...ditador Mubarak e torturador Suleiman até setembro (?!)

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  • quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
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  • 10 de fevereiro de 2011 às 19:15

    Mubarak ficará até setembro

    10/02/2011 18h59 – Atualizado em 10/02/2011 18h59

    Presidente decepciona manifestantes que esperavam sua renúncia imediata.
    Ele anunciou mudanças na Constituição e disse que quer ficar até setembro.

    Do G1, com agências internacionais

    O presidente do Egito, Hosni Mubarak, decepcionou os manifestantes que esperavam sua renúncia e confirmou, em discurso nesta quinta-feira (10), que pretende continuar no governo, à frente de uma transição.

    Mubarak anunciou “procedimentos constitucionais”, com mudanças em seis artigos e a suspensão de um sétimo.

    Mubarak enfrenta protestos de rua há 17 dias. Nos primeiros dias de confronto, as forças de segurança reprimiram os protestos.

    Pelo menos 300 pessoas morreram e 5.000 ficaram feridas, segundo a ONU.

    Ele também pediu desculpas pela repressão ao protesto e prometeu punir os responsáveis.

    Ele afirmou que entendia e estava de acordo com as reivindicações dos jovens e disse que “não aceitaria ordem externas”.

    Mubarak também disse que as mudanças pretendem criar condições para anunciar o fim do estado de emergência, sob o qual governa desde o início, em 1981. Ele já havia prometido acabar com a medida, mas sem estabelecer data.

    Possível renúncia
    O discurso ocorreu em meio a vários relatos, muitos contraditórios, de que o contestado Mubarak iria renunciar, depois de 17 dias de fortes protestos de rua contra seu regime, que já dura 30 anos no país.

    O clima era antecipadamente de festa no país.

    Antes do discurso, o Exército anunciou em um comunicado que começou a tomar medidas necessárias “para proteger a nação e para apoiar as legítimas demandas do povo”.

    Dezenas de milhares de manifestantes continuavam reunidos nesta quinta na Praça ahrir, que se tornou um símbolo dos protestos, exigindo a saída de Mubarak.

    O ambiente era agitado e alegre entre os manifestantes depois do anúncio do Exército.

    Essam al-Erian, representante da Irmandade Islâmica, principal força de oposição disse temer que um golpe militar esteja sendo tramado no país. Mas depois ele se retratou e afirmou que “ainda é cedo” para falar sobre a situação.

     
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