Índices

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  • domingo, 13 de setembro de 2009
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  • Sobre a verdadeira guerra que se está travando no campo, em busca de novas - e melhores - áreas para doar aos militantes do mst, seria interessante ter-se algumas informações sobre os assentamentos gaúchos e brasileiros.

    - O incra poderia fornecer alguns dados como, por exemplo, qual a produtividade por área (nem precisa ser por família) nos assentamentos com mais de cinco anos. Vamos tomar apenas os mais antigos, para que os assentados tenham tido tempo de aclimatar-se ao trabalho duro de um agricultor.

    - Vamos tomar, como comparativo, apenas a produção existente naquela área específica, antes dos assentamentos. Afinal, seria "injusto" querer que eles tivessem uma produtividade acima da média gaúcha.

    - Mas vamos considerar apenas os assentados originais nestas glebas, não os que venderam ou repassaram. Será que o incra tem este dado?

    - Vamos considerar apenas a produção realizada pelos assentados, não valendo arrendamentos e gado "por cabeça", o que é bem comum por aqui.

    O PoPa poderia pedir que se colocasse, nesta conta, os gastos públicos para tal "produção", como as cestas básicas, as sementes, os adubos e tanta coisa que foi investida por ali. Mas podemos ignorar este passo, mesmo que ele seja importante para a definição do "PIB por hectare", tão perseguido pelo governo, no caso dos médios e grandes produtores rurais.

    Mas o que mais magoa o velho agrônomo PoPa, é saber que a verdadeira agricultura familiar está abandonada por este governo. Sim, existem linhas de crédito muito interessantes para eles, mas sobre eles está sempre o temor de não produzir, de ter problemas de comercialização, de ter problemas de crédito. Para eles, a vida é dura, sofrida, trabalhada. Seus filhos não têm acesso a crédito fundiário para comprar terras e produzir. Mas eles vêem assentados - normalmente, desempregados urbanos - ganharem tudo de mão beijada, ao seu lado. Isto é justiça social?

    Pensem nisso! A área da agricultura brasileira está definhando pela ameaça da desapropriação, pela ameaça da reserva legal, pelos quilombolas e áreas indígenas, pela ameaça de um governo que não está nem aí para a produção empresarial, embora seja ela que mantenha este país funcionando.
     
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