Isso tem que ter fim!

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  • sábado, 14 de junho de 2008
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  • As revelações feitas pelo Chefe da Casa Civíl (ex) sr. César Busatto (PPS), gravadas pelo Vice-Governador Paulo Afonso Feijó (ex-PFL), não são exatamente uma novidade para quem acompanha a vida política do RS e que colocaram mais pólvora na CPI do DETRAN.

    Estabeleceu-se um jogo de gato e rato, onde está ameaçada a manutenção do modo de financiamento ilegal de partidos representantes das oligarquias gaúchas. O roubo e o desvio de dinheiro público. Foi aberto o bueiro do modus operandi dessa catrefa!
    E vejam que o que está sendo discutindo na imprensa, é a falta de ética do Governador; a traição de gravar sem informar o outro interlocutor, blá, blá, blá...Sobre o conteúdo, quase nada!

    César Busato é um arquiteto político e um “grande articulador” (no mau sentido), foi o articulador do PACTO PELO RIOGRANDE que resultou em um livro. Um exemplar deste livro foi autografado por Busatto e José Barrio Nuevo e entregue ao dono da PENSANT, José Fernandes, preso e acusado por formação de quadrilha na Operação Rodin. Gente finíssima!

    Do portal Vide Versus:


    Desse projeto resultou a edição de um livro, que foi lançado como um grande evento no Estado, contando com a participação de todo o “grand monde” da política e dos negócios. O lançamento do livro ocorreu um ano atrás, no dia 13 de novembro de 2006. O nome do livro: “Pacto – Compromisso de todos - Jogo da Verdade - Crise estrutural e governabilidade do Rio Grande”. Os autores, que receberam centenas para autógrafos, foram o jornalista José Barrionuevo e o ex-deputado estadual Cezar Busatto, hoje secretário municipal na Prefeitura de Porto Alegre. O autor José Barrionuevo deu o seguinte autógrafo para o professor José Fernandes, dono da Pensant, indiciado pela Polícia Federal na Operação Rodin: “Prezado José Fernandes, meu bruxo: este livro e o Pacto não existiriam sem o teu apoio e as tuas luzes. Vamos juntos nesta caminhada. Viva a Pensant!" Já o ex-deputado estadual Cezar Busatto dedicou assim o seu livro em co-autoria para o dono da Pensant: “Caríssimo José Fernandes, o Pacto tem uma marca indelével da tua competência, sabedoria, compromisso público! Obrigado por tudo! Vamos continuar trabalhando juntos pelas boas causas! Forte abraço, Cezar Busatto”.

    O significado deste autógrafo é muito mais do que um evento literário, mas expõe o que essa gente faz para enganar e cooptar eleitores em um processo eleitoral. Inclusive, existem gravações que evidenciam envolvimento de jornalistas. Alguns, até imaginamos. Estes são os meandros da política dessa gente de bem, que outrora circulava nas colunas sociais e hoje nas páginas policiais.

    A CPI quer chegar aos seus autores e executores, ao contrario das declarações da Deputada Zilá Breitenbach, que não quer saber de nomes, mas de ações para que nunca mais aconteça.
    O gabinete criado pela governadora deveria ser chamado de O Gabinete da Empulhação, já que em Jair Soares se propôs a participar de tamanha enganação, vejam só!
    Mas, se esses políticos agiram no sentido de enganar o Tribunal Eleitoral e eleitores, a própria gravação de Feijó s Busatto da conta que os investidores da campanha de Yeda Crusius sabiam do roubo e mesmo assim, investiram em sua campanha.

    Aparentemente, o que interessa é o quanto eles iriam lucrar com isso. O roubo seria um efeito colateral? Seria compensado pelos incentivos, FUNDOPEN e otras cositas mas?
    Os silenciosos investidores da campanha de Dona Yeda Crusius, deveriam vir a público e dar sua opinião sobre o roubo no Detran-RS e sobre o BANRISUL, que acredito merecer mais do que uma CPI.

    Quanto à participação dos empresários na campanha e em armações noturnas pró_fraude_ eleitoral_yeda_crusius, há um texto no blog Diário Gauche:


    “ A contra-revolução não será televisionada (http://diariogauche.blogspot.com/2008/03/contra-revoluo-no-ser-televisionada-rbs.html#links )
    ...

    Nós também queremos saber algumas coisas. Por exemplo, como foi mesmo a articulação política que projetou e construiu esse pacote bombástico chamado Yeda Rorato Crusius para o Estado do Rio Grande do Sul? Criaram isso à socapa, na calada da noite, e nada foi debatido, nada foi televisionado, nada foi objeto de programa midiático da RBS.


    Nós queremos saber. O que se comentou na época, meados de 2006, é que aconteceu uma vasta reunião no recinto da Fiergs onde compareceram as chamadas “forças vivas” da economia guasca, a saber: dirigentes de sindicatos patronais de todo o Estado, dirigentes da média e grande indústria, das multis, da construção civil, do agronegócio, dos grandes varejistas e, evidentemente, a direção da RBS. A reunião foi necessária porque havia dois candidatos do mesmo campo, Rigotto e Yeda. E o senhor Nelson Sirotsky foi enfático na defesa do nome de Yeda Crusius para governar o Estado, por motivos que ele alinhou e defendeu. O resultado aí está para quem quiser ver e sentir.
    Portanto, nós queremos saber. Queremos saber quando a contra-revolução será televisionada? “


    Lair Ferst estava lá?

    Da RBS, empresa que fraudou uma pesquisa eleitoral em 2002, não se esperava outra coisa.

    Já dos participantes daquela reunião, deveriam vir a público explicar a opção que fizeram, se tivessem um mínimo de vergonha na cara e respeito ao cidadão gaúcho!
    Mas nada como um dia após o outro. Afinal a população descobriu como são financiadas as campanhas eleitorais: de modo rasteiro. É o roubo, é o jogo desonesto, com apoio da FIERGS, FARSUL, FEDERASUL e é claro, da RBS ...

    Isso tem que ter fim!


    ================

    Quanto as gravações de jornalistas envolvidos com a Máfia, A Carapuça não ficaria surpresa se vários deles estivessem nas páginas do Bestseller de Diego Casagrande intitulado Vanguarda do Atraso. Sobre o famigerado livro, Luís Afonso Assumpção em 05-Out-2006 escreveu:


    ...


    No dia 25 de setembro fui ao lançamento do livro " A Vanguarda do Atraso", organizado pelo jornalista Diego Casagrande. A obra reúne uma dezena de depoimentos de jornalistas que tiveram sua atividade profissional de alguma forma prejudicada durante o governo de Olívio Dutra do PT no RS.


    ...


    José Barrionuevo - na época o principal comentarista político do jornal Zero Hora - comenta:

    "Os Delúbios só existiram por que o Rio Grande não teve voz forte para que o Brasil e a imprensa nacional nos ouvissem. Nós cometemos um pecado muito grande. E quando falo nós, digo que deveríamos ter sido mais afirmativos, de diretores a repórteres, de donos de jornais às redações. Todos se omitiram".

    Nada mais cristalino. A imprensa gaúcha, que deveria espernear a cada liberdade de expressão tolhida, a cada profissional que perdia seu espaço em função de "crime de opinião", ficou calada e omissa enquanto se ajoaelhava perante o bezerro de ouro do socialismo "guasca" (gaúcho) de Olívio, como se os jornalistas envolvidos nestes episódios tivessem alguma doença incurável.

    Vai ver tinham mesmo. Uma doença incurável e intratável : A independência de pensamento.

    E contra isto não há campanha de vacinação em massa que o PT e seus companheiros de viagem possam fazer para debelar.

    Isso tudo parece um DejaVu...
     
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