CartaCapital põe Lula e FHC na capa num ringue de boxe, mas regras não permitem luta entre categorias diferentes





Capa da CartaCapital desta semana é mais um dos equívocos da revista. Ela coloca num ringue de boxe, como se lutassem, os ex-presidentes Lula e FHC.

É coisa de quem não entende de boxe ou de política. Ou dos dois. Como Mino Carta conhece ambos os assuntos, ou ele não foi consultado ou, quando o foi, estava confabulando com seus botões...

No boxe, lutadores são divididos por categorias de peso para que não haja disparidade de forças e um homem de 100 kg troque luvas com outro de 50.

E este é o caso dos dois contendores na capa da revista. Em termos de imagem de estadista, de reconhecimento nacional e internacional, a diferença entre os dois é gigantesca.

Lula é uma figura de destaque, amada e louvada, aqui e no exterior. Enquanto FHC... quem fala dele, além da mídia golpista daqui?

Outro parâmetro para julgarmos o peso dos competidores é a eleição presidencial do ano que vem. Aqui e ali é veiculado que, caso Dilma não vá bem (o que não acontece), Lula poderá vir a ser o candidato.

Quem cometeria a asneira de colocar FHC como candidato do PSDB, partido que não vai bem das pernas e se aproxima da extinção como o DEM? Nem os tucanos o querem. E isso não é de agora: o escondem há 11 anos, desde que saiu imensamente reprovado da presidência da República.

Bola fora da Carta que dá sobrevida ao homem que, segundo afirmam, chutou a porta e agrediu a repórter (ou vice-versa), quando essa o informou da gravidez de um filho que seria dele; depois foi refém da Globo para esconder essa paternidade; e depois, para coroar, descobriu-se corno de si mesmo, pois não era o pai da criança.

Todas as recentes pesquisas apontam que Lula seria eleito presidente no ano que vem contra quaisquer candidatos.

Já FHC, nem é colocado como alternativa nas pesquisas, tal a irrelevância de seu nome.

Lula e FHC só estão no mesmo patamar nas fotos enfileiradas de ex-presidentes da República e agora na capa da CartaCapital.

Por último, uma crítica ao artista gráfico: luvas azuis para Lula e vermelhas para FHC, o que foi que você bebeu, meu filho?



Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Campanha para presidente dos Estados Unidos do Brasil segue quente, a mídia corrupta brasileira torce para os dois. É de chorar de tanto rir!


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POLÍTICA - Entrevista com a filha do Genoíno.

 'Esperança eu não tenho, meu pai não vai durar na prisão', diz filha de Genoino


MARINA DIAS
DE SÃO PAULO
MÔNICA BERGAMO


Miruna Kayano Genoino se lembra com detalhes da tarde em que seu pai reuniu a família e comunicou: "Lula pediu para eu ser presidente do PT e vou fazer isso porque esse projeto precisa funcionar". O ano era 2002 e Luiz Inácio Lula da Silva tinha sido eleito presidente da República.
Filha do deputado federal licenciado José Genoino, a professora de 32 anos diz que o pai não tem arrependimentos. O petista foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no mensalão e, segundo Miruna, acredita que, "se esse é o preço que tem que pagar para que o projeto do governo Lula e Dilma funcione, ele paga".
Genoino foi preso em 15 de novembro e levado ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para cumprir pena em regime semiaberto. Após uma semana, teve uma crise de pressão alta, foi levado ao hospital e de lá seguiu para a casa da filha Mariana, onde espera o Supremo Tribunal Federal analisar seu pedido de prisão domiciliar.
"Meu pai não tem esperanças de que isso aconteça", disse Miruna à Folha. Leia a seguir trechos da entrevista.
Adriano Vizoni/Folhapress
Retrato de Miruna Genoino, filha de Jose Genoino, preso no processo do mensalão, durante a primeira entrevista exclusiva que ela concede
Miruna Genoino, filha de Jose Genoino, preso no processo do mensalão, durante a primeira entrevista exclusiva que ela concede
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Julgamento e prisão
O momento mais difícil para o meu pai foi quando ele foi condenado. Durante o julgamento ele tinha esperança de ser absolvido. [Os elogios de alguns ministros antes de condená-lo] só o deixavam mais irritado. Era como se fosse um afago para depois meter a faca. Isso, hipócrita.

A prisão não teve o elemento surpresa. Por um lado, quando chegou a notícia, conseguimos respirar. Estávamos vivendo uma situação insustentável com o cerco da imprensa, os repórteres e fotógrafos querendo tirar fotos de tudo. O que vivi como mãe não desejo a ninguém. Posso entender que queiram tirar foto dele se entregando, mas não entendo o desejo de tirar fotos de dois menores de idade indo visitar o avô [os filhos de Miruna têm 5 e 7 anos]. Quando chegou a notícia, foi quase "vamos começar com essa porcaria de uma vez".
Preso político
Meu pai está proibido de emitir opinião, de dar entrevistas, e dizem que ele não é preso político. Então por que ele não pode falar? É preso político, sim. Meu pai foi condenado porque era presidente do PT.

Lembro da vez em que ele se sentou na sala com a gente e falou: "Olha, o Lula pediu para eu ser presidente do PT e vou fazer isso porque esse projeto precisa funcionar".
Às vezes, eu penso que se a gente tivesse falado alguma coisa... Mas não, ele não tem arrependimentos. Nenhum. Ele fala que, se esse é o preço que tem que pagar para que o projeto do governo Lula e Dilma funcione, ele paga.
Saudade
Estou sentindo muita saudade dele, muita mesmo. Na semana passada foi a apresentação de dança da minha filha e só estava eu para assisti-la [chora]. E isso nunca mais vai voltar. Ele nunca mais vai ver essa apresentação.

É difícil porque tenho uma ligação muito forte com meu pai, e o que acontece com ele é como se estivesse acontecendo aqui [coloca a mão em cima do coração e chora ainda mais], como se ele estivesse dentro de mim. Aí a minha mãe vai tentando ajudar a gente. Ela fala: "Você não é ele". Quando tive meus problemas pessoais este ano, ela também falava para o meu pai: "Você não é ela, calma".
Doença
Em julho deste ano meu pai estava com minha mãe e meus filhos em Ubatuba [litoral de São Paulo] e passou mal [foi submetido à cirurgia para corrigir uma dissecção na aorta]. Eu estava viajando. Faço mestrado na Argentina, e passei a noite no avião sem saber se meu pai estava vivo ou morto.

O que mais dói é que foi tão difícil o que nos aconteceu naqueles dias, meu pai tinha só 10% de chance de sobreviver e, graças a Deus, ele venceu. Agora questionam se a gente está usando a doença dele como estratégia. Isso é muito duro porque, se eu pudesse escolher, mesmo com meu pai preso e a gente longe dele, se ele estivesse bem de saúde, eu escolheria isso.
'Querem nos destruir'
Só não larguei o mestrado por causa dele. Soube da aprovação dias depois da condenação [novembro de 2012]. Ele me disse: "Querem nos destruir e você não pode permitir. Você vai continuar lutando e fazendo as suas coisas porque não podem nos apagar".

Se você me perguntar quem é o sujeito do "querem", de cara vou falar que a mídia teve muito a ver com isso. Meu pai teve muitas decepções. Mas com a mídia ela foi devastadora, o coração dele começou a rasgar ali. Ele tem uma mágoa profunda, uma dor com tudo o que é publicado. Quando os jornalistas ficam lá fora de casa, essas manchetes, essa agressividade, esse recorte da realidade é um punhal para ele.
Vontade de morrer
Depois da cirurgia, meu pai se perguntou: "Por que a vida não me levou?" Ele não tinha medo de morrer, mas se questionou muito. Na época da ditadura, ele não tinha nada a perder, mas hoje ele tem os filhos, os netos e minha mãe.

Solidariedade
Lula, Dilma e o PT sempre tiveram solidariedade com o meu pai. E eu só estou falando isso aqui porque se tiver uma pessoa --e só uma-- que ache que ele esteja fingindo e, depois de ler essas minhas declarações, mude de ideia e se convença que ele está mesmo doente e precisa de cuidados, para mim já vai ser suficiente.

Laudo médico
Meu pai passou mal na Papuda e precisou ir para o hospital em Brasília. Ele teve uma alteração de pressão que durou dois dias. Nós tínhamos quatro laudos dizendo que a situação era grave. Quando chegou a junta médica do STF já era o final de dois dias no hospital. É claro que a pressão tinha baixado. Ali ele estava medicado e com a família.

Minha pergunta é: esses médicos foram na Papuda? Foram ver a alimentação do meu pai na prisão? Viram que na Papuda não tem plantão médico noturno? Foram ver? Não foram. E eles se sentiram autorizados a dizer que meu pai não precisa ficar em casa.
Companheiros de cela
Já falei que se eu tivesse mil vidas e durante todas elas eu ficasse dizendo "obrigada" não seria suficiente para agradecer ao José Dirceu e ao Delúbio [Soares] por tudo o que eles estão fazendo pelo meu pai. Porque se teve alguém que cuidou do meu pai foram o Zé Dirceu e o Delúbio.

Eles foram atrás de água mineral para o meu pai parar de beber água da torneira. Insistiram e a polícia levou. É por isso que meu pai deve querer ficar na Papuda caso o STF não dê a domiciliar. Eles não querem se separar.
Próximos dias
Esperança eu não tenho. O único dia em que minha mãe perdeu a cabeça foi quando ele passou mal e o médico disse que ele precisava ir ao hospital, mas o juiz não autorizou. Ela gritou, chorou, ficou nervosa, se descontrolou.


Quando as pessoas falam que ele vai ficar alguns meses no semiaberto e depois já pode pedir progressão da pena, penso que não sei como ele vai chegar. Em uma semana eu vi como ele piorou, como eu vou pensar em meses? Oito meses? Ele não vai durar isso na prisão. Não vai. 
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ENERGIA - Sociólogo analisa embates entre países e empresas por energia.

 
Uma estatal chinesa (Cnooc) quis comprar uma petroleira californiana (Unocal), que possuía reservas no Sudeste Asiático, no golfo do México e no mar Cáspio. O negócio, de US$ 18,5 bilhões, era objetivo também da norte-americana Chevron, que buscava compensar a exaustão gradativa de suas reservas.
A disputa foi parar no Congresso norte-americano. Parlamentares afirmaram que o controle da China sobre uma parcela (relativamente pequena) dos suprimentos norte-americanos ameaçava a segurança nacional dos EUA.
Embargos articulados pela Chevron foram providenciados no Congresso, e a pressão política surtiu efeito. A China (com a melhor oferta) saiu da disputa. A Chevron ficou com a Unocal em 2005.
O episódio, que mostra a realidade do chamado "livre mercado", é lembrado por Igor Fuser em "Energia e Relações Internacionais".
Doutor pela USP, sociólogo e jornalista, o autor é professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC. Didático, seu livro percorre as disputas geopolíticas e econômicas em torno de fontes de energia a partir do final do século 19.
Seu estudo passa por guerras, choques de preço e de produção de petróleo e investimentos em alternativas. Fuser foca a política e descreve os embates entre países produtores e consumidores e empresas transnacionais.
Ele afirma que o petróleo e o gás natural são recursos estratégicos que "não podem ser encarados como simples mercadorias, regidas apenas pelas forças de mercado". Relata a ascensão de John Rockefeller, a hegemonia das "sete irmãs" petroleiras e o papel vital do petróleo a partir da Primeira Guerra Mundial.
NACIONALISMOS
Essencial na reconstrução europeia após a Segunda Guerra Mundial, o petróleo tinha um custo de produção de US$ 0,10 na Arábia Saudita em 1945. A Casa Real recebia de royalties US$ 0,16. E o preço de venda oscilava entre US$ 1,05 e US$ 1,13.
Os estratosféricos ganhos das petroleiras foram abalados pela primeira vez em 1948, quando a Venezuela adotou uma regra que dividia os lucros igualmente entre empresas e Estados.
No Irã, a estatal britânica se recusou a compartilhar os ganhos em 50%, e, em 1951, o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh nacionalizou o petróleo.
A seguir, foi derrubado por um golpe promovido pela CIA e pelo Reino Unido. Mas a onda nacionalista continuou. A Opep foi criada em 1960 e mudou a correlação de forças. Em 1973, ocorreu a guerra entre Israel e países árabes. Houve embargo de fornecimento aos EUA e o primeiro choque do petróleo --800% de aumento de preço do combustível.
Hoje, 77% das reservas mundiais de petróleo se encontram sob o controle de estatais ou semiestatais.
CONFLITOS 9
Os EUA, com apenas 5% da população mundial, consomem 21% de todo o petróleo produzido no mundo. Importando praticamente a metade do que usa, o país adotou a "estratégia da máxima extração", com foco no golfo Pérsico e no norte da África.
Assim, enquadra-se a guerra que derrubou Saddam Hussein, um inimigo dos EUA no Iraque, que detém a quarta maior reserva do planeta (atrás da Arábia Saudita, da Venezuela e do Irã).
Após a invasão norte-americana, ExxonMobil, Shell e BP voltaram ao país --de onde estavam afastadas desde 1973-- e levaram os mais vantajosos contratos, conta Fuser. A mesma lógica explica o apoio aos sauditas e a constante pressão sobre o Irã.
Fuser lembra o caso do golpe contra Hugo Chávez e a "guerra do gás" que marcou a ascensão de Evo Morales na Bolívia. Para ele, "a mudança do modelo neoliberal dos hidrocarbonetos do país por uma política de soberania energética trouxe benefícios": a renda do setor passou de 5,5% do PIB, em 2004, para 21,9%, em 2009.
Preocupado em expressar diferentes lados do problema energético, Fuser tenta resumir para leigos um tema complexo. Seria necessário mais espaço para aprofundar alguns pontos. Mas a leitura é útil para quem quer entender a história e a política por trás de eventos cruciais de hoje. Olhando bem, petróleo e energia vão aparecer.
Fonte: Folha de S. Paulo
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Dilma recupera popularidade no Datafolha; rejeição de Serra atinge 44% em SP


1 de Dezembro de 2013 | 09:59 Autor: Miguel do Rosário
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Segundo pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, a aprovação do governo Dilma vem subindo de forma gradual e consistente desde o tombo observado em junho. O movimento contradiz a tese midiática aventada mês passado, de que a recuperação de Dilma teria “estagnado”. Na pesquisa realizada nos dias 28 e 29 de novembro último, 41% dos brasileiros consideram o governo Dilma “ótimo/bom”, contra 17% que o acham “ruim/péssimo”. 40% acham o governo regular.
As piores avaliações de Dilma estão no Sudeste. No Norte e Nordeste, a recuperação foi muito acentuada. Mesmo assim, Dilma também melhorou de maneira bastante forte a sua avalação no Sudeste, onde seu índice de “ótimo/bom” pulou de 26% para 34% em apenas 30 dias.
O otimismo sobre poder de compra e emprego também cresceu. Mas subiu também a preocupação com inflação.
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O Datafolha também fez uma pesquisa sobre as prisões dos “mensaleiros” e sobre o papel de Joaquim Barbosa no processo. Descobriu que a iniciativa do presidente do STF foi aprovada por 86% dos brasileiros. Mesmo entre simpatizantes do PT, 87% aprovaram a prisão. 82% dos brasileiros disseram ter “tomado conhecimento” sobre as prisões.
“Para decepção de vários integrantes da cúpula do PT, a resposta da maioria dos entrevistados pelo Datafolha foi a favor de Barbosa. Para 78%, ele “agiu de acordo com a Justiça”. Outros 10% acham que ele desejou se promover. E 12% disseram não saber opinar.
Entre petistas, vai a 80% a taxa dos que acharam que que o presidente do STF “agiu de acordo com a Justiça”. O percentual sobe para 84% entre os que tomaram conhecimento do episódio.”
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De qualquer forma, é positivo para Dilma ter conseguido aumentar sua aprovação mesmo diante de um noticiário histérico com as prisões do mensalão. Com os réus já presos, o assunto tende a esfriar e, apesar dos esforços da oposição, não deverá ser tão importante nas eleições de 2014.
A pesquisa Datafolha, contudo, não captou a forte insatisfação contra Joaquim Barbosa, observada nas redes sociais e manifestada por importantes instituições do mundo jurídico, como a OAB e as principais associações de magistrados.
Além disso, com os réus presos, as acusações deixam de ser novidade. A novidade a partir de agora são os possíveis excessos ou equívocos do processo.
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Um dado que chama a atenção na pesquisa é o fato de José Serra, que governou São Paulo de 2005 a 2006, e já foi governador do estado, apresentar uma rejeição na capital paulista 9 pontos acima de sua rejeição nacional. Enquanto 35% do eleitores brasileiros jamais votariam no tucano, em São Paulo sua rejeição atinge sombrios 44%. Quem te conhece não te compra, Serra!

Do Blog TIJOLAÇO.
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