Portal de Convênios do governo federal: uma boa iniciativa para melhorar a transparência púbica

O governo federal disponibilizou mais uma forma de elevar a transparência dos repasses públicos. A partir de 1º de setembro, todos os convênios e contratos de repasse de recursos voluntários da União somente poderão ser celebrados e operacionalizados através do Portal de Convênios. É mais um canal que facilita a transparência das contas públicas, permitindo um melhor acompanhamento da execução e a prestação de contas de todos os recursos repassados voluntariamente pela União.

Segundo Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, o Portal de Convênios irá automatizar e agilizar essas transferências. Segundo ele, “a iniciativa significa a eliminação do papel na maioria dos processos, a desburocratização e a melhoria da eficiência em uma área essencial para a sociedade brasileira”.

O Portal de Convênios, da mesma forma que o Portal da Transparência, eleva o nível de transparência dos gastos públicos. É público e notório que as transferências voluntárias da União têm baixo nível de controle, baixo nível de transparência e elevados desvios nos âmbitos de governos locais e organizações não-governamentais (ONGs). Nos últimos anos, com a sistemática de sorteios da Controladoria-Geral da União (CGU), houve avanços significativos na fiscalização. O Portal facilitará o acompanhamento pela sociedade dos convênios celebrados, sendo mais um instrumento de transparência pública.

Simplificação – Atualmente, as entidades – estados, municípios e ONGs – precisam apresentar a documentação exigida para cada ministério (ou até mesmo para cada convênio distinto dentro de um mesmo ministério) com os quais têm interesse em estabelecer convênios. Com a iniciativa do portal, o órgão apresentará os documentos necessários ao governo apenas uma vez porque todas essas informações ficarão registradas no sistema.

Outra modificação que vai reduzir a burocracia e os custos de transação é que as contratações realizadas pelas entidades com esses recursos também terão de ser registradas no portal, bem como o pagamento às empresas contratadas. Com isso, fica suprimida a prestação de contas parcial e simplifica-se o rol de documentos necessários ao exame da prestação de contas. “Vamos evitar o acúmulo de processos com prestação de contas para serem analisados pelos ministérios”, destacou o secretário.

O governo poderá também padronizar os projetos básicos dos empreendimentos mais freqüentes realizados por meio desses convênios, como escolas, postos de saúde e hospitais, dispensando a apresentação de projetos básicos por parte dos estados e municípios. Além de simplificar os procedimentos, também agilizará o repasse dos recursos.

Transparência - Na opinião de Santanna, a iniciativa garante mais transparência às transferências voluntárias porque a sociedade poderá acompanhar a execução dos contratos pela Internet e verificar a aplicação dos recursos públicos.

O Portal de Convênios fará ainda o registro da movimentação financeira dos recursos repassados pela União, uma vez que o Sistema de Gestão de Convênios, Contratos de Repasse e Termos de Parcerias (Siconv) estará integrado aos bancos oficiais. Dessa maneira, as entidades e órgãos públicos que apresentarem irregularidades terão dificuldade em receber dinheiro público da União.
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Terra Gramsci















Giorgio Baratta é professor de filosofia na Universidade de Urbino, Itália. Marxista erudito, de imaginação larga e fôlego inesgotável, dedica-se a uma batalha incansável para agitar idéias, unir experiências e produzir cultura de esquerda. Sua relação com o pensamento de Gramsci é intensa e original. Baratta não é um estudioso em busca do verdadeiro Gramsci, mas sim um teórico que deseja usar Gramsci para interpretar as urgências do presente.

Com esta preocupação, Baratta tem girado o mundo. Uma de suas paixões é buscar os links político-culturais entre o Brasil e a Itália, mais precisamente entre Salvador e Nápoles. Seu livro Le rose e i quaderni (Roma, Gamberetti, 2000) foi traduzido e publicado no Brasil (As rosas e os Cadernos. Rio de Janeiro, DP&A, 2007). É uma excelente amostra do programa teórico, político e cultural a que se dedica Baratta.

Seu empenho em renovar o estudo e o uso de Gramsci convergiu recentemente num movimento que está a ganhar vida na Sardegna, Itália, região onde nasceu Gramsci. Com o apoio da International Gramsci Society, Terra Gramsci (http://www.gramscitalia.it/terragramsci.html) propõe-se a ligar as terras do mundo, a constituir uma rede itinerante para promover intercâmbios tendo em vista um projeto de formação de um novo senso / imaginário comum. Realiza concertos, festivais de poesia, teatro e cinema, além de seminários e conferências.

O “nosso Gramsci”, pode-se ler no manifesto de lançamento de Terra Gramsci, “é um grande intelectual cosmopolita internacionalista, e ao mesmo tempo um homem rico de sentimentos elementares: alguém que vivia a sua terra – pedras, plantas, animais, culturas, tradições – como fonte permanente de paixão pelo senso comum de sua gente, que ele se esforçava para levar a uma consciência mais aberta e mais madura, capaz de passar sem solução de continuidade da Sardegna à Itália, à Europa, ao Mundo”.

No último dia 26/08, Baratta publicou amplo artigo no jornal Liberazione, de Roma, no qual reapresenta Terra Gramsci. Seu título diz tudo: “Uma rosa viva na terra de Gramsci nasce mesclando música, palavras e imagens” (http://www.liberazione.it/a_giornale_index.php?DataPubb=26/08/2008).

Reproduzo abaixo um trecho particularmente emblemático, revelador do espírito que move este culto e dinâmico gramsciano.

« “Gramsci morreu”, afirma um livro recentemente publicado na Itália. Se é assim, viva Gramsci!

Outros também morreram, basta pensar em Lênin e depois em Togliatti, que usou Gramsci para construir todo um programa político. Depois da experiência togliattiana, abriu-se na Itália um vazio de presença real, que dura ainda hoje, não obstante o vivaz fermento de idéias produzido por estudiosos da “International Gramsci Society”, como documentam livros recentes de grande valor, entre os quais, em ordem inversa à da publicação, La continua crisi [A crise contínua] de Pasquale Voza, La rivoluzione necessaria [A revolução necessária], de Raul Mordenti, Tre voci nel deserto [Três vozes no deserto], de Giuseppe Prestipino, e Sentieri gramsciani de Guido Liguori [Roteiros para Gramsci, ed. bras. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2007] .

Como explicar esta dificuldade de impacto na realidade? Os mortos são usados pelos vivos. Mas primeiro é preciso se dar conta até o fundo de que estão mortos. Talvez ainda cultivemos algumas ilusões. Se tivermos a coragem de virar a página sem vacilação e refletirmos sobre as urgências do existente, perceberemos que usar significa traduzir, isto é, comporta a adoção de uma outra linguagem, irremediavelmente distinta da original. Uma linguagem é um mundo. Uma experiência-mãe, que demonstra a capacidade de estimular o novo, que é precisamente o legado de Gramsci e foi o ardor que nos anos 1970 teve Stuart Hall na Inglaterra de “teorizar” não tanto sobre Gramsci, mas – com Gramsci – sobre as urgências do existente. Hall buscou em Gramsci o eixo para analisar as novidades do “populismo autoritário” da senhora Thatcher, que havia sido capaz de traduzir e deformar na linguagem da direita certas necessidades, idéias e sentimentos extraídos do patrimônio político-cultural da esquerda. Para esta operação, Hall e o movimento a ele vinculado valeram-se de estudos culturais, de disciplinas e linguagens as mais diversas.

Pouco tempo atrás, juntamente com Derek Boothman, tive a oportunidade de refletir com Hall em Londres sobre as analogias e diferenças entre a Inglaterra populista-autoritária de então e a Itália de hoje, mas também sobre as modalidades de uma estratégia cultural de “esquerda”. O pensamento de esquerda se estilhaçou diante da televisão? Vamos então dar vida a um esforço coletivo de imaginação crítica, inspirado em um autor que no último de seus Cadernos do cárcere escreveu: se se despe a gramática da língua, sobra somente um sistema de imagens. »

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PSOL = DEMo


Reproduzo o texto do Marco Weissheimer no RSurgente. É lamentável o PSol, que está ficando tão gelado quanto Plutão. A solução é implodir este sistema político para ver se das cinzas surja alguma coisa que preste!

PSOL cassa programa eleitoral do PSTU sobre financiamento das campanhas eleitorais
http://www.rsurgente.net/

Recebo e-mail de Vera Guasso (PSTU), candidata da Frente de Esquerda (PSTU-PCB) à prefeitura de Porto Alegre, comunicando que o PSOL cassou o programa eleitoral do PSTU sobre financiamento das campanhas eleitorais. Ela afirma:

“Fomos surpreendidos por uma decisão liminar da Justiça Eleitoral, solicitada pelo PSOL, suspendendo o programa eleitoral do PSTU que iria ao ar às 20h30min dessa quarta-feira, 27/08, repetindo o mesmo material que foi ao ar nesse mesmo dia às 13h. O conteúdo desse programa expressa uma denúncia da nossa candidatura contra a perda de independência política das candidaturas que gastam milhões em suas campanhas eleitorais financiadas por grandes empresários. As grandes empresas posteriormente cobram a conta exigindo favores do poder público, atuam como agentes de corrupção e exemplos temos as centenas. Temos também o exemplo vivo do PT que trocou seu programa para ficar de bem com o empresariado e tem traído as lutas históricas dos movimentos sociais”.

"Nesse programa relatamos um fato irrefutável: O PSOL aceitou cem mil reais da Gerdau, uma das maiores empresas multinacionais do ramo do aço no mundo. Essa decisão coloca em risco a independência política também desse partido. Achamos a decisão do PSOL de aceitar esse recurso, um profundo equívoco concordando com a opinião de muitos militantes desse partido. Não entendemos que a candidata Luciana Genro que já teve cassados seus panfletos de campanha ao denunciar fatos grave de outros partidos, agora use do mesmo subterfúgio para cassar a opinião de um partido com tradição nas lutas sociais que denunciou um fato verídico”.
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Esta é a Tuca, um filhote de peixe-boi.


Tuca foi fotografada no canal do Rio do Forte na praia de Paripueira, AL.

Fruto do Projeto Peixe-Boi.

Tuca é filha da Lua e do Mel.
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A frase de Bill Clinton na Convenção Democrata

“Há décadas os republicanos falam de seus ideais econômicos mas só em 2001, quando ganharam maioria na Câmara, no Senado e a Casa Branca, tiveram total oportunidade de implementá-los. Qual o resultado? Nos levaram de superávit recorde para um déficit explosivo; de 20 milhões de empregos novos para apenas 5 milhões; para o constante aumento salarial das famílias de trabalhadores, para a diminuição destes salários; de 8 milhões de norte-americanos tirados da pobreza para 5,5 milhões lançados à pobreza sem citar os outros milhões que perderam seguro de saúde”.

O casal Clinton mostrou força na Convenção Democrata. Hillary Clinton levou os 75 mil convencionais a escolher Obama por aclamação. O fato é que a candidatura de Obama esfriou depois da vitória sobre a senadora democrata. Barack Obama construiu uma candidatura com o apoio do clã Kennedy e do ex-presidente Jimmy Carter. Adversários do casal Clinton no partido democrata, Obama representou para eles a chance de retornar o poder da máquina democrata. O inusitado é que Obama trouxe uma mensagem de mudança, dos novos paradigmas, em contraposição à dinastia dos Clinton. Mas os Clinton eram a novidade, a renovação democrata há alguns anos, e Obama se junta aos velhos democratas para trazer a mensagem da mudança. Como os americanos ficaram cansados de eleger dinastias depois de Bush, Obama foi beneficiado por esse sentimento.
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Diogo Mainardi condenado a 3 meses no xilindró!


JUSTIÇA CRIMINAL DE SP CONDENA MAINARDI

José Rubens Machado de Campos, advogado de Paulo Henrique Amorim, acaba de informar: “A 13ª. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo deu provimento à apelação de Paulo Henrique Amorim para condenar Diogo Mainardi como incurso nas penas dos crimes de difamação e injúria como capitulados nos artigos 139 e 140 do Código Penal, em razão dos ataques e ofensas contidos em artigo intitulado ‘A Voz do PT’, da revista 'Veja', de 6 de setembro de 2006, acolhendo parecer do Ministério Público em segunda instância e a sustentação feita pela ilustre Procuradora Marilisa Germano Bortolin. O desembargador relator Miguel Marques e Silva acatou o apelo e foi acompanhado pelos demais desembargadores Sanjuan França e França Carvalho.”

A pena é de 3 meses e 15 dias de detenção e pagamento de 11 dias de multa, ou substituição da pena privativa de direitos por três salários mínimos, como incurso nos artigos 139 e 140 do Código Penal. Com isso, Diogo Mainardi perde a primariedade, o que significa que, se for condenado de novo, poderá ir preso. Cabe recurso ao STJ.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, em segunda instância, em 6 de agosto de 2008, condenou Diogo Mainardi e a Editora Abril, editora da revista “Veja”, a pagar 500 salários mínimos a Paulo Henrique Amorim, por danos morais.

Leia a seguir o parecer do Procurador de Justiça Carlos Eduardo de Athayde Buono, que foi referendado pela Procuradora Marilisa Germano Bortolin e acolhido pelos Desembargadores da 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo:

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/forum/Post.aspx?id=553

Leia também PiG ABSOLVE MAINARDI



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A reforma agrária só vai acontecer se o latifúndio estiver de acordo


Quinta-feira, 24 de julho, 13h. Depois de dois dias e meio de marcha, mais de 600 integrantes do MST chegavam à sede do INCRA, em Porto Alegre, para reivindicar o atendimento de um acordo que prevê assentar duas mil famílias no Rio Grande do Sul ainda este ano. O primeiro prazo, de assentar mil famílias até abril, não foi cumprido.

A marcha começou cedo, antes das 7h. A alvorada no ginásio da Federação dos Metalúrgicos de Canoas foi às 4h. No meio da manhã, quando entravam em Porto Alegre, os trabalhadores foram recebidos por um enorme contingente armado da Brigada Militar. Todos foram revistados, muitos colocados contra a parede, seus pertences vasculhados, mesmo que se soubesse que nada “perigoso” seria encontrado, como não foi.

Quando a marcha foi interrompida pela polícia, os jornalistas das grandes empresas de comunicação estavam lá para captar que os sem terra seriam abordados como criminosos. Nas notícias que escreveram depois não estranharam isso. Pareceu-lhes justo ou normal. O que suas imagens e textos nunca registram é que esses trabalhadores organizados, homens e mulheres humildes, são humilhados pelas forças de segurança. São oprimidos. O noticiário os confunde (e é impossível acreditar que faça isso inocentemente) com pessoas oportunistas e violentas, mesmo quando são vítimas do oportunismo do sistema e da violência de estado.

Leia a íntegra no Coletivo Catarse
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SAÚDE: A JUDICIALIZAÇÃO NECESSÁRIA



Gustavo Bernardes*

Nos últimos dias vimos o questionamento da necessidade de judicialização da saúde no Rio Grande do Sul, já que o nosso Estado é campeão nessas ações.

Que motivo nos leva a ver na Justiça Gaúcha a única saída para garantir o direito à saúde?

No campo doutrinário existia controvérsia a respeito da possibilidade do cidadão reivindicar ao Estado a proteção à saúde, conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal.

A origem desse posicionamento remonta à Declaração dos Direitos do Homem (1789) em que houve o reconhecimento dos direitos fundamentais e sociais. Na época, consistiu somente em enunciá-los como inerentes ao ser humano. Assim, basta observar a denominação dada ao referido documento, para vislumbrarmos que o mesmo limita-se a declarar a existência dos direitos fundamentais sem, no entanto, criarem institutos a fim de efetivá-los de forma universal e igualitária.

Todavia, não faz sentido deixar de observar normas que protegem a vida, haja vista que o direito à saúde está intimamente ligado ao direito à dignidade da pessoa humana.

Para garantir vida ao dispositivo constitucional referente ao direito à saúde, exigimos que, uma vez previsto na Constituição Federal como um direito social conferido aos cidadãos, trata-se de um direito hábil de ser reivindicado de forma imediata e efetiva.

Por isso que ONG que atuam pela garantia ao acesso à saúde, como o SOMOS, têm buscado este recurso para garantir a vida de pessoas que vivem com aids, pois os entraves burocráticos ou a falta de capacidade de gerenciar um simples estoque, podem levar estas pessoas à morte.

As assessorias jurídicas das ONG têm pleiteado até medicamentos simples como o Imosec, indicado para pessoas com diarréia aguda ou crônica. O que está acontecendo? Seria falta de planejamento ou improbidade administrativa?

As compras de preservativos pactuadas pelos entes federativos não vêm sendo cumpridas. O Município de Porto Alegre, o Estado do RS e a União têm falhado na compra e distribuição destes insumos básicos.

Desde 2005 o SOMOS denuncia junto ao Ministério Público a não aplicação dos 12% da receita líquida do Estado em saúde, conforme prevê a Constituição Federal.

Assim, podemos concluir que a judicialização da saúde decorre principalmente pelo descaso dos agentes públicos para com essa área e que a única alternativa que resta ao cidadão é recorrer ao Poder Judiciário.

*Advogado e Coordenador Geral do SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade

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Esta é a única via de acesso aos medicamentos para parte da população, já que é sabido que o governo , em particular o Governo do Estadodo RS, só libera determinados produtos mediante ordem judicial.

E é bom que se diga que se algum dia este não for o caminho, restará incluir na cesta básica de cada cidadão, um revólver e uma caixa de balas, e que os mais fortes sobrevivam.

A Carapuça
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A CASA DO ESPANTO, ver.1.45


Já circula pela democrática internet, mais uma peça do quebra-cabeça da fábrica de trouxas ME-ENGANA-QUE-EU-GOSTO: A CASA DO ESPANTO, ver.1.45.

É a venda de um imóvel na Chácara das Pedras, que saiu na revista especializada em imóveis Imóvel Class de março/abril de 2006.

Adivinhem de quem é aquela casa???

De tia Yoda Cruzeta.

Casa de 467 metros quadrados, 4 suítes (master com hidro), piso de mármore italiano na parte social, gabinete, lavabo, jantar com churrasqueira integrada, adega, sala de fitness, ampla copa/cozinha, dependência de empregada, canil, jardim com árvores frutíferas, piscina aquecida, garagem para 3 carros.

Tudo pela irrisória quantia de R$ 1.450.000,00.

A Governadora do Estado do Rio Grande do Sul, comprou este casebre pela bagatela de R$ 750.000,00 em dezembro de 2006 do Sr. Eduardo Laranja da Fonseca.

É bom lembrar que o Banrisul "descascou" a dívida do Sr. Laranja somente após o estouro do escândalo.

Bem que a governadora poderia nos contar como comprar um imóvel por menos da metade de seu valor real.

Hoje ninguém tem a menor duvida do significado daquilo que Yeda dizia durante a campanha eleitoral:"fazer mais com menos".
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Do Kayser

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Porto Alegre 2008. Excelente texto de Ayrton Centeno

O Grande Nada

Ayrton Centeno

Após os primeiros dias de propaganda eleitoral na TV em Porto Alegre, o que emerge da tela é algo que, ao longo da minha não curta vida, nunca havia visto. A começar pela sensação de que não existem mais partidos. Ou talvez haja um só, o do Nadismo. O Nadismo é desmembrado em tendências bastantes sutis: o Nadismo radical e o Nadismo moderado, o Nadismo fisiológico e o Nadismo revolucionário, entre tantas. Nenhuma delas, porém, implica conflito com a outra. Convivem harmonicamente, já que desfraldam idêntico estandarte: a defesa convicta do Grande Nada.

No Partido Nadista, todas as correntes fraternalmente empunham as mesmas propostas: fazer um Porto mais Alegre, realizar o sonho de Porto Alegre, ou afirmar, intrepidamente e não sem um certo grau de temeridade, que amam o pôr-do-sol do Guaíba. E tome-lhe contraluzes do crepúsculo e jingles de uma pieguice que alguém mal humorado diria que soqueiam violentamente o baixo ventre do eleitor.

Outro fenômeno é a ausência completa da política. A política, esta coisa chata que fermenta o nascimento de tantos conflitos foi ejetada ao ostracismo. Presume-se que, antes da deflagração da campanha, os coordenadores dos diversos Nadismos, sabiamente aconselhados pela marquetagem, reuniram-se e decidiram dar um basta nessa história de política. Chega! Onde já se viu aborrecer as pessoas, num momento de civismo e exaltação da cidadania, com discussões tão desconfortáveis como, por exemplo, saber quem e por que apóia o (a) candidato (a) X e como este mesmo (a) candidato (a) se posiciona claramente diante dos problemas concretos, presentes ou futuros da cidade?

Claro que sempre haverá aquele eleitor inconveniente querendo, por exemplo, saber do candidato qual é exatamente, sem papas na língua, sua posição a respeito do estupro imobiliário planejado da orla do Guaíba na zona sul. São aquelas chateações que acabam se refletindo lamentavelmente na redução do aporte tão necessário dos desinteressados recursos empresariais para a produção de campanhas bonitas na TV. É um tipo de extremismo que o Grande Nada não pode tolerar. Discrepâncias, sim, até poderão ser tratadas. Afinal, é preciso contentar a todos e a nenhum. Nada é exatamente igual ao outro. O Nada é Uno mas também é Múltiplo. Há que ter esta flexibilidade.

Para tanto, a TV, de modo tão absorvente, já está proporcionando à atenta cidadania um debate profícuo. Que, claro, está centrado naquilo que os candidatos e seus programas democraticamente nos oferecem: a imagem, a fachada, o lado externo de suas candidaturas.

Será, sem dúvida, impactante discutir se a candidata A tornou-se mais merecedora do sufrágio agora depois da chapinha ou se era melhor antes com os cabelos crespos [1]. Debater, conceitualmente, se o semblante sonâmbulo do candidato B é compatível com sua auto-propalada audácia e se seu ar letárgico, de fato, fomenta a esperança [2]. Ou se a blusinha da candidata C combina, republicanamente, com os seus olhos cor de anil [3]. Avaliar se houve progresso na lavourinha laboriosamente cultivada no topo do crânio pelo candidato D — eu diria que não, mas você, caro (e)leitor, pode dizer que sim, que ela é intensamente produtiva e viçosa, atingindo índices de produtividade enaltecidos até pela Farsul [4]. É seu direito. Ou, por outra, pode concordar comigo, mas responsabilizar a avara resposta da natureza à falta de apoio do Pronaf. Pronto, assim do Nada eis aí o debate instalado. Tão civilizado, tão estimulante, tão cidadão.

Templo do Grande Nada, a RBS ajudou sobremaneira na conversão dos candidatos que, um a um, vieram, genuflexos, queimar incenso no altar de Zero Hora. Um mergulho de profundidade cosmética no cotidiano dos concorrentes do qual emergimos enriquecidos pela informação de que um é papai coruja, que aquele sabe de cor as músicas da Disney, que outro adora cozinhar, que aquela foi obesa [5], que esta borda em ponto cruz, e que há ainda quem expresse sua rebeldia mesmo sem cachos e quem a faça através de brincos. Ufa!

Olívio Dutra sempre repetiu – e repete – aquele bordão que sintetiza boa parte do sentimento e das ações que Porto Alegre vivenciou especialmente nos anos 90. Aquele que afirma que, para construir uma nova e mais justa sociedade, é imprescindível que cada cidadão não seja objeto, mas sim sujeito da política. Sentiam-se e portavam-se como sujeitos, até então, somente os candidatos.

Porém, agora, neste ano da graça de 2008, largada de campanha, os candidatos é que abdicaram de serem sujeitos da política. Sua nova condição é a de objetos. Estão na TV como se estivessem na gôndola dos supermercados. Não têm história. Não porque a perderam, mas porque optaram por sepultá-la. Escolheram serem coisas. São produtos práticos e versáteis, adaptáveis a qualquer gosto ou ambiente. Desconstróem-se num palco de ilusões de olho no teleprompter dizendo um texto em que só eles acreditam (Acreditam?). Não parecem de carne e osso. Aparentam hologramas cambiantes e fugidios, projetados desde um passado longínquo e impreciso, repetindo palavras ocas que se desmancham no ar.

Quem é de esquerda apresenta uma narrativa – que carrega tanto de Nadismo quanto de ambição — sonhando cabalar o voto não apenas do eleitor de centro sempre oscilante, mas até da direita. Esta, por sua parte, lança, além do centro do tabuleiro, piscadelas para o eleitor de esquerda. A conseqüência deste discurso aguado do qual a política foi exilada só poderia ser a superfluidade. Parte de nenhum lugar para lugar algum. A diferença é que a direita está na sua: este é o mundo que pedra por pedra levanta a cada dia. É o que temos. E o que nos esmaga. À esquerda caberia questioná-lo, expor a sua estreiteza, as suas contradições, a sua insuficiência e as suas vastas iniqüidades. Mas isto só se faz fazendo campanha além da epiderme. E quem faz isso são homens e mulheres, pessoas com história, com partido, com política e com diversas e divergentes visões da vida e do mundo. Não é uma tarefa para espectros.

OBSERVAÇÕES:
[1] Luciana Genro (Dep. Fed. PSOL/RS)
[2] José Fogaça (PMDB, atual prefeito)
[3] Mª do Rosário (Dep. Fed. PT/RS)
[4] Onyx Lorenzoni (Dep. Fed. DEM/RS)
[5] Manuela D’Ávila (Dep. Fed. PCdoB/RS)
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"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura, jamás." (C.Guevara)


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Política Pública de Saúde da Prefeitura de Porto Alegre é : FODAM-SE!


Esta é a conclusão que se chega sobre a política DST/AIDS da prefeitura, ao ler o e-mail recebido de Gustavo Bernardes do SOMOS - Comunicação, Saúde e Sexualidade.

Não é possível que as políticas públicas, especialmente relativas à saúde, passem longe das necessidades reais da população, perdidas entre promessas, mentiras e desvio de recursos para financiamento de partidos e campanhas eleitorais.

Na Prefeitura de Porto Alegre, “a cara da cidade”, coligação do PMDB, PDT, PTB,PPS, PP entre outros, a realidade da população é bem outra do que contada em prosa e verso. Está na hora dessa gente ter um pouco de vergonha na cara!

Este é o exemplo de como algumas ideologias tratam a população; e não é possível dissociar determinadas atitudes de determinadas ideologias.

Mas estamos em um período pré-eleitoral e espero que a população que se acha a mais politizada do Brasil, não entre pelo cano mais uma vez.

Abaixo o e-mail...
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Nenhuma camisinha foi comprada pela Prefeitura de Porto Alegre neste ano, descumprindo a pactuação com o Governo Federal e Estadual e deixando a população sem insumos básicos de prevenção à aids. Medicamentos para enfrentar efeitos colateriais dos antiretrovirais e outros básicos, de responsabilidade do município, estão faltando nos postos de saúde. Somado a isto, os recursos do Plano de Ações e Metas - PAM destinados ao atendimento de pacientes com HIV/Aids da capital gaúcha teriam sido utilizados para o pagamento de funcionários do Hospital Vila Nova. A denúncia foi feita nesta terça-feira (26/8) à tarde pelo coordenador do grupo Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade, Gustavo Bernardes , durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal.

O Hospital Vila Nova mantém convênio com a prefeitura, disponbilizando 40 leitos para atendimento de pacientes soropositivos. Lembrando que o PAM foi construído de forma conjunta entre governo e sociedade, Bernardes informou que a denúncia foi formalizada ao Ministério Público e que o Conselho Municipal de Saúde (CMS) havia dado parecer contrário ao uso dos recursos no Vila Nova. "O Executivo alegou que os recursos do governo federal estavam parados. O Município deveria utilizar esses recursos federais aos pacientes com HIV/Aids e ainda complementá-los com verbas municipais."

Segundo Bernardes, Porto Alegre registrou 14.701 casos de pessoas contaminadas pelo vírus HIV em 2006. Bernardes também reclamou a falta de distribuição gratuita de preservativos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). "O governo licitou a compra apenas depois que os preservativos haviam se esgotado para distribuição. Os 1,140 milhão de camisinhas que a prefeitura teria de ter comprado estão prometidas apenas para dezembro". O Somos também reclama que não há campanhas educativas de prevenção à Aids na Capital e que o número de funcionários na Coordenação da Política Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids da SMS teria diminuído de 18 para apenas três. Além disso, acusa Bernardes, os programas de planejamento familiar excluem gays, lésbicas, transexuais e pessoas que não desejam ter filhos.

A coordenadora da Política Municipal de DST/Aids, Miriam Weber , afirmou que os recursos são escassos para o atendimento aos pacientes e elogiou a atuação histórica dos movimentos sociais em favor dos portadores do vírus HIV em Porto Alegre. Ela confirmou a diminuição no número de profissionais de saúde na Coordenação ao longo dos anos e destacou que Porto Alegre tem sido, desde o início da epidemia, a terceira capital brasileira em número de casos de Aids no país. "Antes, a nossa Coordenação era ordenadora de despesas; agora, ela é encarregada do planejamento", esclareceu. Sobre o Hospital Vila Nova, Miriam afirmou que o gestor municipal pediu autorização ao CMS para utilizar recursos do PAM no pagamento de parcelas do convênio firmado com a instituição no ano 2000. "Não havia autorização para pagamento de funcionários do hospital, mas não sabemos como o Vila Nova utilizou esses recursos." Segundo ela, a SMS tem optado pelas campanhas de prevenção com a distribuição de kits contendo materiais educativos, uma vez que fôlderes e outros impressos teriam se mostrado menos eficientes.

Travestis

A presidenta da Associação das Travestis e Transexuais do RS e do Conselho Municipal de Direitos Humanos, Marcelly Malta, denunciou a discriminação ainda existente no atendimento de saúde prestado aos gays, lésbicas, travestis e transexuais nos postos de saúde e nos Serviços de Atendimento Especializado (SAE) aos pacientes com HIV/Aids da Capital. Segundo ela, as travestis mostram resistência a internações no Hospital Vila Nova, pois não se sentem respeitadas. Ela também reclamou das dificuldades para marcação de consultas por telefone, visto que a Associação geralmente precisa intervir para facilitar a abertura de vagas em hospitais para esses pacientes.

Marcelly relatou o caso do falecimento de uma travesti, ocorrido no PAM-3 na semana passada, por falta de vaga nos hospitais, e a dificuldade em conseguir a internação de outra travesti com sífilis, hepatite e Aids no Hospital Cnceição. "Freqüentemente temos de levar os doentes de táxi aos hospitais, pois não há ambulâncias disponíveis." A presidenta da Associação reivindicou ainda que as travestis e transexuais sejam atendidas pelos nomes sociais nos postos de saúde e SAEs. "É preciso capacitar os funcionários para que prestem bom atendimento." Citando o exemplo de uma travesti de 13 anos que havia sido violentada, Marcelly alertou para a necessidade de que as escolas também recebam treinamento para lidar com essas questões.

Prevenção

O vereador Claudio Sebenelo (PSDB) apontou haver falta de leitos nos hospitais "porque não há políticas de prevenção em saúde", enquanto a presidente da Cosmam, Neuza Canabarro (PDT), salientou que é preciso "uma ação mais enérgica na aplicação dos recursos do Município", com envolvimento da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) no trabalho de prevenção à Aids. Sofia Cavedon (PT) sugeriu a realização de um programa conjunto entre as áreas de Saúde e Educação no Município, com a capacitação de pais, professores e alunos para lidar com as questões relativas à sexualidade.

Já a vereadora Maria Celeste (PT) se disse preocupada com a destinação dos recursos que deveriam ser utilizados na prevenção aos casos de HIV/Aids no município para outras finalidades. Também estavam presentes à reunião o vereador Beto Moesch (PP) e o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) da Região Sul, Alexandre Böer, além de outros integrantes do grupo Somos, da Secretaria Estadual de Saúde e da SM.

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Quando um governo não quer que alguma coisa ande ou aconteça, é só deixar que os prazos vençam. Aí basta se fazer uma compra emergencial, sem os trâmites legais e cristalinos que uma administração pública honesta exige. Sempre faltará um carimbo, uma vírgula, uma rubrica, uma mentirinha aqui, outra acolá, para travar um processo.

Outro aspecto curioso, é o de não se dar andamento a projetos na área da saúde com verbas federais, com rubricas pré-determinadas, alegando-se que a "prefeitura já dispões de um projeto naquela área"!

Regado pelo silêncio de uma imprensa tendenciosa, medíocre e apenas interessada em seus interesses corporativos e verbas publicitárias, os problemas tendem a se perpetuar, ou seja: deixadas ao acaso, as coisas tendem a piorar!

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Vai levar um, freguesia?

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O Mantra

Do Blog do Luís Favre, de 27 de agosto de 2008

“A petista é, entre todos os candidatos à prefeitura, a que tem a maior taxa de rejeição.”

Hoje no Blog de Josias (jornalista Folha de São Paulo)

Pesquisa Datafolha - Rejeição e intenção de voto

Comentário deste blogueiro: A frase do Josias de Souza, da Folha de São Paulo, fala por si só. É mais uma demonstração cabal da tentativa de manipulação escandalosa do jornalismo engajado para a direita do espectro político. É mentira deslavada, na maior cara de pau, o que dispensa maiores comentários. Depois ficam reclamando que o povo não é mais influenciado pela mídia. Esquecem de dizer que o povo foi colocado de lado pela mídia há muito tempo. E o povo sabe das coisas, não é bobo. Enquanto o PSDB paulistano com a candidatura de Alckmin critica a administração Kassab, que não deixa de ser do PSDB, Marta Suplicy continua subindo. Se até eles já perceberam que a administração não é essa coca-cola que a Folha tenta vender, fica difícil defender o governo tucano-demo da prefeitura de São Paulo.

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Movimento Vigília Democrática

Dias atrás comentei sobre esse movimento no post “No meu voto, quem manda sou eu”. Agora, encontrei mais uma divulgação do movimento no "Blog Pedreira Na Vidraça". Este blog sempre teve posição clara contra a aliança, ou seja, o arranjo político patrocinado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e o prefeito Fernando Pimentel (PT) para eleger Márcio Lacerda (PSB), com o vice Roberto de Carvalho (PT). O cenário eleitoral de Belo Horizonte ficou dominado cacifismo político ou simplesmente “dedaço” como sugeriu o Ministro dos Esportes Orlando Silva (PC do B), em alusão à tradição autoritária mexicana.

O “dedaço” é uma referência ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), que durante 70 anos, a escolha do candidato da legenda para concorrer às eleições se dava no “dedo”, sem qualquer discussão dentro do partido. O candidato escolhido estava praticamente nomeado, pois a competição eleitoral entre os partidos era apenas simbólica.
Os candidatos Sérgio Miranda (PDT), Jô Moraes (PC do B) e Leonardo Quintão (PMDB) declararam apoio ao movimento. O Movimento Vigília Democrática envolve integrantes do PT, PMDB, PC do B, PDT e personalidades da sociedade civil sem filiação partidária.

Clique aqui para acessar o Manifesto do Movimento Vigília Democrática.
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Pesquisas mostram disputa acirrada em Salvador

O cenário eleitoral da capital Salvador (BA) continua indefinido. A disputa pela Prefeitura de Salvador está ainda mais acirrada segundo as pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas nos últimos dias. As duas consultas apontam o crescimento de Walter Pinheiro (PT) e a queda nas intenções de voto para Antônio Imbassahy (PSDB), ex- prefeito e João Henrique (PMDB), prefeito e candidato à reeleição. ACM Neto (DEM) continua na primeira colocação nas pesquisas, que ainda não refletem os resultados da propaganda eleitoral no rádio e na TV, pois foram feitas logo após a exibição do primeiro programa.

Do Site Vermelho, 27 de agosto de 2008

A pesquisa Ibope/TV Bahia divulgada nesta segunda-feira (25/8) mostra ACM Neto na liderança com 27% das intenções de voto, seguido de Imbassahy,18%, João Henrique , 15% e Pinheiro, 13%. Como a margem de erro da consulta é de quatro pontos porcentuais para mais ou para menos, fica configurado o empate técnico entre Imbassahy, João Henrique e Pinheiro na disputa pela segunda colocação. Hilton Coelho (PSOL) é o último colocado com 1%. Em comparação com primeira pesquisa Ibope divulgada no último dia 6, Imbassahy registrou a maior queda, 9% e ACM Neto recuou 2%, João Henrique que manteve os 15% e Pinheiro subiu sete pontos.

Ainda de acordo com o Ibope, o prefeito João Henrique, candidato à reeleição, continua com o maior índice de rejeição: 36%, mas com queda de 3% , em relação ao último levantamento, mas ainda dentro da margem de erro de 4%. A rejeição a Pinheiro também caiu de 25% para 24%. Já a situação de Neto e do ex-prefeito Imbassahy, deixa de ser confortável. A avaliação negativa do candidato do DEM subiu de 24% para 32% e a de Imbassahy (PSDB) saiu de 15% para 23%. Ou seja, a rejeição de ambos cresceu 8%. Hilton Coelho (PSOL), que tinha 26%, foi para 32%.

A pesquisa avaliou os possíveis cenários para o segundo turno, levando em conta apenas os três primeiros colocados na pesquisa anterior. Num eventual confronto entre Imbassahy e ACM Neto, o candidato do DEM levaria a melhor com 36% dos votos contra 31% do ex-prefeito. Neto também venceria se o confronto fosse com João Henrique: o candidato do DEM, chegaria a 40% contra 28% do atual prefeito. Num terceiro cenário de disputa entre Imbassahy e João Henrique, o tucano teria 37% e o peemedebista 27%. O percentual de eleitores que ainda não escolheu candidato é de 11%, votos brancos ou nulos somam 14% e 1% é o percentual de abstenção. Em um possível segundo turno, a soma dos indecisos chega a até 35%. O Ibope ouviu 602 eleitores, entre os dias 21 e 23 deste mês.

Datafolha

O Instituto Datafolha também publicou a segunda pesquisa de intenção de votos para as eleições de Salvador no domingo (24/8). A consulta publicada pelo jornal Folha de São Paulo mostra um empate técnico entre ACM Neto (DEM), 26%, e Antônio Imbassahy (PSDB), 24%. João Henrique (PMDB) fica em terceiro, com 17%, seguido de perto por Walter Pinheiro (PT), que marcou 13% das intenções. Como a margem de erro da pesquisa é de 3% para mais ou para menos, configura-se também o possível empate entre eles. Hilton Coelho permanece em último, com 2%. O levantamento também mostrou um acentuado crescimento de Pinheiro que pulou dos 7% registrados na pesquisa realizada em julho para 13% agora. Já o peemedebista, candidato a reeleição, caiu 2% e está agora com 17%. ACM Neto e Imbassahy tiveram queda de um ponto cada, em relação à pesquisa anterior. O candidato do PSOL, Hilton Coelho, permanece na lanterna, só que com o dobro das intenções de voto, passando de 1% para 2% entre as duas pesquisas.

O Datafolha fez ainda simulações de segundo turno envolvendo os três melhores colocados. No confronto entre o candidato do PSDB e do DEM, Imbassahy ficaria com 43% e ACM Neto, 39%. Contra João Henrique, o ex-prefeito teria 52% e o atual, 31%. Já na disputa entre João e Neto, o candidato do DEM teria 47% contra 37%. Em relação aos índices de rejeição, João Henrique continua na frente, mesmo sendo o único a apresentar queda, de 39% para 38%, que está na margem de erro da pesquisa. ACM Neto aparece com 32%, sete pontos acima do registrado antes. Hilton subiu de 23% para 30%, Pinheiro, de 19% para 22% e Imbassahy passou de 19% para 21%.

Na pesquisa espontânea – sem a apresentação dos nomes dos candidatos -, ACM Neto lidera com 16%, seguido por Imbassahy, com 12%. João Henrique fica com 10%, Pinheiro com 8% e Hilton Coelho não pontua. Entre os citados, o maior crescimento foi registrado por Pinheiro, que subiu cinco pontos, ficando com 8%, enquanto os primeiros colocados registraram alta de 3% cada. Outros nomes, incluindo-se o de Hilton Coelho e de pessoas que não são candidatas, somaram 2%, e as pessoas que declararam voto branco ou nulo, 8%. O Datafolha ouviu 831 eleitores entre 21 e 22 de agosto.

Polarização da disputa

Comparando as pesquisas do Datafolha e do Ibope, é possível constatar a estagnação nas intenções de voto de ACM Neto, queda nos percentuais de João Henrique e um acentuado crescimento de Pinheiro. As consultas divergem apenas em relação à Imbassahy, que empata tecnicamente com ACM Neto na primeira colocação, segundo o Datafolha, mas está embolado com João Henrique e Pinheiro na segunda colocação, de acordo com o Ibope.

Segundo a secretária estadual de Comunicação do PCdoB na Bahia, Julieta Palmeira, as atenções agora estão voltadas para a queda nas intenções de voto de João Henrique e Imbassahy. “Podemos dizer que estão embolados Imbassay, João Henrique e Pinheiro e a persistirem as tendências Pinheiro continuará crescendo. Isto dependerá também do desempenho dos candidatos na propaganda eleitoral no rádio e principalmente na TV. O resultado dessas pesquisas tem ainda pouca influência da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, pois foram realizadas com apenas um dia de veiculação da propaganda majoritária ”, ressaltou Julieta.
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Dizem que o Generalíssimo não suporta...

... estar no mesmo elevador com "patentes inferiores". José Otávio Germano tinha o mesmo comportamento!
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Sobre a publicidade de Dona Yoda Cruzeta



Não poderia deixar de comentar o vexame no começo do mês de agosto, em que o Ministério Público (MP) entrou com uma Ação Civil Pública pela anulação de um processo de licitação elaborado pelo Palácio Piratini para contração de empresas de publicidade no valor de cerca de R$ 92 milhões.

Seria uma fabulosa verba para que as empresas de publicidade “ajudassem a Governadora governar”, segundo análise rastejante de Políbio Praga, digo Braga.

Os “formadores de opinião” estão desesperados pelos banners milionários que surgiriam por intermédio de empresas de publicidade...

Sem DETRAN-RS já falta dinheiro para algumas campanhas. Estão fazendo de tudo para angariar dinheiro. Delson em São Paulo angariando fundos, e a Prefeitura de Canoas deixando de pagar contas do HNSG...

Começam as “guerras intestinas”...

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"Governo gaúcho erra ao não decidir sobre publicidade

É um erro de o governo gaúcho amarrar a decisão sobre a licitação que vai escolher as agências que atenderão as suas contas. . São R$ 90 milhões por ano que estão em jogo. 18 agências estão petrificadas, sem saber o que fazer e sem ajudar o governo a governar. O governo passou a usar a agenda imposta pela CPI do Detran. São poucos os secretários que cumprem agenda própria. A posição é equivocada.. A falta de um comando único e centralizado para a área de comunicação social do Piratini determina as vacilações. Sem ele, ações espasmódicas representam apenas desperdício de verbas e resultados sem sentido. A cara campanha de lançamento dos programas estruturantes foi prova disto."

http://polibiobraga.blogspot.com/

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Confira, abaixo, a divisão das secretarias e órgãos de governo para cada uma das seis agências escolhidas:


DCS - Banrisul, Banrisul Serviços, Banrisul Corretora de Valores, SECOM.

SLM, Banrisul, Banrisul Consórcios, Banrisul Armazéns Gerais

Nova Centro - SECOMS, sec. Infra-estrutura, Sec. Obras, CEEE, CRM, Sulgás, SPH, SUPRG, DAER. Metroplan, Sec. Ciência Tecnologia, CIENTEC

Agência Matriz - SECOMS, ec. Meio Ambiente, FEPAM, Sec. Irrigação, Sec. Justiça, FADERS, FGTAS, FASE, Sec. da Saúde, Agricultura, FUNDOVITIS, IRGA, FEPAGRO, CESA, CEASA, Fund. Zoobotânica.

Martins + Andrade - SECOM, Caixa Estadual, SEDAI, Sec. Fazenda, CADIP, PROCERGS, Sec. Habitação, CORSAN, Sec. Planejamento, AGERGS, CORAG, Sec. Administração e Recursos Humanos, IPERGS.

Escala - SECOM, Sec. Segurança, Sec. Cultura, TVE, Sec. Educação, FAPERGS, UERGS, Liberato
Salzano da Cunha, DETRAN, Sec. Relações Institucionais, Sec. Turismo, FUNDERGS.


Quem são os anunciantes de Políbio Braga:
1-Datadrome - http://www.datadrome.com.br/site/
2-Aracruz - http://www.aracruz.com.br/home.do?lang=1
3-Banrisul - http://www.banrisul.com.br/
4-Assembléia Legislativa - http://www.al.rs.gov.br/
5-EMATER - http://www.emater.tche.br/site/inicial/ptbr/php/
6-Simers - http://www.simers.org.br/cms/php/site_index_inicial.php
7-Taurus - http://www.taurus.com.br/
8-Cremers - http://www.cremers.org.br/cremers/Interface/index.action
9-Plasmacenter - http://www.plasmacenter.com.br/Empresa/


Só escândalos, isso que nem começaram as OSCIPS.
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O Generalíssimo!


Foto de Luis Gonçalves
O Secretário de Segurança do RS, General Edson Goularte informou ,em entrevista ao Correio do Povo, que “pretende implantar ações ...,dando sensação de mais segurança à população”!
Esse filme já assistimos. O general podia ter nos poupado de mais esta lamentável declaração. Sensação de segurança é você achar que está seguro; mas não está. É mais uma criação, ou enganação de um estado falido em comunhão com uma imprensa tendenciosa!
Os desavisados podem até se imaginarem seguros; mas as páginas policiais mostrarão exatamente o contrário.
É mais ou menos como comprar um carro semi-novo; um carro que não existe. Um mero jogo de palavras para enganar trouxas, como estes que acreditam nestas sensações.
Só existirá no imaginário de uma população que se deixa facilmente enganar.
Ao general um recado: não se esqueça de contar com a cooperação dos marginais!
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Salvatore Alberto Cacciola, salmão e lagosta no xilindró!


Cacciola é mal compreendido. Acredito que devamos ter um pingo de paciência. Comeu salmão e lagosta na cadeia, pois a carne está pela hora da morte! Cacciola é um injustiçado!
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As opções do blogueiro nas eleições municipais

Belo Horizonte: Este blog apóia a candidatura Jô Moraes (PC do B). Fiquei muito triste com o papelão que o PT de Belo Horizonte representou nessa eleição. Nada de pessoal contra Márcio Lacerda (PSB), mas a forma com que foi conduzida a escolha do candidato pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) e o governador Aécio Neves (PSDB) é um desrespeito aos eleitores da cidade. Por outro lado, a candidata Jô Moraes tem história de luta popular em Belo Horizonte. Nesses 16 anos, esteve sempre ao lado do projeto popular iniciado por Patrus. Porém, o candidato Lacerda tem a máquina municipal e estadual, recursos financeiros para campanha e uma vantagem de horário eleitoral sem precedentes. É muito difícil vencer uma candidatura nesse patamar. Todavia, o importante é manter a esperança. A última pesquisa mostrou um crescimento espantoso do candidato Lacerda. Isso era esperado, mas a rapidez da elevação das intenções de voto surpreende. Em Belo Horizonte, em que o número de indecisos era muito grande, a exposição do candidato é crucial para seu sucesso. E, nesse quesito, Márcio Lacerda dá de goleada na Jô Moraes. Uma eleição de Jô Moraes é uma grande vitória da democracia. Uma candidatura construída nas bases contra um adversário escolhido por caciques partidários.

Curitiba: A candidata Gleisi Hoftmann (PT), esposa do ministro do Planejamento Paulo Bernardo, é a opção do blogueiro para Curitiba. A vantagem do prefeito e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) é muito alta. A administração municipal possui elevados índices de avaliação popular, o que praticamente aniquila as chances de uma candidatura de oposição como a representada pela candidata petista. A estratégia eleitoral da petista de levar estrelas do PT para fazer campanha no município – Dilma, Lula, Paulo Bernardo, etc. – dificilmente produzirá o resultado de impedir a vitória do prefeito no primeiro turno. Todavia, pode elevar o “recall” da candidata para futuras campanhas eleitorais.

Porto Alegre: Este blog apóia a candidata Maria do Rosário (PT) contra a reeleição do prefeito José Fogaça (PMDB). A disputa para ir para o segundo turno trava-se no campo da esquerda entre Maria do Rosário (PT) e Manuela Ávila (PC do B). As mulheres estão representando bem nesta eleição de Porto Alegre. A quarta colocada é a filha do ministro Tarso Genro, a deputada Luciana Genro (PSOL). Este blog ficará satisfeito se a candidata do PC do B chegar ao segundo turno e vencer a eleição. Todavia, sua aliança com o PPS tira um pouco o brilho de sua candidatura, o que reforça a opção pela candidata do PT. A expectativa que a esquerda vença a eleição no segundo turno, até mesmo porque a soma dos votos das candidaturas do campo da esquerda supera largamente as intenções de votos da direita, e do prefeito em particular.

São Paulo: A melhor surpresa das últimas rodadas de pesquisas eleitorais – IBOPE e DATAFOLHA – foi o crescimento das intenções de voto da candidata Marta Suplicy (PT). Kassab realiza um governo razoável, para não dizer centrista. Não é um governo popular, mas também não nenhum governo que possa ser classificado como ruim. Todavia, eleitores de segmentos sociais de renda mais baixa – os pobres – sentem abandonados pela administração tucano-demos. Daí vem a principal força da candidatura da Marta. Ademais, os problemas no trânsito deram à Marta a chance de penetrar em segmentos da classe média baixa, que havia perdido no último embate eleitoral. Mas o mais importante é que a direita paulistana enfrenta uma divisão interna entre as candidaturas de Kassab e Alckmin. Esse último está completamente perdido na eleição. Não sabe se ataca Marta ou se ataca a administração Kassab, que também é tucana. Isso porque os tucanos ligados ao governador Serra detém os mais importantes cargos da administração. Este blog espera uma vitória de Marta em São Paulo. O melhor que poderia acontecer é se viesse no primeiro turno, o que passou a ser uma hipótese crível, tendo em vista as últimas pesquisas eleitorais. Aliás, esse é o desespero do tucanato atualmente.

Rio de Janeiro: Este é um blog de um eleitor petista, portanto, preferencialmente o apoio é para candidatos petistas. Porém, no Rio de Janeiro, o PT conseguiu se auto-destruir, desde a desastrada intervenção patrocinada por José Dirceu para impedir a candidatura de Vladmir Palmeira e apoiar o candidato Garotinho em 1998. Desde então, o PT nunca mais teve o mesmo brilho no município. O desgaste da figura de Benedita da Silva e a saída de Chico Alencar para o PSOL só agravaram uma situação que já não era boa. Tenho boas referências do candidato petista Alessandro Molon, é uma boa novidade. Porém, nessas eleições, sua candidatura não tem a menor chance. Assim, o melhor é o PT desistir de vez de seu sonho impossível e apoiar uma candidatura do campo popular: Jandira Feghali (PC do B). Essa sim é uma ótima opção para prefeita do Rio de Janeiro. Todavia, o PT tende a insistir com sua candidatura até o final. O risco é que o candidato metamorfose-ambulante Eduardo Paes (PMDB) consolide no segundo lugar e terei que apoiar o candidato Crivella (PRB). Nem eu, muito menos o Rio merecemos. Vale ressaltar que a candidatura Gabeira (PV) e seus neo-aliados (PSDB e PPS) não decola. Se a eleição fosse realizada somente no Leblon, Copacabana, Ipanema e adjacências, Fernando Gabeira seria o prefeito carioca. Todavia, o Rio é um pouco mais que a classe média da zona sul. Como os pobres também votam, é natural que queiram ser levados em consideração pelo candidato que deseja seu voto. Acorda Gabeira.

Recife: As últimas pesquisas eleitorais são unânimes em apresentar o crescimento da candidatura do petista João da Costa. A administração do prefeito João Paulo (PT) é muito bem avaliada, o que favorece uma candidatura de continuidade. Ademais, o governo estadual de Eduardo Campos (PSB) é bem avaliado pela população, e apóia o candidato do prefeito da cidade. Tal cenário favorece o crescimento da candidatura governista. Como nunca tinha disputado uma eleição, o candidato do PT era pouco conhecido (“baixo recall”), muito embora tenha sido o secretário de planejamento do governo municipal. O fato de participar de um governo bem avaliado é um fator que ajuda o crescimento de sua candidatura, pois fica mais fácil uma identificação pelo eleitorado da continuidade administrativa. Os dois outros postulantes mais competitivos têm bom “recall” de eleições passadas, mas fazem oposição à administração atual. A expectativa do blogueiro é que PT continue na administração de Recife.

Fortaleza: A opção do blogueiro para Fortaleza é para a continuidade da administração de Luizianne Lins (PT). Há uma disputa envolvendo os evangélicos, com cartazes de outdoors contra a prefeita por razões de puro fanatismo religioso. Ademais, a candidata Patrícia Saboya (PDT) tem atacado a candidata petista, principalmente por que foi proibida pela Justiça Eleitoral de usar as imagens de Lula e de mensagens de apoio do ex-marido Ciro Gomes (PSB). Este último partiu para ataques de baixo calão contra a candidata do PT, mostrando mais uma vez seu descontrole verbal. Vale lembrar o Ciro Gomes que o seu partido apóia a candidata do PT, tendo inclusive indicado o candidato a vice, e que o maior partido da base do governo de seu irmão Cid Gomes é o PT. Mas o descontrole do Ciro acaba contra ele mesmo. É um político de qualidades inegáveis, que tinha tudo para ser um grande estadista, mas deixa-se levar por querelas pessoais. Em Belo Horizonte, ao classificar como escoria os contrários à candidatura de seu apadrinhado político Márcio Lacerda, Ciro demonstrou sua pouca tolerância política. Agora em Fortaleza, mostra falta de coerência. Por último, vale ressaltar que o candidato do DEM, Moroni Torgan, está em segundo lugar nas pesquisas, tendo tudo para ir para o segundo turno.

Salvador: Em Salvador, as pesquisas mostram a liderança do neto do Toninho Malvadeza, o ACM Neto (DEM). Em seguida, o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), seguido do atual prefeito João Henrique (PMDB). No quarto lugar, está o candidato do PT Walter Pinheiro, o único dos principais postulantes que subiu na última pesquisa DATAFOLHA. Este blog torce por sua candidatura. A subida do candidato petista foi significativa, já estando em empate técnico com o prefeito João Henrique. A expectativa é que o horário eleitoral ajude o candidato petista alcançar o segundo turno, representando a esquerda popular contra a candidatura direitista.

Em tempo: Este blog apóia o retorno de Maria do Carmo (PT) para a prefeitura de Betim (MG). Realizou talvez o melhor governo que Betim já teve. Ultimamente vem sofrendo ataques anônimos de baixo calão, de figuras que escondem no anonimato para divulgar mentiras e calúnias contra a candidata. Boa sorte Maria do Carmo.
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Testes

Testando...............Só para infernizar essa corja* e tropa de cornudos**, estou testando o blog num formato em três colunas...vai dar trabalho, mas.............

*, **: não vou ofender a mãe destes ladrões e desgraçados. Mas eles tem que ser infernizados até o final de nosso tempo, que espero seja grande. Este é nosso papel.
Por exemplo: outro dia, na rua da Igreja Pompéia, em Porto Alegre, cruzei com Otávio Germano. Abri o vidro do carro, e gritei: FALA LIDERANÇA! Não sei se a criatura ouviu, pois me dei conta depois de ter passado, mas deia volta no quarteirão e a liderança já tinha ido.


Infernizar, é preciso!

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Existe uma infinidade de modelos de 3 colunas para o BLOGGER na internet. É só procurar no GOOGLE [ blogger + três + colunas + templates ]. Alguns funcionam e outros NÃO. Não se perde nenhum post, mas os pinduricalhos sim. Segui uma dica que não funcionou. Mas como MURPHI me persegue, eu já havia feito uma imagem dos links no WORD. Só terei um trabalho manual imenso.


"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível." Quando se trabalha com eletrônica ou informática, deve-se ter frase gravada à fogo na mente! Creia-me!
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Gente ingrata

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Administradores e políticos





Ambrogio Lorenzetti (c. 1290 - c. 1348). Alegoria do Bom Governo

Ainda que se deva reconhecer a persistência das cenas hilárias de sempre, dos personagens improváveis e das promessas surrealistas, invariavelmente presentes em todas as eleições, dá para admitir que melhoraram o perfil e o desempenho dos candidatos a prefeito, ao menos nas grandes cidades do país, como é o caso de São Paulo.

Apoiados por especialistas em marketing e pesquisa de opinião, por estrategistas de comunicação e por um não-desprezível arsenal tecnológico, os candidatos estão se mostrando mais à altura dos cargos que almejam. Apresentam propostas concretas, buscam equacionar problemas, exibem informações e conhecimento específico, parecendo ter nas mãos as cidades que pretendem governar.

Até mesmo os partidos políticos, estes entes tão feridos em sua integridade, tão sem alma e espinha dorsal, saíram a campo em melhor forma. Posicionam-se com cautela diante de um eleitor mais informado e menos disposto a se entregar passivamente a qualquer um que lhe peça o voto. Não despejam palavrório inócuo sobre ele, nem o submetem a uma sobrecarga de pressões ideológicas. Não conseguiram aperfeiçoar substancialmente a seleção dos candidatos que integram suas listas para as Câmaras Municipais, mas esforçaram-se para cumprir este papel no que diz respeito aos que postulam o Executivo. Estão a revelar que algo se passa em seus bastidores, como se estivessem finalmente a sentir os sinais de mudança e insatisfação que há tempo têm sido emitidos pela vida social.

Elogios também para a cobertura jornalística, especialmente a da mídia escrita. Todos os grandes jornais do país estão se superando. Facilitam o contraste entre as candidaturas, mostram as frestas por onde passam as demandas da cidadania, explicam o funcionamento dos poderes políticos e dos órgãos de governo. Além disso, funcionam como excepcionais tribunas de debates, preenchendo o vazio de discussão democrática deixado pelas campanhas mais pirotécnicas dos tempos atuais. Um canal como o que começou a ser disponibilizado pelo portal Estadão.com.br pesa de modo expressivo na elevação da qualidade do processo eleitoral.

No entanto, apesar destes avanços, as eleições transcorrem como se fossem um fardo que os cidadãos precisam carregar. Não despertam paixão cívica ou maior interesse. Ainda que mais bem informado, o eleitor parece distante, indiferente, sem estabelecer empatia com candidatos ou partidos políticos. Numa comparação arriscada, seria possível dizer que se comporta como um condômino frente à necessidade de eleger o próximo síndico.

Sempre haverá quem pondere que as cidades são mesmo condomínios em escala ampliada, que os prefeitos devem cuidar delas como se fossem suas casas mas fazendo escolhas que beneficiem a todos, sem se preocupar em favorecer este ou aquele bairro, este ou aquele partido. Muitos pensam que governar cidades é um exercício mais técnico e administrativo que político, algo que se cumpre com sucesso quanto menos política nele existir.

Não é bem assim.

Primeiro de tudo, porque governar é sempre mais que administrar. Não significa somente cuidar da casa ou pôr os papéis em ordem. É mais que manutenção e empenho para fazer com que os sistemas funcionem, mais que sabedoria para escolher auxiliares ou utilizar as finanças públicas. Prefeitos não deveriam agir como gerentes, sobretudo porque sua tarefa não é simplesmente fazer a máquina andar e sim criar condições para que uma comunidade lute por uma vida melhor.

Gerentes administram, prefeitos governam. Mais que jogo de palavras, a frase sugere que prefeitos existem para coordenar processos abrangentes de tomada de decisões, que envolvem milhares ou milhões de pessoas, muitos interesses e expectativas. Devem lidar com correlações de forças complicadas e situações de alta complexidade, e em muitíssimos casos somente se saem bem se contarem com o apoio da população. Precisam deste apoio, aliás, desde logo, como do ar que respiram. E não podem obtê-lo se agirem como técnicos especializados em gestão e administração, pessoas talentosas em arrumar gavetas mas sem qualquer brilho particular, sem carisma, sem liderança e especialmente sem um projeto que mexa com a comunidade, desperte alguma paixão e facilite engajamentos.

Tudo isto é fazer política, não administrar. Mas é fazer grande política: agir com os olhos no Estado, na comunidade política, não nos próprios interesses ou nos pequenos negócios de intermediação e favor. É ir além da rotina.

Se uma população mantém com as eleições uma relação fria e distante, encarando-as mais como obrigação que como dever, não temos uma situação confortável. Temos na verdade um problema. Podemos examiná-lo lembrando que, no modo de vida atual, o eleitor é dispersivo e flutuante, não tem grupos consistentes de referência ou identidade fixa, nem causas claras ou vínculos coletivos fortes. Não interage com instituições políticas qualificadas para responder a suas demandas e às questões que mexem com sua existência e com sua cabeça. É atacado sem trégua pelo mercado, que o fisga e o enreda num verdadeiro frenesi consumista. Olha a política e o Estado com desconfiança, quem sabe com a mesma postura de compra-e-venda que está habituado a ter no mercado.

Não se trata portanto de culpar o eleitor. Partidos, estrategistas e candidatos deveriam enfrentar esta “despolitização”, em vez de se amoldar a ela. Adaptando-se, contribuem para reforçá-la. Quando se apresentam como técnicos e administradores competentes sem acenar com uma proposta de cidade – ou seja, de polis, comunidade política –, somente estão a prolongar uma situação que, no limite, esvaziará a vida de sentido público.

O processo eleitoral em curso fornece excelente oportunidade para que exceções amadureçam e comecem a alçar vôo. [Publicado em O Estado de S. Paulo, 23/08/2008, p. A2].

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Entrevista de Carlos Latuff ao portal Fazendo Média.



Sala lotada, treze pessoas com a atenção totalmente voltada para o desenhista Carlos Latuff, três horas de conversa. Perto do aniversário de 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente e de 15 anos da “Chacina da Candelária”, um dos desenhos de Latuff foi utilizado em outdoors na cidade do Rio de Janeiro. A iniciativa visava chamar a população para uma manifestação contra a violência policial. O governador considerou o desenho ofensivo e em quatro dias o outdoor foi recolhido. Para Latuff foi uma pequena vitória. É o que ele nos conta nessa entrevista histórica, a segunda que concede ao Fazendo Media impresso – republicada excepcionalmente aqui no fazendomedia.com.

Por Diego Novaes, Eduardo Sá, Fernanda Chaves, Gilka Resende, Leandro Uchoas, Lorena Bispo, Luana Bispo, Luis de Gonzaga, Marcelo Salles, Maubia Chaves, Raquel Junia, Sergio Santos e Tatiane Mendes.

Tem uma frase de maio de 68 que diz assim: “nunca mais volta a dormir aquele que uma vez abriu os olhos”. Quando é que você abriu os olhos?
Que frase bonita! Eu não sei, eu lembro que o processo se desencadeou com os Zapatistas mesmo [movimento Zapatista, do México]. Eu sempre tive um incômodo com a realidade que me cercava, mas eu nunca objetivei, eu tinha aquelas revoltas juvenis, aquela coisa de adolescente revoltado, aí depois que cresce baixa o fogo e vira yuppie, civiliza. Mas o golpe fatal foi na Palestina. Aliás, eu vou contar um negócio aqui que eu achei do caralho. Eu estava no computador e aí pipocou uma pessoa no meu MSN. Era a Laila de Rafa, em Gaza [Palestina] e abriu uma câmera. Ela passou toda a conversa com um sorriso de lado a lado. A mulher vive em Gaza, com bloqueio de comida, de medicamento, de combustível, de passagem física, de tudo, e a mulher sorriu à vontade porque estava me vendo. Eu pensei assim: ‘caralho, é como se você visse uma pessoa em Sarajevo com bomba caindo e a pessoa sorrindo porque está te vendo. Por quê, eu sou um homem bonito?’

Não, com certeza não.
(risos) É porque fazia diferença para ela e para as pessoas que ela conhece. Esse trabalho de cartunista fez tanta diferença para uma pessoa que mora em Gaza a ponto de ela esquecer onde ela está vivendo para ficar sorrindo só falando comigo. O que mais comove o palestino é uma pessoa que não é mulçumana, não é árabe, que mora longe, brasileiro, se colocar a favor do povo palestino.



Como foi que o seu desenho foi parar no outdoor aqui na cidade do Rio...
A princípio, eu e o Marcelo [Salles] conversamos muito sobre a produção de imagens que possam ser apropriadas pelo movimento social. Porque a intenção foi essa, a gente primeiro criou aquela imagem, discutiu e eu publiquei na internet e fiquei aguardando. A minha parte como produtor dessa imagem eu fiz, assumi o risco de fazer e assinar. Sempre quando produzo alguma coisa tenho esse pensamento de que esse desenho possa não ser circunscrito à internet ou a um jornal. Ele precisa ser copyleft [livre reprodução] e atingir um sem número de pessoas. Aí veio o representante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente e falou que estava pensando em fazer um outdoor e usar um desenho meu. Eu falei: ‘Cara, eu já tenho um desenho pronto. Se não for pra pegar pesado nessa questão eu não vou fazer. Se for pra desenhar pombinha da paz, criancinhas alegres eu não vou fazer’.

Por que não?
Porque é babaquice, é o Viva Rio [ONG Viva Rio] fincar cruzinhas na praia, balãozinho vermelho... Isso aí não quer dizer porra nenhuma! Porque com isso você pede paz, mas não diz quem causa a guerra. É um troço vazio. E ele me perguntou o que é pegar pesado. Eu respondi: ‘é mostrar uma criança baleada, vítima dessa política, é mostrar sangue, violência, mas dentro de um contexto diferente desse que você vê no Rambo, no Tropa de Elite, entendeu? Um contexto nosso, a realidade como é de fato.’ Aí ele falou para eu mandar o desenho. Eu mandei e não me responderam nada, pensei que o desenho tinha sido vetado.

É bom dizer o que tem no desenho...
É um policial diante de uma mãe negra abraçada a uma criança morta, também negra e baleada no peito. O garoto tem o uniforme de colégio e um caderno caído no chão. O policial está ao lado com um fuzil que acabou de atirar, ainda com a fumacinha no cano, no fundo tem uma favela e do outro lado tem um caveirão distribuindo tiro pra todo lado.


O desenho censurado pelo governo Sérgio Cabral

Então eles preferiram esse desenho à pombinha da paz...
É, me deixou satisfeito o Conselho ter a coragem de bancar o desenho. Aí gerou toda aquela polêmica, o artigo de O Globo cita como uma imagem polêmica. Mas por quê? A realidade não é polêmica, a imagem é que é polêmica. Quando você mostra, choca; estranho, né? É a lógica da sociedade hipócrita e doente; tem certas coisas que a gente sabe que existem, mas não pode externar, não pode colocar numa imagem e mostrar.

Acho que é por causa da linguagem que alcança mais gente e é isso que incomoda...
Mas aquela imagem na verdade não é uma criação literária.

Por isso é que incomoda e teve toda essa reação deles.
Pois é. Por que polêmico se é um troço que todo mundo sabe que rola? Lembra aquela propaganda do Sprite “imagem não é nada, sede é tudo”? É exatamente o contrário, a imagem é tudo, a sede não é nada. A verdade não é nada, a imagem é que machuca e era isso mesmo que eu queria.

Você acha que foi alvo de censura?
Isso pra mim não é novidade nenhuma, a história mais recente foi aquela da camisa do Cauê no Pan [personagem criado para ser mascote dos Jogos Panamericanos no Rio. Latuff desenhou uma versão do Cauê com um fuzil na mão, representando a violência policial, e recebeu a visita da polícia em sua casa para explicar o desenho]. Você tem o fascismo clássico, o racismo clássico. Nós aqui na mesa temos duas meninas negras que podem até falar muito bem disso. Se eu, por exemplo, morar no Tennessee, o cara vai chegar na lata e falar ‘negra, fuck you negra!’, mostrando a camisa com o emblema da Ku Klux Klan. Nos Estados Unidos o negócio é descarado, na lata. Na África do Sul já era política de estado, tinha aquela coisa de colored people. No Brasil é um racismo cordial. Dizem: ‘Eu não sou racista, eu tenho um amigo que é preto. Eu não sou homofóbico, eu tenho um amigo que é viado’.

Ou então você é moreninho...
Moreninho. Essas historinhas que na verdade mascaram o racismo objetivo, mas ninguém chega e fala “eu sou racista”. O fascismo é assim também no Brasil, é cordial. Claro, se for na favela é diferente, é pé na porta e o caralho. Agora esse caso do outdoor, como foi feito por um Conselho do Estado e o cara que estava à frente é um desembargador [Siro Darlan] as coisas se resolvem na base do telefonema. Se fosse um regime fascista clássico, tacava fogo no outdoor, invadia a empresa e dava porrada em todo mundo. Aqui eles não vão entrar e quebrar tudo, eles dão um telefonema para o dono - como em Israel, quando colocaram no Centro de Mídia Independente uma ilustração minha, que era o Ariel Sharon fazendo a saudação nazista. A polícia não chutou a porta da empresa de internet, deu porrada em todo mundo e tirou o site do ar. O cara ligou para o dono e falou assim: ‘Se você não tirar o site do ar a gente te mata’. Aí as coisas se resolvem, sabe...

Qual o papel da polícia na manutenção da ordem capitalista, tanto na política de segurança do governo Sergio Cabral, no Rio, quanto em outros governos baseados no extermínio?
Eu tenho certeza que o Sérgio Cabral é um cara que tem formação, não é um cara idiota. Ele sabe direitinho sobre socialismo, sabe que esse problema, se é para ser resolvido de fato, vai ter que ser no âmago da questão, que é estrutural. Porque essa coisa de troca de tiro e partir para cima é enxugar gelo, ele sabe disso, mas ele sabe que não tem outra alternativa. Ele não quer e não vai solucionar o problema do capitalismo, ele não foi eleito para isso, então essas operações na verdade são pirotécnicas.

Eles não vão lá num banco da Suíça pegar o cara que está ganhando em cima do tráfico...
E também não vão a Brasília. Não vão pegar um juiz que está envolvido, não vão pegar graúdo, não vão pegar ninguém, porque aí vão atirar no próprio pé. Entra na questão sistêmica, ele não pode combater o sistema do qual ele saiu. É o Matrix, a gente vive as sensações, a de segurança é uma delas. O Josias Quintal, que foi o secretário de segurança aqui no Rio de Janeiro no governo Garotinho, deu uma declaração que eu nunca mais vou esquecer. Eles conseguiram um acordo com as Forças Armadas para colocar a Marinha nas ruas por certo período. Ele falou assim: ‘Eu estou muito satisfeito com esse convênio firmado com as Forças Armadas de colocar os soldados na rua porque isso dá à população a sensação de segurança’. É isso, não importa se existe a segurança, importa a sensação de segurança. Ele não vai dar segurança, porque para isso ele precisa atacar as questões sistêmicas e não tem condições de fazer isso.

E como a gente combate esse sistema?
Eu acho que o combate só quem pode dar é a esquerda, qualquer um que apresente uma solução fora da esquerda é maquiar o cadáver, é jogar perfume num monte de estrume. É melhorar o capitalismo, é novamente o discurso pós-moderno de que acabou a história, o muro caiu e não tem mais luta de classe, não tem mais esquerda e direita, é só o mercado que rege nossas vidas.

Você acredita na mudança do mundo?
Não, mas eu me comovo de ver como um povo pode ser resistente como o palestino. Como pode, meu Deus! E os filhos da menina [Laila, de Rafa] sorridentes, crianças lindas, meu Deus! Aí você abre o jornal e vê: ‘o palestino é o homem-bomba, o palestino é o terrorista’. Você vê a supra-realidade. ‘O palestino é isso, o palestino é aquilo, o favelado é o bandido’ E você abre a webcam e vê: puxa, ela põe um quadro na parede, ela tem uma vida, ela é de carne e osso, ela é gente, ela é humana. Como artista, eu acho que o que eu posso fazer são essas coisas, entendeu? Como o outdoor. Ficou quatro dias, mas já foi uma vitória.

Por que você não fala com a grande imprensa?
Porque se ela não for omitir, ela vai distorcer; então se for para me sacanear, os caras vão fazer isso sozinhos e não vão precisar da minha ajuda. Você acha que O Globo faria isso que você está vendo aqui? Só se eu fosse o superstar da política e olhe lá. Aquela menina do Globo escreveu no artigo que eu não dou entrevista para a imprensa. É uma mentira, meu problema não é com a imprensa, é com essa imprensa. A imprensa corporativa, de rabo preso.

Como você define ser de direita?
É simples: é quando você privilegia o capital acima do social. Melhor definição: quando você dá mais importância ao capital em detrimento do social. Isso é direita, isso é o capitalismo, isso é o neoliberalismo, isso é o pós-modernismo. Quando você privilegia o social em detrimento do capital, é o internacionalismo, é o socialismo, é o comunismo, é o anarquismo, é a esquerda.

Engraçado, ninguém se diz de direita. Não tem um que diga...
Não tem. Eu ainda sou mais o Le Pen [Jean-Marie, político francês da extrema direita]. Ele diz literalmente que é fascista. Ótimo, parabéns. Fica mais fácil a gente te combater. Agora, o cara do PFL vem dizer que é democrata?! Pena que essa discussão só fica entre a gente.

Que nada. Milhares de pessoas vão ler essa entrevista...
Que elas vão ler essa entrevista, não tenho dúvida. Se elas vão tomar alguma atitude a partir dela, é que eu não sei. Também não importa. Mas a gente tem que fazer. O que vai acontecer em seguida não importa. Tá bom pra vocês?

Fazendo Media

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Recomendo a leitura na íntegra aos meus amigos. Aos inimigos, continuem lendo o Diogo Mainardi!
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