Hugo Scotte, fotógrafo e jornalista, nasceu em Santiago del Estero, Argentina, em 23 de setembro de 1954.
Após o golpe militar de 1976, na clandestinidade, editou a revista de cultura "Cuadernos del Camino".
Em outubro de 1979, forçado a sair do país, exilou-se no Brasil, nas cidades de Campinas e depois São Paulo, onde se tornou secretário de redação da revista "Correio Internacional", ligada ao Partido dos Trabalhadores.
A partir de 1982, dedicou-se à fotografia e ao jornalismo, tendo colaborado com diversas publicações sindicais e políticas.
Em 1983, com o fim da ditadura, retorna à Argentina. Em Buenos Aires milita em organismos de direitos humanos e trabalha no jornal das Madres de Plaza de Mayo como fotógrafo.
Em 1987, decide regressar ao Brasil. Em São Paulo, dirige a revista "Crisis", em sua versão brasileira, junto ao jornalista Marcos Faermann.
Entre 1991 e 1994, em São Paulo e depois em Porto Alegre, trabalhou na implantação e desenvolvimento do projeto do jornal nacional do Partido dos Trabalhadores, "Brasil Agora".
Entre 1994 e 2004, trabalhou na secretaria de comunicação do diretório estadual do PT do Rio Grande do Sul como diagramador e fotógrafo. Nos anos 2001 e 2002, dirigiu a revista "Porém", publicação independente de cultura e política.
Em 2004 sai do PT e entra no recém fundado PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). Foi editor da revista "Movimento", entre 2004 e 2006, e, depois, da publicação internacional "Revista da América".
O livro apresentado é considerado pelo autor como fragmentos da memória fotográfica construída durante quase 25 anos na Argentina e no Brasil.
Está dedicado "Aos meus filhos Diego e Laura, nascidos do lado brasileiro.
A mi amigo Juan Carlos Ramos, desaparecido em 1977, del lado Argentino".