Assisti ontem à noite a estréia da mini série “Sansão de Dalila” da Rede Record.
O IBOPE em SP, BH e POA deu a vice- liderança á emissora do Recnov.
No Rio bateu a Globo várias vezes durante a exibição.
Mas o crítico do UOL( leia-se também “Folha”), Maurício Stycer encontrou problemas na mini série.
Diz ele que “enredo simplório limita interesse de “Sansão e Dalila”.
Bem...o enredo não pode ser de outra forma. Afinal é o que está na Bíblia.
Ou o Sansão para apimentar a série deveria se transformar em Homem-Aranha, descobrir as Minas do rei Salomão e apaixonar-se pela Miyriam Lane?
Realmente, os enredos da Bíblia, que o rapaz acha simplórios, pra mim são uma dificuldade de entender, porque pertencem à fé e não ao entendimento lógico.
Diz também que algumas frases são pronunciadas em destaque declamatório. Claro, estas são as frases originais da Bíblia. São citações, e sendo citações foi escolhido o tom para isto.
Mas como o rapaz , da nova geração , desconhece distanciamento, e só conhece o naturalismo, acha estranho.
Diz ele ainda que com tantas moças bonitas Sansão foi logo se apaixonar por uma filistéia que não era da sua gente, hebréia.
É a Bíblia Maurício.
A história é Bíblica.
Ou então seria assim: Sansão, surfista carioca da praia do Pepe, mesmo com tantas surfistinhas da Barra à sua volta, apaixona-se por uma jovem de Nova Iguaçu.
A partir daí passa a malhar e a tomar bombas para ficar bem forte.
Mas as bombas enfraquecem sua virilidade e ele deixa a atriz e se apaixona por um galã global, que estaria fazendo papel de “não curto gays, sai do meu pé.” Mas a história para aumentar o IBOPE, prometeria o primeiro beijo gay da TV. E vai por aí...
Talvez assim o enredo não fosse tão simplório.
E vale lembrar ao rapaz, que mesmo assim, sendo veículo de comunicação de massas, no século XXI, não dá pra fazer Pasolini em Vargem Grande. É folhetim. Romance.
Mas o UOL, como a Folha, não perdoa a Record e todos os que não rezam na sua cartilha, a exemplo do blogueiro Lino Bocchino, que tem seu blog “Falha de São Paulo” processado pelo Grupo Folha, o mesmo Grupo que defende liberdade de informação e imprensa.
Em tempo: Lino Bocchino estará conversando sobre sua luta neste processo, pelo www.tinychat.com/redeliberdade as 23h do dia 20 de janeiro, 5ª feira.