Ato público realizado na USP reuniu estudantes, funcionários e professores para manifestar apoio à candidatura Dilma (Foto: Alci Matos/Divulgação) |
Políticos ligados à campanha de Dilma Rousseff (PT) adotaram o discurso do “todo cuidado é necessário” para evitar que baixarias atrapalhem o êxito da ex-ministra nas eleições de domingo (31).
Após ser aventada, pela professora da USP Marilena Chaui, a possibilidade de que se repitam os golpes baixos da campanha de 1989, os integrantes da coligação pediram cautela aos militantes e lamentaram o nível ruim da discussão. A denúncia foi feita durante encontro de intelectuais e pessoas ligadas à Cultura, estudantes e professores universitários e políticos, na USP, em São Paulo. "Não vai dar tempo de explicar que não fomos nós. Por isso, espalhem pelas redes sociais", divulguem.
A filósofa denunciou na segunda-feira (25) uma possível articulação para tentar relacionar o PT e a candidatura de Dilma Rousseff a atos de violência. Ela afirmou, diante de um público de quase duas mil pessoas, que soube de uma possível ação violenta que seria montada para incriminar o PT durante comício do candidato José Serra (PSDB) no dia 29.
Segundo Marilena, a promessa dos participantes da suposta armação seria de "tirar sangue" durante o comício. As cenas seriam usadas sem que a campanha petista tivesse tempo de responder. "Dois homens diziam: `dia 29, nós vamos acertar tudo, vamos trazer o pessoal vestidos com camisetas do PT, carregando bandeiras do PT e vão atacar pra tirar sangue, no comício do Serra", reafirmou a filósofa em entrevista à Rede Brasil Atual. "É preciso alertar a sociedade brasileira toda, alertar São Paulo e alertar os petistas", pediu Marilena. A ação estaria em planejamento em um bar de São Paulo, no final de semana.
Para exemplificar o caso, ela disse que se trata de um novo caso Abílio Diniz. Em 1989, o sequestro do empresário foi usado para culpar o PT e o desmentido só ocorreu após a eleição de Fernando Collor de Melo.
Repercussão
Senadora eleita por São Paulo, a petista Marta Suplicy demonstrou tristeza com a informação de que militantes do PSDB podem vestir camisetas do PT e simular tumultos durante o evento marcado para sexta-feira (29) em São Paulo. “Imaginei que nós tivéssemos ultrapassado esse nível de mentira, calúnia e confusões que não interessam a ninguém neste Brasil que nós queremos”, afirmou à reportagem da Rede Brasil Atual na entrada do debate realizado na TV Record.
A senadora classificou de “desastrosa” a campanha realizada no segundo turno das eleições, afirmando que as baixarias e a resposta a elas têm tomado todo o tempo da discussão. “Achei que perdemos um tempo enorme discutindo temas que não devem ser discutidos em campanha eleitoral. Isso não foi benéfico para a nossa democracia. Não acho que nesta semana poderemos melhorar o padrão do que têm sido as discussões.”
Renato Rabelo, presidente do PcdoB, acrescentou que se pode esperar de tudo, inclusive a repetição de episódios de campanhas passadas. “Pela prática que os adversários vêm adotando a gente tem de pensar dessa maneira. Adotaram o caminho da campanha subterrânea para atingir nossa candidata de maneira grotesca. Então, tudo pode acontecer.”
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que compareceu ao ato na USP no qual foi feita a denúncia, lembra que a professora Marilena Chaui citou um exemplo concreto, com vários detalhes que lhe fazem mais verossímil. “O importante é alertar nossa militância para não aceitar provocações. Estamos atentos e não vamos aceitar.”
Já o candidato a vice na chapa de Dilma, Michel Temer, avalia que não se deve esperar uma repetição da campanha de 1989, na qual foram inventadas conexões entre o PT e o sequestro do empresário Abílio Diniz e foram utilizados depoimentos atacando a vida pessoal de Lula. “Não há nem condições para fazer isso. Não há fato nenhum que possa levar a isso”, respondeu. Para ele, acabou o momento das baixarias na campanha. “Tenho impressão que esta semana os ataques deverão ver-se reduzidos. Porque já se mostrou que não dão resultados, o eleitorado não está preocupado com isso.”
Mais panfletos
Também nesta segunda-feira o PT registrou um Boletim de Ocorrência (BO) no 45º DP contra um grupo que distribuía material irregular contra Dilma Rousseff na Praça Luis Neri, no bairro de Perus, em São Paulo. Aproximadamente 30 pessoas foram identificadas com o uniforme "Turma do Bem"; cinco foram presos em flagrante.
A filósofa denunciou na segunda-feira (25) uma possível articulação para tentar relacionar o PT e a candidatura de Dilma Rousseff a atos de violência. Ela afirmou, diante de um público de quase duas mil pessoas, que soube de uma possível ação violenta que seria montada para incriminar o PT durante comício do candidato José Serra (PSDB) no dia 29.
Segundo Marilena, a promessa dos participantes da suposta armação seria de "tirar sangue" durante o comício. As cenas seriam usadas sem que a campanha petista tivesse tempo de responder. "Dois homens diziam: `dia 29, nós vamos acertar tudo, vamos trazer o pessoal vestidos com camisetas do PT, carregando bandeiras do PT e vão atacar pra tirar sangue, no comício do Serra", reafirmou a filósofa em entrevista à Rede Brasil Atual. "É preciso alertar a sociedade brasileira toda, alertar São Paulo e alertar os petistas", pediu Marilena. A ação estaria em planejamento em um bar de São Paulo, no final de semana.
Para exemplificar o caso, ela disse que se trata de um novo caso Abílio Diniz. Em 1989, o sequestro do empresário foi usado para culpar o PT e o desmentido só ocorreu após a eleição de Fernando Collor de Melo.
Repercussão
Senadora eleita por São Paulo, a petista Marta Suplicy demonstrou tristeza com a informação de que militantes do PSDB podem vestir camisetas do PT e simular tumultos durante o evento marcado para sexta-feira (29) em São Paulo. “Imaginei que nós tivéssemos ultrapassado esse nível de mentira, calúnia e confusões que não interessam a ninguém neste Brasil que nós queremos”, afirmou à reportagem da Rede Brasil Atual na entrada do debate realizado na TV Record.
A senadora classificou de “desastrosa” a campanha realizada no segundo turno das eleições, afirmando que as baixarias e a resposta a elas têm tomado todo o tempo da discussão. “Achei que perdemos um tempo enorme discutindo temas que não devem ser discutidos em campanha eleitoral. Isso não foi benéfico para a nossa democracia. Não acho que nesta semana poderemos melhorar o padrão do que têm sido as discussões.”
Renato Rabelo, presidente do PcdoB, acrescentou que se pode esperar de tudo, inclusive a repetição de episódios de campanhas passadas. “Pela prática que os adversários vêm adotando a gente tem de pensar dessa maneira. Adotaram o caminho da campanha subterrânea para atingir nossa candidata de maneira grotesca. Então, tudo pode acontecer.”
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que compareceu ao ato na USP no qual foi feita a denúncia, lembra que a professora Marilena Chaui citou um exemplo concreto, com vários detalhes que lhe fazem mais verossímil. “O importante é alertar nossa militância para não aceitar provocações. Estamos atentos e não vamos aceitar.”
Já o candidato a vice na chapa de Dilma, Michel Temer, avalia que não se deve esperar uma repetição da campanha de 1989, na qual foram inventadas conexões entre o PT e o sequestro do empresário Abílio Diniz e foram utilizados depoimentos atacando a vida pessoal de Lula. “Não há nem condições para fazer isso. Não há fato nenhum que possa levar a isso”, respondeu. Para ele, acabou o momento das baixarias na campanha. “Tenho impressão que esta semana os ataques deverão ver-se reduzidos. Porque já se mostrou que não dão resultados, o eleitorado não está preocupado com isso.”
Mais panfletos
Também nesta segunda-feira o PT registrou um Boletim de Ocorrência (BO) no 45º DP contra um grupo que distribuía material irregular contra Dilma Rousseff na Praça Luis Neri, no bairro de Perus, em São Paulo. Aproximadamente 30 pessoas foram identificadas com o uniforme "Turma do Bem"; cinco foram presos em flagrante.
Fonte: MacroPT ABC
Imagem: Rede Brasil Atual