O Globo - 20/01/2010 |
A cúpula do PSDB reforçou ontem as críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que diz ser um fiasco eleitoreiro, mas reagiu ao discurso de Dilma Rousseff, que acusou a oposição de querer acabar com a iniciativa. Em nota oficial e em entrevistas, líderes tucanos acusaram Dilma de recorrer “ao terrorismo” e à “retórica do medo e da mentira”, como na campanha presidencial de 2006, quando o PT espalhou que, se eleito, o tucano Geraldo Alckmin, privatizaria a Petrobras e bancos oficiais. “Diante de sua reconhecida falta de experiência política, a ministra Dilma Rousseff adota as conhecidas artimanhas do PT que, historicamente, aprimorou de maneira nunca vista a retórica do medo e da mentira. Foi assim em 2006, quando criou a fantasia sobre o fim dos programas sociais e da privatização de empresas estatais. Felizmente, não se consegue enganar o povo o tempo todo”, diz a nota assinada pela vice-presidente do partido, Marisa Serrano. O presidente Sérgio Guerra está no exterior. A nota frisa que o PSDB quer melhorar o desempenho das estatais e continuar o Bolsa Família, assim como os programas sociais criados quando o partido era governo; mas repete as críticas de Guerra. “O PAC não passa de um amontoado de obras sem foco nem objetivo”, diz. “Está claro que o PAC é apenas uma peça de ficção”. — Dilma não tem estatura moral para atacar o PSDB. Na campanha passada tentaram aterrorizar o povo. Todos sabem que o PSDB sempre governou com responsabilidade. Essa tática do terrorismo não vai colar! — reagiu o senador Marconi Perillo (PSDB-GO). O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), disse que Dilma partiu para o baixo nível. E atacou o PAC: — A Dilma é uma decepção! É gestora do quê? Gestora de baixo nível? Apelar para o baixo nível, a calúnia, a mentira, difamação? O que o Sérgio Guerra disse é real, o PAC em três anos não executou mais que 33% das obras previstas. Foi um fiasco |
PSDB mantém crítica ao PAC e acusa Dilma de terrorismo
Posted on quarta-feira, 20 de janeiro de 2010 by Editor in