O discurso do PMDB de recorrer à xenofobia para salvar a candidatura de Fernando Melo se mostra atrasado e arcaico –tanto quanto o histórico do próprio partido no Acre. Usar na campanha eleitoral um discurso contra os não rio-branquenses é um tiro no pé para uma cidade que tem 30% de sua população formada por pessoas não nascidas aqui. Temos rio-branquenses de coração vindos de várias partes do Estado, do Brasil e do mundo.
O xenofobismo é o mesmo que racismo, responsável pelo surgimento de fanáticos como Adolf Hitler na Alemanha. Ir de contra aos acreanos não nascidos por estas bandas é ignorância para um Estado formado em sua essência por não acreanos. Quem ocupou o Acre no fim do século 19 foram os nordestinos. O líder da primeira Revolução Acreana, que fundou a República Independente do Acre, foi um espanhol; Galvez.
O libertador do Acre das mãos bolivianas foi um gaúcho, José Plácido de Castro. O primeiro governador eleito é um carioca: José Augusto de Araújo. O Acre é um mistura de cores, caras e culturas. Somos a cara do Brasil: temos índios, negros, brancos, caboclos, bolivianos, peruanos, árabes...
E agora teremos os haitianos
Foi graças a esse caldeirão de raças e etnias que nos fizemos grande. O bairrismo se confronta com o progresso e o desenvolvimento. O futuro prefeito pode ser paulista, paranaense, amazonense, cearense, goiano, gaúcho, baiano. O importante é que tenha compromisso com a cidade e seu habitantes, tire a cidade do nosso atraso histórico.
Enquanto isso, continuaremos com nossas portas abertas para receber todos os povos, línguas e cores. O Acre é isso.
O 15 sempre atrasado
Posted on segunda-feira, 24 de setembro de 2012 by Editor in