
Vejam que a denúncia deste índio está no site do senado.
Alguém viu algum jornal ou tv falar sobre isso? Eu não e duvido que tenha sido divulgado.
Espero que quando os indios do MS sairem da ignorância e souberem que foram usados, não seja tarde demais como aconteceu no Amazonas.
Ana Prudente
Divulguem por favor
domingo, 4 de outubro de 2009
  A   denúncia do índio Kaiowá
  Declaração de índio guarani/kaiuwá, por Escritura Pública no Tabelião   Albuquerque,
  Amambaí – MS, convalidada na Comissão de Direitos Humanos do Senado,   mostra a falta de controle do governo sobre as ONGs
  A declaração pública do índio Kaiowá Adair G. Sanches, de Amambaí   – MS, dá-nos uma visão de como as ONGs, o CIMI, o PKÑ (Projeto Kaiowá   Ñandeva) e o PT estão agindo no Mato Grosso do Sul, “fabricando”   supostas terras de ocupação tradicional. Isto tem servido de fundamento para   falsos relatórios da FUNAI, com o objetivo de expropriar (roubar)terras de   produtores rurais honestos, que as compraram na melhor forma do Direito. Hoje   muitos deles já foram expropriados por ações da FUNAI,algumas acolhidas pela   justiça, que infelizmente deixou-se enganar por esses falsos relatórios.
  Seguem trechos da   transcrição da Declaração, apresentada em audiência no Senado Federal no dia   7 de abril de 2005.
* * *
“Eu não sou contra a demarcação de terras. Só que sou contra esses elementos que vocês não conhecem. Eu descobri porque eles não compram as terras. Com os dólares que pegam no exterior, em nome do índio, só ficam jogando os índios contra os proprietários de terras e proprietários de terras contra os índios.[...]
  “Eles não   querem ver o indígena se civilizar, melhorar. Para eles continuarem a usar e   manipular. Se o índio se sensibilizar e estudar vai descobrir o que eles   fazem, e eles não vão ter mais como sobreviver à custa dos povos indígenas.   [...]
“Perante mim, Tabelião, compareceu em pessoa, Adair Gonçalves Sanches, indígena ,lavrador, capaz, residente e domiciliado no Posto Indígena Amambaí, neste Distrito, portador do RG: 2320, Posto ADR, Amambaí, MS; CPF: 408.038.561-72, reconhecido por mim, Tabelião.
“Por ele, foi-me dito que vinha, de sua livre e espontânea vontade, sem constrangimento de quem quer que seja, prestar a seguinte declaração,cujo teor transcrevo a seguir:
“Que é índio daTribo Guarani, nascido em 1959, na Aldeia Amambaí; Vereador eleito em Amambaí, MS, com o voto dos índios da Aldeia de Amambaí; ex-Presidente do Conselho da Aldeia de Amambaí; ex-representante da União das Nações Indígenas do Mato Grosso do Sul; ex-companheiro do antropólogo japonês Celso Aoki e Paulo Pepe , chefe de uma entidade que se chama PKÑ, Projeto Kaiowá-Ñandeva, entidade criada em nome do índio Kaiowá-Guarani, em Amambaí. O PKÑ , o CIMI — Conselho Indigenista Missionário — e o Partido dos Trabalhadores (PT) são entidades ligadas entre si. Essas entidades, usando de — são as expressões que estão na escritura —‘malandragem e safadagem’, fazem montagens aqui em Mato Grosso do Sul, coisas que ninguém nunca imagina e que eu, que fui companheiro e conhecedor, sei que eles fazem no Mato Grosso do Sul, o PKÑ recebe verba do exterior, Holanda, Canadá e Suíça, em nome do povo indígena do Mato Grosso do Sul, do Kaiuá e Guarani.
  “Dizem que é para ajudar esses povos. Só que esses dólares que vêm   do  exterior, o indígena nem sabe, usa o nome do índio e usa o índio   também da seguinte forma: todos os problemas de terras que estão ocorrendo no   Mato Grosso do Sul, na fronteira do Paraguai, são mandados pelo Sr.Celso Aoki   e Paulo Pepe , antropólogos e   chefes do PKÑ.
  “Eu fui companheiro dessa entidade e do Partido do PT por três anos, na   época do Presidente José Sarney e do Ministro Ronaldo Costa Couto. Essa   escritura é de 1992. Nós fazíamos assim: procurávamos onde o índio estava   trabalhando e há quantos anos estava morando naquela fazenda. Se eles falavam   que estavam há cinco, seis ou dez anos, nós perguntávamosse não tinham   familiares que faleceram naquele local e nós já falávamos para esse índio dar   entrevista dizendo que ali era terra indígena antigamente.
“Se tivesse algum cemitério de alguém da família ou parente, era para falar que eles já haviam nascido ali, se criaram ali, seus pais, avós, bisavós e netos, e assim por diante. Já nós pegávamos o pai daquela família para ser líder naquele lugar.
  “Os antropólogos Celso Aoki e Paulo Pepe    são agitadores que pegam rios de dinheiro em troca desse tipo de trabalho. Já   mandam elaborar documentos naquele lugar, naquela fazenda, já fazem um mapa   baseado em mais ou menos quantos hectares, dizendo que a área é indígena e   que só falta a demarcação; já colocam o nome de como se chamava antigamente   aquele lugar ou trocam o nome ou colocam o nome da fazenda mesmo. Se tiver   três ou quatro famílias trabalhando lá,colocam como se tivessem 80 ou 90   famílias naquela área, dizendo que a aldeia e o pessoal do PKÑ já vão comprar   mercadorias baratas refugadas,gradil de gado, banha podre e já sai nas   aldeias grandes, que são demarcadas, que têm segurança, juntas as lideranças   em todas as aldeias que são dominadas por eles e fazem uma reunião com todos   os capitães do Mato Grosso do Sul.
“Eles fazem o documento daquele lugar, dizendo que o índio mora naquela fazenda, mesmo que o índio seja só peão. Já o indicam de capitão e mandam todos assinarem o documento, mandando para o Presidente da Funai em Brasília, dizendo que ali tem área indígena que falta demarcação, com 80 ou 90 famílias [...].
  “Com a pressão, o Presidente da Funai assina o documento e manda para o   Ministério da Reforma Agrária. Depois, passa para o grupão, depois para o   Ministro do Interior. Na época, nós fazíamos assim. Hoje é Ministério da   Justiça. 
  “Eu não sou contra a demarcação de terras. Só que sou contra esses   elementos que vocês não conhecem. Eu descobri porque eles não compram as   terras. Com os dólares que pegam no exterior, em nome do índio, só ficam   jogando os índios contra os proprietários de terras e proprietários de terras   contra os índios.[...]
  “Eles não querem ver o indígena se civilizar, melhorar. Para eles   continuarem a usar e manipular. Se o índio se sensibilizar e estudar vai   descobrir o que eles fazem, e eles não vão ter mais como sobreviver à custa   dos povos indígenas. [...]
  “Estou pronto para fazer qualquer declaração ou debate, para ir perante   o juiz com Celso Aoki e Paulo Pepe    mostrar a realidade. As pessoas dessas entidades não querem que eu fale, e os   administradores da Funai não querem que eu fale nada com os brancos. O novo   administrador da Funai, José Antônio Martins Flores, pediu, pelo amor de   Deus, para não fazer esse tipo de entrevista para os brancos e para a Justiça   porque podem perder na Justiça as questões de terras.
  “Uma vez já estive na rádio esclarecendo uma parte do trabalho sujo que   eles estavam armando. Desde então, o administrador Antônio Martins Flores   queria que eu guardasse segredo sobre isso. E de como assim disse e dou fé,   me pediu e lavrei essa escritura”.
  http://webthes.senado.gov.br/sil/Comissoes/Permanentes/CDHIGUAL/Atas/20050407IN001.rtf   
Recebido por e-mail