Em matéria publicada em “O Dia”, em 11/06/2009 (que, por sinal, tem um título bastante tendencioso: “MEC defende livro com tortura que o Rio recolhe”), a Secretária Municipal de Educação do RJ, Cláudia Costin, mudou um pouco as declarações dadas no dia anterior, na Rádio CBN – que comentei em meu último post – e reconheceu que os livros didáticos adotados na rede municipal não são escolhidos pelo MEC, como havia afirmado. Tal escolha, como já dissemos, é feita pelos próprios professores da rede, a partir de uma lista encaminhada pelo MEC, com um conjunto de publicações didáticas avaliadas por especialistas de diversas universidades brasileiras. Mais adiante, a referida matéria também confirma que o livro censurado será substituído por uma apostila elaborada pela SME, que será utilizada até o fim do ano. Porém, algumas questões ficam no ar: 1- Será que a secretária manterá a idéia anunciada anteriormente de produzir um material didático próprio da secretaria, a partir do próximo ano? 2- Se a resposta for afirmativa, surge uma outra pergunta: o que leva um município a arcar com o ônus de produzir material didático próprio (apostilas), se existe uma grande quantidade de livros de qualidade na lista do PNLD, que são distribuídos gratuitamente? Bem, se a SME-RJ, de fato, optar por produzir livros apostilados, a pulga que está atrás da orelha deste humilde escriba virará um enorme elefante. Principalmente se tais apostilas forem feitas pelo Sistema Uno ou pelo Sistema Positivo – clientes do Sr. Paulo Renato de Souza, como bem assinalou o bravo colega do Cloaca News no comentário que fez em meu post anterior – ou pela Editora Abril, com a qual a nobre Secretária tem “vínculos sentimentais”, já que foi vice-presidente da Fundação Victor Civita...