Leio o jornal diário que recebo, no Rio de Janeiro.
Além de manchetes sistemáticas contra o PT, os réus do mensalão como se já condenados e julgados - e contra Russomano, leia-se Igreja Universal - há sempre duas páginas contra Chávez da Venezuela.
Ao aproximar-se este dia de eleições tanto lá - na Venezuela - quanto aqui, a sensação que o jornal me dá é que Chávez é candidato do PT a vereador no Rio e também réu confesso do mensalão, fiel da Universal e uma ameaça ao "mundo livre" - leia-se PIG.
O ataque a Chávez, ao PT, a Russomano e quejandos, é sistemático, diário, parte de notícias distorcidas, de linguagem oportunista para favorecer a Direita mais raivosa e golpista.
Chega a ser vergonhoso.
A vantagem é que a maioria que vota em Chávez, no PT, ou em Russomano, não tem o hábito de ler esta "imprensa livre". Sua linguagem destina-se exatamente aos que já estão "ganhos" para o campo "udenista".
Quem teve a oportunidade de assistir aos vídeos que retrataram o golpe que a Direita impôs a Chávez há anos, vergonhoso golpe, com a sua prisão e a tentativa de enviá-lo de uma base insular da Venezuela para ser julgado nos EEUU, compreende claramente a situação da Venezuela.
Assim como uma greve dá mais consciência política a um trabalhador que dez anos de leitura doutrinária, da mesma forma 48 horas em poder da Direita Venezuelana, corrupta e servil aos EEUU, deram a Chávez mais consciência política que tudo que ele possa antes ter lido ou pensado.
Pois chega o tal jornal a chamar Chávez de "ditador democrático". Jamais vira isto antes. Chávez é autoridade eleita e referendada em 15 eleições democráticas, limpas e vitoriosas. Que ditador é este?
Que Ditador seria este que se submete a eleições períódicas e sob supervisão da OEA e ONU?
O Rio - SP também- precisa urgente de um outro veículo, de um outro jornal que possa ser lido ao café da manhã sem provocar o asco e a má digestão.