Durou cerca de seis horas o depoimento nesta quinta (2) da ex-servidora da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) Mônica Alexandra da Costa Pinto aos promotores de justiça Nelson Pereira Medrado e Arnaldo Célio da Costa Azevedo na sede do MP em Belém.
Os dois promotores são os responsáveis pelas investigações que resultaram no caso Alepa - esquema criminoso de saque aos cofres públicos engendrado por políticos, servidores e empresários desvendado pelo MP a partir de abril de 2011.
REVELAÇÕES - Acompanhada de seu advogado, Luciel Caxiado, Mônica Pinto revelou novos fatos principalmente sobre o silencio do segundo escalão da Alepa – diretores, chefes de seção e coordenadores da casa de leis - “todo mundo sabia do que estava acontecendo e ficaram calados”, desabafou.
FANTASMA – A ex-servidora Pinto ratificou o que o MP vem investigando sobre funcionários fantasmas entre eles o caso da médica Tânia do Socorro Souza Chaves funcionária da Alepa contratada como assistente legislativo desde 1985 e residindo desde 1994 em São Paulo.
O salário da médica a época era de aproximadamente R$3.000,00 que era lotada na seção de Anais da Alepa. A médica Tânia Chaves recebeu da Alepa no período de 1985 a 2010 cerca de R$1.600.000,00
Diante desses fatos o promotor Nelson Medrado vai ajuizar Ação de Improbidade pedindo ressarcimento do salário percebido desde 1994 até 2010, pela médica Tânia Chaves.
Medrado justifica a devolução apenas nesse período porque foi a partir de 1994 que ela se deslocou para São Paulo para fazer residência médica e não mais retornou a Belém. Os promotores Nelson Medrado e Arnaldo Azevedo juntos vão ajuizar ações contra o segundo escalão da Alepa.
Texto e foto: Edson Gillet (Assessoria de Imprensa)