(Obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas mortas ou mortas é mera agitprop)
Exatos 50 anos após o golpe militar que salvou o País, o Globo, a Folha e o velho Policarlos Beleza.
Explico: Policarlos hoje é um monocórdio senhor, antes jovem enganado e cooptado pelos sectocomunistas que atuavam nas artes cênicas muito antes que Zeh de Abreu passasse um pito no Dado Dolabella..
Fato é que durante uma festa de São João um foguete explodiu junto ao seu ouvido e ele, embora surdo de imediato, ouviu no trovão do buscapé soar a voz do Senhor – de Engenho –que lhe disse:
- "Vai Policarlos, deixa de pabulagem e foge da legião de obssessores artecomuinistas, que te abcessam. Sai do comunismo e cai dentro do sobrenatural de almeida."
E ele ainda ouviu uma canção, aquela do baiano charmoso- aliás baiano charmoso é redundância : “Um índio descerá ...” e achou que chegara o momento de pregar o apocalipse segundo a Rede Bobo.
Pegou no apito do primeiro índio que lhe apareceu e transformou-se na irmã dulce dos tucanos.
Apressadinho - mesmo com a fala mole é dado a ejaculação precoce - não parou para ouvir o resto da letra: “um índio descerá...de uma estrela colorida e brilhante”, e sequer percebeu o astro, logomarca petista, que trazia dentro de si o “incivilizado”, o “inculturado”, “índio” de Garanhuns.
Mas não importa, a "gloriosa de 64", junto com o surgimento do tal índio da rocinha, salvaram Policarlos Beleza: hoje o Dom Quixote platinado.
Aguardem nos próximos dias a continuação desta minisérie “A Comichão da Verdade”.
A cada capítulo uma nova personagem.
Comichões fortíssimas. Trama rodada no Haiti, Sudão, e Bósnia.
Enredo jamais simplório.
Capítulo de amanhã: “QUEM ROUBOU O PIJAMA DO GENERAL?”