Prefeitos enriquecem e educação agoniza

Posted on
  • domingo, 16 de setembro de 2012
  • by
  • Editor
  • in
  • MEC divulgou os dados do IDEB e o Pará ficou entre os 10 piores resultados

    Educação zero
    Nem sempre os estados e municípios mais ricos apresentam os melhores resultados na educação pública. No Pará, apesar de toda riqueza mineral e hídrica, os índices da educação básica insistem em mostrar os piores resultados do Brasil. No final de agosto, o Ministério da Educação divulgou os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. O Estado ficou entre os 10 piores resultados. Na comparação Ideb-2011 com Ideb-2009, considerando apenas as redes estaduais, caíram de desempenho Rondônia (-0,4), Acre (-0,2), Pará (-0,2), Paraíba (-0,1), Alagoas (-0,2), Bahia (-0,1), Espírito Santo (-0,1), Paraná (-0,2), Rio Grande do Sul (-0,2) e o Distrito Federal (-0,1). Nas redes públicas municipais 20 municípios não alcançaram a meta nas primeiras séries do ensino fundamental. Outros 57 não avançaram nas metas para as séries finais.
    O que chama a atenção é o exame das notas de municípios que, além dos repasses do Ministério da Educação, recebem altos valores a título de royalties, tanto da mineração quanto da exploração de recursos hídricos. Barcarena, por exemplo, onde estão instaladas as principais plantas de empresas de mineração, ficou abaixo da média nas séries iniciais e muito abaixo nas séries finais, obtendo índice de desempenho de 3,1 quando a meta era de 3,7. Nestas séries, os índices caíram -0,2 quando comparados os anos de 2009 com 2011.
    O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública. Foi criado em 2005 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.
    Entre os municípios paraenses que podem ser considerados “ricos” estão aqueles beneficiados com o pagamento de royalties pela exploração da água da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Nestes, além do repasse do Ministério da Educação, são depositados mês a mês altos valores à título de compensação, além de receberem investimentos extras da estatal Eletrobras Eletronorte, que explora a usina.
    Dos sete municípios do entorno da usina, apenas três conseguiram alcançar as metas estabelecidas para o ensino básico, tanto nas séries iniciais quanto nas finais. São eles: Tucuruí, Breu Branco e Itupiranga. Em Goianésia do Pará o Ideb registrou queda de -0,5 pontos. Os outros três não só não alcançaram as metas como também apresentaram os piores resultados do Estado: Jacundá não conseguiu alcançar a meta em nenhum dos anos avaliados; Novo Repartimento idem; e Nova Ipixuna teve uma queda recorde de -0,7 pontos.
    Mas Nova Ipixuna pode ser considerada “pobre”, quando comparado o montante acumulado entre arrecadação, repasses do MEC e compensação na forma de royalties. O município é o que recebe o menor repasse para educação, tendo recebido em 2011 R$ 6,6 milhões para a educação, sendo 5,4 repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio.
    Fonte: Diário do Pará e politica com pimenta malaguetta
     
    Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...