A política brasileira anda numa crise de moral tão profunda que hoje em dia não surpreende as alianças partidárias. Desde o começo do ano tenho publicado notas nas Quentinhas da Redação tratando do possível acordo entre Antônia Lúcia (PSC) e o governo Tião Viana (PT). Passados alguns meses a relação do governo petista com a deputada cassada por Caixa 2 já é explícita.
Em São Paulo o Lulismo lutou e conseguiu colocar o malufismo no palanque do novato Fernando Haddad (PT) –nada é tão novo, nada é tão velho. Paulo Maluf (PP) é procurado internacionalmente pela polícia. Se ele colocar o pé fora do Brasil é preso –aqui como é uma terra de ninguém ele anda livre, leve e solto.
A vice de Haddad, Luiza Erundina (PSB) deu declarações de um desconforto em dividir palanque com Maluf. Mas o que importa? Como disse a coluna de um jornal local esta semana, o importante é ter votos. Lula trocou o 1min42seg do PP em SP por um cargo no Ministério das Cidades.
Em SP o PT quer atrair voto com o aliado ilustre; em Rio Branco o petismo quer, com a neocompanheira Antônia Lúcia, tirar votos; neste caso do tucano Tião Bocalom (PSDB). Como a tentativa de manter a candidatura de Jamyl Asfury (DEM) foi tirada de campo por Agripino Maia, ao Palácio Rio Branco sobrou o casamento com Antônia Lúcia.
Na política é assim. É o jogo da sobrevivência. E como o PT no Acre respira com a ajuda de aparelhos, toda estratégia é necessária para evitar a vitória da oposição no maior colégio eleitoral acreano para evitar a derrota em 2014. De julho para a frente será a política da rasteira e do tapete puxado –de um lado e do outro da partida.