"Quem facilitou o retorno de Zelaya tem uma responsabilidade especial de prevenir a violência e promover o bem-estar do povo hondurenho", acrescentou o embaixador.
Na semana passada, a secretária de Estado, Hillary Clinton, havia expressado a esperança de que o retorno de Zelaya fora uma ocasião para o começo de uma negociação entre as duas partes. "Agora que Zelaya voltou seria oportuno devolver-lhe o cargo", disse Hillary.
Zelaya retornou há uma semana a Tegucigalpa e, desde então, está abrigado na Embaixada do Brasil na capital hondurenha. O governo de facto, liderado pelo presidente Roberto Micheletti, rechaça a volta do líder deposto ao poder.
Estado de sítio
Em Honduras, forças de segurança leais ao governo de facto de Honduras invadiram e fecharam a Rádio Globo de Tegucigalpa, um dos poucos veículos de comunicação do país favoráveis ao presidente deposto, Manuel Zelaya. A TV Cholusat Sur, que também mantinha uma linha opositora está cercado por militares e saiu do ar. No domingo, o governo de Roberto Micheletti decretou um estado de sítio que proibiu liberdades individuais e limitou a imprensa.
Passeata
Cerca de 500 pessoas se aglomeram na frente da Universidade Pedagógica Nacional em Tegucigalpa, em Honduras. Há cerca de 15 minutos, oficias da polícia advertiram os líderes do movimento em favor da restituição de Manoel Zelaya na presidência de Honduras a se dispersarem.
Uma tropa de choque já está preparada a uma distância de cerca de 30 metros da aglomeração, munidos de um caminhão com jatos d'água. Neste momento, os lideres da "resistência" avaliam se vão continuar com a manifestação, que deveria se deslocar até a Universidade Autônoma de Honduras.
Estadão