Boris Casoy, atualmente apresentador da TV Band, participou da organização terrorista Comando de Caça aos Comunistas (CCC), segundo reportagem da revista O Cruzeiro escavada pelo cloaqueiro. O CCC era uma organização de extrema-direita que ficou famosa pelo ataque à peça Roda Viva, de Chico Buarque, no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, no dia 18 de julho de 1968. De acordo com o livro Radiografia do Terrorismo no Brasil, de Flávio Deckes:
A cultura foi o alvo preferido das organizações [de direita] CCC, MAC, GAC e FUR no final de 1968. São Paulo, em julho, era palco de acontecimentos que apresentariam um balanço violento ao final do ano. Nesse mês, a 18, o teatro Galpão era invadido e depredado pelo CCC [Comando de Caça aos Comunistas], cujos militantes espancaram atores e o público que assistia Roda Viva, de Chico Buarque de Holanda. A atriz Marília Pera reconheceu duas pessoas entre os agressores: Claudinei Brás e Edgar, seu primo, mas ambos desapareciam como por encanto depois. No mesmo mês, se dava o atentado ao teatro Maison de France, no Rio, onde se representava O Burguês Fidalgo, de Molière, um equívoco provocado pelo clássico francês nas cabeças de terroristas ignorantes. Dia 22, os jornalistas recebiam a próxima agressão, com a explosão, pelo CCC, de bomba na ABI - Associação Brasileira de Imprensa - ainda na capital carioca. Em agosto, mais dois teatros sofrem ataques de bomba: a 2 o teatro Opinião, e três dias depois o teatro Glaucio Gil, com Os Inconfidentes em cartaz. Em setembro, os terroristas deixavam uma advertência no teatro João Caetano (RJ), após jogarem bomba que não explodiu (tinha um número e pertencia ao Ministério da Aeronáutica). Em cartaz, Feira Paulista de Opinião.
O cloaqueiro desenterrou uma reportagem da revista O Cruzeiro de 9 de novembro de 1968 que apresenta Boris Casoy como membro do CCC. A reportagem diz que Boris Casoy:
Anda armado mas, segundo os colegas, é incapaz de atirar em alguem.
Andar armado, participar de grupo de extrema-direita que agride artistas... Isso é uma vergonha!
Fiz uma versão em PDF da reportagem da revista O Cruzeiro encontrada pelo cloaqueiro, para facilitar a leitura.