Na madrugada da última sexta-feira, morreu Zé Rodrix, um dos mais originais compositores da história do rock brasileiro. Habitualmente lembrado por sua trajetória no trio Sá, Rodrix e Guarabyra ou por sua carreira solo, o compositor carioca - mas que radicou-se em São Paulo na década de 1970 - também contava em seu vasto currículo artístico com uma participação numa das últimas formações da lendária banda paulista “Joelho de Porco”. Formado em 1972, o “Joelho” destacou-se rapidamente no cenário do rock tupiniquim por suas letras irreverentes e seu comportamento anárquico e teve o seu primeiro compacto produzido por Arnaldo Baptista, dos “Mutantes”. Em meados da década de 1970, com a entrada do vocalista argentino Billy Bond, o som da banda tornou-se mais “sujo” e pesado e ela passou a ter uma linha musical bastante próxima do Punk-Rock, que naquela época começava a estourar na Inglaterra. É deste período, um dos discos da banda que eu mais gosto, o “Joelho de Porco” (1978), gravado pela Som Livre, cuja capa escolhi para ilustrar este post. Zé Rodrix participou da remontagem da banda, em 1982, juntamente com dois integrantes da formação original, Tico Terpins e Próspero Albanese e com sua nova formação o “Joelho” participou do “Festival dos Festivais”, da Rede Globo, com a sarcástica “A última Voz do Brasil”. Para lembrar esta grande banda, compartilho aqui o MP3 de um de seus "clássicos", O Rapé, do disco de 1978.
Clique no player abaixo e curta “O Rapé”:
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