Novidades sobre o helicóptero do pó

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Escrevo há uns quinze anos sobre política, de maneira quase ininterrupta, e tendo ideais progressistas, sempre fui crítico à grande imprensa brasileira. No entanto, nunca me deparei com um grau de degradação tão avassalador como vejo nos últimos dias. O Globo insiste nos “privilégios” dos presos petistas, sem refletir que, ao fazer esse tipo de campanha, contradiz a si mesmo. Afinal, que raio de privilégio é esse em ser achincalhado diariamente nos jornais, mesmo após estar preso injustamente?


Através do Globo, agora já sabemos os negócios de todos os familiares dos proprietários do hotel que empregará José Dirceu.

Enquanto isso, a imprensa trata com inexplicável discrição aquele que pode ser o maior escândalo das últimas décadas, rivalizando até mesmo com o trensalão paulista.

O Ministério Público de Minas Gerais vai propor, nos próximos dias, uma Ação Civil Pública, para investigar repasses do governo do estado, na gestão de Aécio Neves, para a empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda, proprietária do helicóptero apreendido com meia tonelada de pó. Os repasses aconteceram em 2009, 2010 e 2011.

Achei reportagens do ano passado com informações sobre suspeitas do Ministério Público contra a Limeira, empresa dos Perrela. O MP apurava possível contratação irregular, sem licitação, pelo governo do estado, além de superfaturamento. A compra da fazenda Guará, avaliada em R$ 60 milhões, também estava sob a mira dos procuradores, visto que o bem havia sido ocultado pelo senador Zezé Perrela.

Hoje há uma matéria no Globo sobre o tema, mencionando as suspeitas do Ministério Público, mas sem chamada na primeira página e sem qualquer citação ao partido do governo do estado, e às relações quase íntimas entre os Perrela e o provável candidato do PSDB à presidência da república, Aécio Neves. A reportagem informa que o senador Zezé Perrela (PDT-MG) também pagou com sua verba de gabinete o combustível usado no famoso helicóptero. Zezé e Gustavo, pai e filho, estão cada vez mais enredados no caso.

O assunto não é interessante? Um possível presidente da república ser tão próximo de políticos suspeitos de serem grandes traficantes de cocaína não é do interesse da nossa imprensa “livre”, “independente”, “profissional”? Será que mais uma vez, os blogueiros terão que assumir a dianteira dessa investigação, com grande risco pessoal?
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FHC e cinismo do príncipe da privataria

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O escritor Palmério Dória não poderia ter sido mais feliz ao iniciar o best-seller “O Príncipe da Privataria” (Geração Editorial) com o relato da expulsão da jornalista da Globo Miriam Dutra do gabinete do então senador Fernando Henrique Cardoso, no início dos anos 1990, quando ele se preparava para disputar a Presidência da República pela primeira vez.


Dória sabia que sua obra deveria mostrar, para começo de conversa, o caráter de seu protagonista. E nada melhor para mostrar o caráter de um homem do que uma situação em que é colocado diante de sua responsabilidade na concepção de um filho.

FHC agiu da forma mais vil que um homem pode agir com uma mulher: além de fugir da própria responsabilidade pela concepção de uma nova vida, ainda humilhou aquela a quem, quando o desejo carnal falou mais alto, por certo não tratou de “rameira” nem expulsou da alcova em que foi inseminada.

A conduta reveladora de FHC, imortalizada por Dória, coaduna-se à perfeição com o seu último artigo nos jornais O Estado de São Paulo e O Globo, os quais lhe dão espaço todo início de mês. Seu texto revela, acima da falta de caráter, um cinismo quase sobrenatural.

Se existe um político que não poderia criticar uso de dinheiro público para comprar parlamentares, esse alguém é Fernando Henrique Cardoso. O livro “Príncipe da Privataria” mostra, sem deixar dúvida (a quem tiver uma réstia de honestidade intelectual), que, na pior das hipóteses, o ex-presidente teve o domínio do fato da compra de votos de parlamentares para que aprovassem a emenda constitucional que lhe permitiu disputar a própria sucessão.

FHC não nega que votos tenham sido comprados – quem não souber disso, que se informe. Já deu várias entrevistas em que reconhece que “alguém” comprou deputados para que votassem a favor de sua reeleição. Até a CNBB denunciou isso, à época – e antes da denúncia pela Folha de São Paulo. Mas ele diz que “não sabia” de nada.

Ganha um exemplar de “O Príncipe da Privataria” quem postar aqui o link de uma coluna, de um artigo ou de um editorial de algum grande meio de comunicação em que o “não sabia” de FHC tenha sido ironizado como foi, tantas vezes, o de Lula ao negar que soubesse do mensalão.

Nunca houve uma única prova material que tornasse inquestionável a acusação ao PT de que “comprou” deputados para aprovar matérias de interesse do governo Lula. Os membros do partido que hoje mofam em uma masmorra qualquer no Planalto Central foram condenados pela “verossimilhança” que ministros do STF viram na acusação.

Com a compra de votos para a reeleição de FHC, foi muito diferente. Havia abundância de provas de que os votos foram comprados, sendo a principal um conjunto de gravações de deputados governistas confessando que foram corrompidos por 200 mil reais cada um para votarem a favor da emenda da reeleição.

Era o tempo do engavetador-geral da República, o ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, nomeado por FHC e que, ao longo de oito anos, nunca incomodou o governo ao qual prestou serviços – infringindo a lei, diga-se.

Isso não impediu que FHC escrevesse, nesse último artigo, acusações aos adversários petistas de terem feito aquilo que ele diz que não fez, mas que a teoria do domínio do fato, tal como foi usada pelo Supremo, diria que só pode ter feito, pois não se imagina que alguém cometa um crime para favorecer a outrem desinteressadamente e sem que o favorecido saiba de nada.

E se algum defensor do tucano disser que, se é assim, Lula também teria que “saber”, engana-se: o mensalão não beneficiaria o ex-presidente petista pessoalmente, mas a compra de votos de FHC foi um benefício pessoal para ele e só para ele, pois poderia ter feito como Lula e elegido algum “poste” para continuar sua “obra”, mas seu projeto de poder era pessoal.

Sobre o artigo de FHC em questão, no entanto, há pouco mais que dizer. Sob o ridículo título “Sinais alarmantes”, apenas escancara seu cinismo sobrenatural enquanto tenta construir um risco qualquer para a democracia que haveria em seus adversários simplesmente fazerem política.

O primeiro parágrafo dessa peça lamentável resume tudo:

“Finalmente fez-se justiça no caso do mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas lutou com desprendimento. Estão presos ao lado de outros que se dedicaram a encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro público”

Só esse parágrafo basta para ilustrar a falta de caráter de alguém que, se tivesse ao menos um pingo de decência, trataria de se fechar em copas, de não apontar o dedo para quem, no máximo – mesmo acedendo à tese farsesca de que o PT compraria os próprios deputados –, pode ter feito o que ele mesmo fez. Só que sem as provas que abundam contra si.

Mas o que esperar de um homem que, sob insultos pesados, expulsa a mulher que inseminou ao ser comunicado por ela de que o ato que praticaram gerou um fruto? A falta de caráter desse sujeito não precisava desse artigo deplorável em que, além de “príncipe” da roubalheira de patrimônio público, confirmou ser o imperador do cinismo.

Datafolha

Enquanto a mídia e o PSDB continuarem apostando no mensalão para convencer os brasileiros a votarem como querem, o PT pode ficar tranquilo. Só FHC e os barões da mídia seus amigos acreditam que alguém dará bola à tese maluca de que só petistas merecem estar na cadeia.

Como diz o novo marqueteiro do PSDB – ao qual o partido e seu aparato midiático teimam em não dar bola –, o mensalão não lhes dará um único voto.

Só existe um meio de o PSDB ou qualquer outro impedir a reeleição de Dilma Rousseff: há que convencer o eleitorado de que (1) sua vida vai mal e de que (2) pode-se fazer melhor do que está sendo feito. Do contrário, o conservadorismo brasileiro vai manter tudo como está.
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Aécio despenca e Dilma volta a crescer

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A semana que passou trouxe dois petardos contra a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB). Um veio do céu: o helicóptero apreendido com 450 quilos de pasta de cocaína gerou muita tensão entre os tucanos de Minas. Emissários de Aécio procuraram gente de todas as legendas, inclusive de partidos aliados de Dilma, pedindo que o caso não fosse explorado na guerra política. O deputado estadual Perrelinha e o pai dele, senador Perrela, são muito próximos de Aécio. O mais novo (Perrelinha) integraria o círculo de jovens festeiros (mais festeiros do que jovens) que costumam se reunir em torno do presidenciável tucano. Não é à toa que a mídia velhaca tenha tratado o caso do “helipóptero” com extrema discrição: sabe-se do potencial destrutivo dessa história contra o homem que hoje é o líder (cada vez mais enfraquecido) da oposição.


A outra má notícia para Aécio veio das pesquisas eleitorais. O “DataFolha” mostrou uma candidatura frágil, a tal ponto que Joaquim Barbosa ficou à frente de Aécio numa das simulações feitas pelo instituto.

Curioso: o “DataFolha” testou o nome de Barbosa apenas no cenário com Aécio e Campos.Mas não testou Barbosa ao lado de Serra. Hum… O presidente do STF ultrapassaria também Serra? Não sabemos. A “Folha”, aparentemente, contentou-se em constranger Aécio; mas livrou a cara de Serra – velho amigo do jornal da Barão de Limeira.

A pesquisa cai como uma luva para as pretensões serristas. Gera mais desconfiança nas hostes tucanas com o nome de Aécio. Valeria a pena insistir com ele? Não seria melhor mandar Aécio cuidar do quintal político em Minas, deixando a candidatura presidencial tucana com Serra? E a apreensão do “helipóptero” aponta na mesma direção: não seria arriscado ter como candidato um homem com tanto telhado de vidro?

A pesquisa do “DataFolha” é, também, o segundo passo da Operação Barbosa, desencadeada em 15 de novembro (sobre isso, escrevemos aqui). Ah, mas Barbosa aparece com “apenas” 15% dos votos no levantamento – e isso depois de semanas de exposição favorável na mídia, assumindo o papel de “justiceiro” do Brasil. Não é pouco? Não. 15% não é pouco. Barbosa, a essa altura, está exatamente do tamanho que interessa à oposição. 15% são mais do que suficientes como isca para o egocentrismo de Barbosa…

Claro que, numa campanha, Barbosa seria submetido ao contraditório, teria expostos seus telhados de vidro – que não são poucos. Mas quem disse que isso é um problema? Para o complexo tucano-midiático, Barbosa não surge como solução para “ganhar”. Basta justamente que ele tenha 15% a 20% dos votos. O justiceiro do STF pode cumprir exatamente o papel que coube a Marina em 2010: diante da pancadaria que se avizinha entre tucanos e petistas, os votos que o PSDB (com a máquina de boatos que conhecemos em 2010) conseguir retirar de Dilma não precisam ir para Serra (ou, vá lá, Aécio) num primeiro turno. Barbosa pode ser a Marina de 2014, ajudando a empurrar a eleição para um segundo turno…

Por isso, se a semana foi péssima para Aécio, ela foi apenas aparentemente boa para Dilma. A candidata petista voltou a subir no “DataFolha”, estaria perto de vencer num primeiro turno. Números enganosos. 2014 nos guarda uma campanha suja e duríssima: quem monitora as redes sociais sabe que se planeja nova onda de manifestações para a época da Copa. O quadro está longe de ser estável para Dilma.

A oposição não tem programa? Ora, o programa é terror eleitoral, moralismo barato e uma pitada de desordem nas ruas. Barbosa serviria como válvula de escape, para colher parte dos votos dos “indignados” e “apolíticos”.

Marcos Coimbra, na “CartaCapital” esta semana, revela que as pesquisas qualitativas apontam crescimento assustador do contingente de eleitores que rejeitam “tudo que está aí”. Parte desses “indignados” pode se dirigir a uma candidatura “por fora” do meio político – bem trabalhada pela mídia.

A essa altura, Aécio naufraga e Dilma tem um leve favoritismo. Mas o quadro está longe de ser estável. E a eleição, muito longe de estar decidida em favor da petista.
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 É o jornalismo praticado no Brasil pelos maiores grupos de imprensa do país que são as organizações Globo da família Marinho e o Grupo Abril da família Civita, ambos são notórios por serem veículos que criam notícias falsas e infundadas contra seus adversários políticos em telejornais como o "Jornal Nacional" e revistas como a "Veja", por não se importarem com o povo de seu país e identidade cultural, são contra projetos sociais e dissimulam o racismo velado em seus respectivos grupos, comandados por famílias da época da escravatura, ainda são os senhores do engenho que hoje querem continuar exercendo sua dominação sobre aqueles que um dia ousaram pensar e agir entre os quais podemos citar desde Zumbi dos Palmares, CUT e o Partido dos Trabalhadores além de outros que lutam pela disseminação do conhecimento e uma sociedade mais equalitária, o termo foi criado pelo jornalista Ali Kamel, com nome de descendência árabe apenas no nome, mostra-se um sionista que luta por causa própria ou seja o lucro acima de tudo e todos, pronto para atacar aqueles que querem difundir a verdade, para aqueles que trabalharam com ele sabem que o mesmo sempre soltava este jargão quando jornalistas ainda incaultos sobre o conhecimento e domínio do fato o perguntavam se aquela matéria manipulada que o mesmo mandou fazer não poderia gerar desdobramentos ou consequências e o mesmo simplesmente dizia. "Estou cagando e andando para o que o povo acha, apenas faça e cale a boca"



Fonte:Wikipedia.
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POLÍTICA - Dilma cresce, os outros caem



Dilma cresce, os outros caem, e FHC perde o bonde


Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho

‘No mesmo sábado em que era divulgada a nova pesquisa Datafolha mostrando que a presidente Dilma Rousseff cresceu e aumentou sua vantagem sobre todos os adversários, que caíram, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ainda o principal líder da oposição, foi a Ribeirão Preto fazer uma palestra e, como de costume, malhou o governo, sem apresentar nenhuma alternativa para o país.

A vantagem de Dilma sobre o tucano Aécio Neves aumentou de 21 para 28 pontos ( 47 a 19); sobre Eduardo Campos, do PSB, cresceu de 27 para 36 pontos ( 47 a 11). Dilma tem 17 pontos a mais do que seus mais prováveis adversários somados, o que indica uma tranquila vitória no primeiro turno, confirmando as pesquisas anteriores (isso só não aconteceria se Marina Silva for a candidata socialista, o que é pouco provável).

Certamente sem saber destes números, FHC perdeu o bonde ao abrilhantar o aniversário de uma cooperativa de crédito, sempre olhando pelo retrovisor e tocando o mesmo disco já arranhado: "Pararam dez anos os investimentos em infraestrutura no Brasil por preconceito ideológico", disse ele, segundo relato de Isabela Palhares, da Folha, como se nos seus dois mandatos o país tivesse sido transformado num imenso canteiro de obras.

O ex-presidente criticou tudo: dos mecanismos de controle da inflação à taxa de juros, do afrouxamento da Lei de Responsabilidade Fiscal ao endividamento dos municípios e Estados, dando a entender que o país está vivendo uma profunda crise, à beira do precipício.

Ao final da palestra de 40 minutos, pregou que "o Brasil precisa de gente nova, gente moderna, que acredita no Brasil", sem citar os nomes dos dois pré-candidatos do seu partido, Aécio Neves e José Serra", e deu a receita: "O Brasil precisa se reinventar. Não só economicamente, mas socialmente. Acabar com a ilusão do marquetismo".

Será que este tipo de discurso acrescenta algum voto aos candidatos tucanos?

Conviria que FHC lesse atentamente as análises sobre os números da pesquisa publicadas neste domingo pela Folha, a começar pelo editorial "Retomada presidencial", em que o jornal afirma: "A taxa de desemprego é historicamente baixa e a renda continua a crescer; os protestos de junho criaram insegurança, que se dissipou com a percepção de que o país não entraria em crise aguda".

"Presidente termina 2013 em alta graças à oposição ineficiente" é o título do artigo de dois diretores do Datafolha. "Ambiente até esteve propício, mas ninguém conseguiu formular discurso adequado às demandas brasileiras."
O abismo entre o discurso sempre negativista de FHC, que passa muito tempo no exterior, e os números da pesquisa, que revelam maior otimismo sobre o poder de compra, embora a inflação ainda preocupe, mostram que, enquanto a oposição não se dispuser a dialogar com o país real, a presidente Dilma Rousseff continuará nadando de braçada, embora dois terços da população queiram mudanças no governo ( o marqueteiro presidencial João Santana gosta de ressaltar que são mudanças no governo e não degoverno).

Os números de Dilma nesta pesquisa só não são melhores do que os do ex-presidente Lula, que venceria em qualquer cenário no primeiro turno, com intenções de voto variando entre 52% e 56%. Ao mesmo tempo em que a oposição e a mídia aliada não conseguem definir um candidato para bancar, o PT tem dois favoritos. Este é o quadro, a dez meses da sucessão presidencial. O resto é o resto e não adianta espernear.
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