A INTOLERÂNCIA NOSSA DE CADA DIA

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  • domingo, 13 de novembro de 2011
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  • Não temos noção do fascista, do torturador, do chato, do perseguidor, do carrasco, do intolerante que existe em cada um de nós até nos encontrarmos na WEB.
    O tuiter é revelador dos demônios que nos assaltam em nossas próprias trevas.
    Revelador do medo que temos de ser iguais aos mais abjetos e desprezíveis dos seres humanos que conhecemos.
    Revelador de que por um toma-lá-dá-cá agimos como eles.
    Ora é um que acusa o outro de repressor; ora é outro que acusa um de maconheiro. Ora é um que acusa o outro de fascista; ora é outro que acusa um de terrorista; ora é um que acusa outro de ladrão; ora é outro que acusa um de enganador. Ora é um que acusa o outro de vendilhão; ora é outro que acusa um de machista. Ora é um que acusa o outro de homofóbico; ora é outro que acusa um de estúpido.
    O tuiter, a Rede, são muito bons para percebermos o mundo real que nos cerca. Não são o retrato de um  mundo virtual. É o retrato do mundo real. Que ali se pronuncia... ali se projeta no outro todas as nossas autoacusações.
    Há uma quebra do romantismo da Humanidade ideal. Percebe-se que cada um revela-se um Torquemada  projetado no seu próximo.
    O mínimo de humanismo e compreensão de si mesmo exige que eu trate o próximo com candura, ternura, respeito, e educação. E mesmo na adversidade busque a paz, o entendimento, a paciência, a tolerância e a alegria.
    Tais dons não nascem conosco. Se não os buscarmos e exercitarmos nunca os teremos. Viveremos sempre no inferno dos nossos fantasmas aterradores.
    Quero minha timeline limpa, harmoniosa, luminosa, e isso não tolherá críticas, discordâncias... porque a Luz nasce do entendimento que vem da Sabedoria, o último e primeiro  entre os dons.
    Prefiro bloquear o maledicente, o venenoso, o que com palavras espalha ódio, rancor, e inveja.
    Não porque não o tolere, não porque tenha medo dele, mas porque  a besta  que ruge e ronda à minha volta vem apenas para destruir e nada constrói.
    Prosseguir, acreditando , é o mínimo que posso fazer pela minha humanidade.

     
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