A justiça gaúcha suspendeu, nesta sexta-feira (17/12), a construção, pelo governo do Estado, de seis presídios, cujas obras, no valor de quase 155 milhões de reais, estavam sendo contratadas pela governadora-comediante Yeda Crusius sem licitação. Que coisa, hein? Tia Yeda aprontando outra das suas.
A coisa começou em 2008 quando a expedita senhora, surpresa com o caos dos presídios gaúchos (já fazia quase dois anos que governava o RS), resolveu decretar "situação de emergência" no sistema prisional, aspecto que, no pensamento ela, lhe abriria a possibilidade de tascar a caneta e contratar as obras sem precisar fazer essa bobagem chamada licitação. Só há um pequeno detalhe: entre a decretação da emergência e a iniciativa para a construção das casas transcorreram dois anos. Ué, se a situação era emergencial já em 2008, porque só em agosto de 2010 as contratações foram encaminhadas?
No início de novembro o Tribunal de Contas já havia suspendido liminarmente os contratos, por entender que não se justificava a ausência de licitação para obras tamanha envergadura. Ademais, qualquer conhecedor do direito público sabe que a Administração Pública não pode se aproveitar da sua inércia para, depois, dispensar a licitação sob a justificativa da emergência, que foi exatamente o que a boa senhora fez.
Mas a coisa mais engraçada envolvendo a maracutaia é a seguinte: das cinco empresas contratadas diretamente por tia Yeda para a construção das cadeias, quatro doaram dinheiro para a campanha dela!! Que coincidência... (aliás, uma delas, para tentar garantir o futuro, também soltou uma graninha na campanha do Tarso mas, justiça, este não tem nada a ver com as cadeias de Yeda , inclusive já as vem questionando desde a eleição).
Faltam apenas 12 dias, mas tia Yeda é uma fonte inesgotável de emoções...