobre o recurso, apresentado dentro do prazo legal.
Indefinição
Em Colombo, Beti Pavin atingiu 51% dos votos válidos. O candidato Zé Vicente (PSC), segundo colocado, obteve 48% dos votos. Se o TSE decidir negativamente contra Beti, a lei eleitoral prevê a realização de novas eleições, já que o Zé Vicente não conseguiu 50% dos votos válidos. Zé Vicente, do PSC, acabou eleito com quase 25 mil votos, 49% dos votos válidos.
Beti Pavin teve o registro indeferido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) no dia 25 de agosto, mas recorreu da decisão junto ao TSE, que manteve a impugnação no último dia 20. Pela determinação do ministro Marco Aurélio Mello, Beti ficará inelegível até 2017. O ministro entendeu que a candidata não cumpriu o prazo fixado por lei para recorrer, que se encerrava em 31 de agosto. Os embargos da coligação de Beti foram protocolados nos dias 2 e 6 de setembro e, por isso, o ministro negou a legitimidade do recurso, mantendo a determinação do TRE. Ela teve a candidatura impugnada pelo TRE-PR por improbidade administrativa sob os princípios da Lei Ficha Limpa. Entre os motivos que causaram a impugnação estão prejuízo à gestão municipal, rejeição de contas públicas, danos ao patrimônio público e gastos ilícitos de recursos públicos.
Na urna
Confira quantos votos recebaram os impugnados
No resultado oficial das eleições, os votos dos candidatos indeferidos de Rio Branco do Sul, Colombo, Santa Inês e Marechal Cândido Rondon constam como nulos e os candidatos que alcançaram o segundo lugar na votação aparecem como eleitos. A situação pode se inverter de acordo com a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral.
Em Marechal Cândido Rondon, o atual prefeito da cidade, Moacir Froehlich (PMDB), que tentou a reeleição, obteve 13.538 votos. Vítor Giacobbo (PTB), segundo colocado, somou 8.122 votos. Em Santa Inês, José Pedro Rodrigues da Silva (PTB) alcançou 781 votos, conseguindo 22 votos a mais do que Carlos Scadelai (PSL) que atingiu 759 votos. Em Rio Branco do Sul, oficialmente até agora, o prefeito eleito é Waldemar Castro (PSDB), que teve 8.933 votos. Cezar Gibran Johnsson (PSC), que aguarda a posição definitiva do TSE, recebeu o voto de 9.480 eleitores, num total de 21.441 eleitores.
Em Colombo, os votos registrados em nome de Bete Pavin correspondem a pouco mais que o dobro dos conquistados pelo segundo colocado. A ex-deputada teve 53.980 votos, Zé Vicente (PSC) obteve 24.684 votos.
Gazeta do Povo