Tirei esta semana que passou para alguns dias de folga do trabalho. Como vivemos num dos países mais caros do mundo fica impossível sair do Acre e dar uma voltinha nos quatro cantos deste Brasilzão de meu Deus. O jeito foi ficar em casa. As minhas tardes dediquei a assistir ao julgamento do mensalão em tempo real pela TV Justiça.
Acompanhei atentamente as primeiras condenações proferidas pelo ministro Joaquim Barbosa. Pude ver melhor como funcionava o esquema de Marcos Valério e a quadrilha instalada no governo Luiz Inácio Lula da Silva. O carequinha Marcos Valério era o grande articulador e dominava todo o esquema. A melhor forma de surrupiar o dinheiro público era por meio de contratos de publicidade com suas empresas.
Dessa forma funcionou com o petista João Paulo Cunha quando presidente da Cãmara dos Deputados, entre 2003 e 2004. A Câmara firmou contratos de R$ 10 milhões com a SMP&B, que por sua vez fazia subcontratos para beneficiar aliados de João Paulo Cunha; foi assim que o petista assegurou uma verbinha para o seu assessor para a empresa deste prestar serviços de assessoria de imprensa para a Casa.
Mas esta não é a questão. Marcos Valério assinou ao menos dois contratos com o renomado insituto Vox Populli, tão adorado pelos petistas acreanos e de propriedade do sociólogo Marcos Coimbra. O objetivo do contrato da SMP&B era avaliar a imagem da Câmara junto ao eleitor. Entre as perguntas, porém, estavam questões sobre José Dirceu e uma avaliação pessoal de João Paulo Cunha.
O Vox Populli é o instituto preferido do governo acreano e do PT/Acre. Desde que assumiu o governo, Tião Viana contrata os serviços da empresa para fazer pesquisas de avaliação de seu governo. Mais recentemente o PT contratou para analisar o desempenho de seus candidatos em Rio Branco e no interior.
São por esses e outros fatos que a sociedade fica desemparada em relação a estas pesquisas e instituos. Suas relações promíscuas com os donos do poder tiram qualquer impacialidade das estatísticas, manobrando os números para beneficiar aqueles que liberam o dinheiro dos contratos.
Assim ocorre com o renomado Ibope, que nas últimas eleições tem deixado muito a desejar, enganando de forma grosseira o eleitor. Felizmente para isso há a Justiça para nos livrar destas ações verdadeiramente criminosas contra a ética. Como afirmou a juíza Maha Kouzi Manasfi e Manasfi, ferindo princípios da democracia e da igualdade.
Faça-se a Justiça
Os números mentem
Posted on sábado, 18 de agosto de 2012 by Editor in