Embora possam ser até considerados por alguns como sinônimos, são diferentes na prática, nos seus efeitos e nas atitudes dos que optam por eles.
Escrevo, mais uma vez a partir de comentários no tuiter, ou no blog, de amigos.
A Ira, pelo Houaiss, é diversa do Ódio.
Até o Velho testamento cita por diversas vezes a Ira de Deus. Nunca o ódio de Deus.
O Ódio leva a igualarmo-nos com quem nos fez mal. Leva-nos á semelhança de atitudes com o Mal. Iguala-nos, nivela-nos, pelas sombras da mágoa. É um permanente olhar para trás, para o passado, para a ofensa feita. O Ódio nos paralisa, nos transforma em estátuas de sal.
É rancor que se guarda no coração e que envenena a alma e o corpo.
Das atitudes tomadas com ódio não nascem frutos, e se nascem, não são os bons frutos.
A Ira é diferenciada. Ocorre como atitude de combate à iniqüidade , à injustiça, ao Mal...como a Ira de Jesus expulsando os que faziam do Templo local de comércio.
O ódio levou ao terror na Revolução Francesa...à barbárie sob o stalinismo...ao genocídio sob o nazismo.
Para sermos mais contemporâneos: o ódio leva aos atentados do WTC; ás torturas em Abu Gharib; aos crimes homofóbicos na Avenida Paulista...
A Ira é sentimento revolucionário e justo de cada indivíduo, usado na necessidade da defesa dos valores humanistas universais.
O Ódio é sentimento malévolo plantado em nossos corações. Ofende a Humanidade de cada um de nós.
A Ira pune e perdoa. O Ódio vinga e culpa.