A sobrevivência

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  • segunda-feira, 29 de outubro de 2012
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  • Após levar algumas ferradas de pium na balsa até Manacapuru, aqui estou de volta para a política na floresta –aliás, quem mora na floresta já está acostumado às ferradas da vida. Mas vamos lá analisar o que saiu das urnas no domingo.

    O primeiro fato é: não houve vitorioso, mas sobrevivente. O PT conseguiu sobreviver usando de suas estratégias intimidadoras de cooptação daqueles votos que fazem a diferença na apuração. O Partido dos Trabalhos mantém a respiração numa sociedade completamente dividida.

    O mais importante, tirou da oposição a chance de chegar a 2014 forte com a vitória em Rio Branco. A oposição que saiu de 2010 olhando para 2012 com o espírito do já ganhou, perdeu. Apesar de não confessarem em público, os tucanos estão ressentidos com o afã de Sérgio Petecão em lançar uma candidatura (Fernando Melo) que se mostrou um fiasco.

    A vitória oposicionista poderia ter ocorrido já no sete de outubro. Uma série de erros de marketing e comunicação também contribuíram para que o então favorito Tião Bocalom despencasse nas pesquisas.

    Não adianta a oposição enfrentar a poderosa máquina do PT dividida, desorganizada e despreparada.
    As urnas mostraram que o eleitor quer mudança, quer dar uma chance à oposição, mas não encontrou a segurança necessária para colocá-la no Executivo.


    O fato é que fica a pergunta: Como a oposição enfrentará 2014 com um Tião Viana forte e turbinado? Se alguém tinha dúvida da capacidade política do governador de reverter o resultado de 2010 a eleição de Marcus Alexandre dá esta resposta. Haverá algum guerreiro a enfrentar Tião Viana daqui dois anos?

    A sorte está lançada.
     
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