Relator vota pela anulação das escutas e Operação da PF que denunciou quadrilha Cachoeira pode acabar como Satiagraha

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  • quarta-feira, 13 de junho de 2012
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  • O desembargador Fernando Tourinho Neto, do (TRF1) Tribunal Regional Federal da 1ª Região, votou ontem (12/6) pela anulação das escutas telefônicas da Operação Monte Carlo, aquela que desbaratou o esquema da quadrilha Cachoeira-Demóstenes e que está sendo objeto de uma CPMI no Congresso Nacional.

    São três os desembargadores que vão votar. Mais um e a Operação Monte Carlo toma o mesmo destino da Satiagraha, que foi totalmente anulada por conta de aspectos tecno-burocráticos da Justiça, deixando a bandidagem livre, leve e solta.

    O desembargador entendeu que as interceptações são inválidas porque o juiz da Primeira Vara de Valparaíso de Goiás, que autorizou o procedimento, não justificou a medida suficientemente. [Fonte]

    Como o que é ou não suficiente é medida subjetiva, o que é suficiente para mim pode não ser para você, todos os áudios terão que ser retirados da Operação e nós teremos que fingir que não ouvimos nem lemos nem tomamos conhecimento de todo o esquema que a quadrilha operava.

    Demóstenes talvez volte ao Senado (de onde ainda não foi defenestrado) carregado nos ombros, defendendo a moralidade e combatendo, audaz, a corrupção e o governo. Poderá até repetir José Serra, que sobre a Privataria Tucana, disse apenas "lixo, lixo, lixo".

    - Mas senador Demóstenes, e suas ligações para Cachoeira, os milhões, os passeios de jatinho, o I-Pad, o...?

    - Lixo, lixo, lixo.

    Talvez Cachoeira ainda processe o Estado pelos dias de cadeia, quando não pôde nem comparecer ao enterro da mãe.

    E nunca saberemos o que tanto conversava a dupla Cachoeira-Policarpo, o famoso e silencioso diretor da Veja que teria trocado mais de 200 ligações com o bicheiro.

    O que me espanta e causa indignação é que uma "justificativa insuficiente" possa ser utilizada como justificativa suficiente para que se passe uma borracha sobre todo o esquema fraudulento, corrupto, danoso e garantir a liberdade dos acusados, como se nada houvesse acontecido, como numa Restauração do Sistema Windows.

    Exatamente como no caso da Operação Satiagraha, que graças ao tecno-burocratismo do Judiciário, usando as chamadas brechas da lei, corruptores flagrados em áudio e vídeo no ato de tentar corromper delegados da PF passeiam hoje como se inocentes sua impunidade.

     
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