Ainda sinto vontade de voltar ao serviço público, para tentar melhorar as coisas. Mas, às vezes, a gente tem que se render às evidências.
Quando recém sai da faculdade de Medicina, ainda era cheio de sonhos e "utopias". Tive a sorte de ter como primeiro emprego, depois de formado, o cargo (após curso de instrução) de 2º tenente médico da Força Aérea Brasileira no VII COMAR, entenda-se como Amazônia Ocidental (Manaus, Porto Velho e Boa Vista).
Pelas localidades e seus "acessos" éramos em muitos lugares o único médico visto no prazo de 6 meses, quando o último colega militar esteve lá.
Em uma escola ou igreja, montamos consultórios de campanha com médico, dentista, enfermeiro e, é claro, cartório eleitoral e de identidade (se não ninguém vota, né?).
Em resumo, o trabalho das 3 Forças Armadas Brasileira em solo Amazônico e de tamanha importância para a sobrevivência da região, muito mais que os bravateiros da Amazônia de hoje em dia fazem.
Mesmo assim, não fiquei muito tempo...
Não é fácil viver nestas condições e eu tinha "sonhos", mas bem mais delapidados depois deste tempo militar numa região que escancara as reais necessidades brasileiras e ninguém é ouvido, mas simplesmente se bate o "martelo" em qual interesse for mais útil naquele momento.
Bem, após isso, voltei para São paulo, me especializei,e fiquei por aqui.
A carreira, graças a muito trabalho, dedicação e acima de tudo muita ética e honestidade, as coisas aconteceram naturalmente.
Hoje em dia 13 anos após, sempre preteri trabalhos mais rentáveis em detrimento ao serviço público.
De 10 meses para cá, uma desavença com o poder público local me vez mudar radicalmente e investir exclusivamente em meu consultório.
A população estremeceu, afinal foram 8 anos de unidade de saúde na mesma cidade....
Eles se matam em pagar e lotam meu consultório, eu os ajudo, dou desconto, retornos a mais (5, 6 quantos necessários se o paciente não tiver condições).
Ainda assim, em cidade vizinha, mantive um ambulatório do SUS, por ser minha vida, atender à população.
Hoje, recebi a notícia que o prefeito queria falar comigo (cidade com 9 mil habitantes), por uma discussão que eu tinha tido com o Farmacêutico, no sentido de viabilizar o atendimento à população.
Resumindo: fui demitido.
Este foi o mesmo erro da outra cidade: O Governo e o SUS não suportam leis, normas, regras.
Sabe qual foi a fala do prefeito??????????
"As leis são flexíveis"
O que posso eu dizer então.
Pior, eu disse e escrevi umas verdades sobre a situação de atendimento à população no próprio prontuário, de tanta repetência dos mesmos erros sem solução.
Qual o medo do prefeito????
"Já imaginou se aparece em algum jornal" (detalhe, evidentemente a cidade não tem um jornal)
Por mais que eu tento ser "social" e manter um trabalho no SUS, mais estes governos curtidos à esquerda podre atual me jogam ao liberalismo econômico, e pior, jogam na minha cara que é isso que realmente funciona.
Liberalismo econômico!
Oportunidades!
Competência!
Prestação de serviços de alta qualidade, mas por um preço justo.
Vocês me acham insensível????
Mas por 13 anos só trabalhei para o SUS...
Assim a esquerda podre afastou mais um "lutador"(apelido do médico dos postos de saúde de pequenas cidades) e seus quadros preferem manter os velhos cabides inúteis.
Após refletir muito, percebi que a "birra" era maior que a que tinha acontecido, afinal envouveu muitos interesses.
Pelas localidades e seus "acessos" éramos em muitos lugares o único médico visto no prazo de 6 meses, quando o último colega militar esteve lá.
Em uma escola ou igreja, montamos consultórios de campanha com médico, dentista, enfermeiro e, é claro, cartório eleitoral e de identidade (se não ninguém vota, né?).
Em resumo, o trabalho das 3 Forças Armadas Brasileira em solo Amazônico e de tamanha importância para a sobrevivência da região, muito mais que os bravateiros da Amazônia de hoje em dia fazem.
Mesmo assim, não fiquei muito tempo...
Não é fácil viver nestas condições e eu tinha "sonhos", mas bem mais delapidados depois deste tempo militar numa região que escancara as reais necessidades brasileiras e ninguém é ouvido, mas simplesmente se bate o "martelo" em qual interesse for mais útil naquele momento.
Bem, após isso, voltei para São paulo, me especializei,e fiquei por aqui.
A carreira, graças a muito trabalho, dedicação e acima de tudo muita ética e honestidade, as coisas aconteceram naturalmente.
Hoje em dia 13 anos após, sempre preteri trabalhos mais rentáveis em detrimento ao serviço público.
De 10 meses para cá, uma desavença com o poder público local me vez mudar radicalmente e investir exclusivamente em meu consultório.
A população estremeceu, afinal foram 8 anos de unidade de saúde na mesma cidade....
Eles se matam em pagar e lotam meu consultório, eu os ajudo, dou desconto, retornos a mais (5, 6 quantos necessários se o paciente não tiver condições).
Ainda assim, em cidade vizinha, mantive um ambulatório do SUS, por ser minha vida, atender à população.
Hoje, recebi a notícia que o prefeito queria falar comigo (cidade com 9 mil habitantes), por uma discussão que eu tinha tido com o Farmacêutico, no sentido de viabilizar o atendimento à população.
Resumindo: fui demitido.
Este foi o mesmo erro da outra cidade: O Governo e o SUS não suportam leis, normas, regras.
Sabe qual foi a fala do prefeito??????????
"As leis são flexíveis"
O que posso eu dizer então.
Pior, eu disse e escrevi umas verdades sobre a situação de atendimento à população no próprio prontuário, de tanta repetência dos mesmos erros sem solução.
Qual o medo do prefeito????
"Já imaginou se aparece em algum jornal" (detalhe, evidentemente a cidade não tem um jornal)
Por mais que eu tento ser "social" e manter um trabalho no SUS, mais estes governos curtidos à esquerda podre atual me jogam ao liberalismo econômico, e pior, jogam na minha cara que é isso que realmente funciona.
Liberalismo econômico!
Oportunidades!
Competência!
Prestação de serviços de alta qualidade, mas por um preço justo.
Vocês me acham insensível????
Mas por 13 anos só trabalhei para o SUS...
Assim a esquerda podre afastou mais um "lutador"(apelido do médico dos postos de saúde de pequenas cidades) e seus quadros preferem manter os velhos cabides inúteis.
Após refletir muito, percebi que a "birra" era maior que a que tinha acontecido, afinal envouveu muitos interesses.