O ódio cega

Não vi nenhuma histeria quando foi revelado que a filha de FHC, Luciana Cardoso, estivera por longos anos recebendo salários no Senado sem nunca aparecer por lá, pendurada num cabide do Senador Heráclito Fortes (DEM/PI). E quem revelou não foi nenhum esquerdista, mas a própria Folha. Talvez porque fosse dinheiro público. Se dinheiro público pode abastecer helicóptero de traficante, porque não pode pagar salários a um filha de ex-presidente? Durante o governo FHC, a RBS conseguiu junto ao Banco do Brasil um empréstimo que a área técnica do banco negara. Foi liberado por ordens de Brasília. Quando o PSDB foi apeado, Pedro Parente foi contratado pela RBS. Ninguém perguntou o que ele entendia de mídia, nem quanto ele ganhava da RBS. Mas se sabe que foi um dos artífices da Medida Provisória nº 70 que alterou as regras da radiodifusão, beneficiando a RBS.
Agora, quando um empresário do ramo hoteleiro oferece emprego a José Dirceu, todos os poodles midiáticos urraram como se fossem pittbulls. Pior, que eles tenham feito isso porque recebem por isso, se compreende. Incompreensível é uma manada de ignorantes repetirem a cantilena de forma menos racional que amebas. Se tivessem um pouco de respeito à própria inteligência não repetiriam o que não se sustenta ao menor raciocínio lógico. Neste episódio fica evidenciado todo ódio destilado pelos meios de comunicação e assimilado pelos mesmos amestrados de sempre. Quando Roberto Freire, morando em Pernambuco, foi empregado por José Serra como conselheiro em São Paulo, recebendo dos cofres públicos sem ter de ir para lá, ninguém publicou uma linha de indignação. Os poodles da RBS não soltaram um latido.
O que enche de ódio e provoca histeria é José Dirceu ser contratado por um hotel! Após o episódio dos Perrella e seus 450 kg de cocaína fica provado que se Dirceu fosse traficante ninguém se importaria com isso! Todos os idiotas preocupado com o emprego de gerente de hotel para Dirceu, e ninguém dando a menor pelo para o emprego de piloto de helicóptero dos Perrella…
Pense nisso antes de se manifestar como um poodle amestrado.
Dirceu ganhou emprego ‘por qualificação’, diz empresário
Dono do hotel Saint Peter afirma que procurava um gerente há 90 dias
Disposto a pagar R$ 20 mil ao petista, Abreu disse que o conheceu numa audiência, mas não é seu amigo
JÚLIA BORBAMATHEUS LEITÃODE BRASÍLIA
Empregador do ex-ministro José Dirceu no hotel Saint Peter, em Brasília, o empresário Paulo de Abreu afirmou que conheceu o petista em uma audiência no Palácio do Planalto e o contratou "pela qualificação".
"Há 90 dias estávamos procurando um gerente administrativo. Ele foi contratado pela qualificação", disse. Segundo Abreu, eles não são amigos, o posto para gerente administrativo já existia e o último profissional no cargo foi "dispensado".
O empresário explicou que, descontados os impostos, o salário de R$ 20 mil que prometeu a Dirceu "chegará mais ou menos a R$ 14 mil".
A entrevista com Abreu foi feita, a seu pedido, por e-mail.
A decisão se Dirceu poderá ou não trabalhar no Saint Peter deve tomada pela VEP (Vara de Execuções Penais) em cerca de 30 dias.
Abreu falou ainda sobre a diferença de salários entre Dirceu e Valéria Linhares, que é gerente geral do hotel e será a chefe do ex-ministro. Na carteira de trabalho dela consta R$ 1.800.
"O valor do salário da sra. Valéria ficará maior com a comissão que compõe sua remuneração", disse. Abreu não respondeu quanto o hotel pagava para o gerente anterior.
Ele afirmou que políticos de vários partidos já moraram no Saint Peter. "Não só do PT, mas do PSDB, a exemplo deputado Walter Feldman [hoje no PSB], José Genoino [ex-presidente do PT]."
Abreu não explicou como ou quando conheceu Dirceu. Citou que a primeira vez que se viram foi numa audiência no "Palácio" –"e me apresentei", disse.
Dirceu foi ministro-chefe da Casa Civil entre 2003 e 2005, no governo Lula. Ele saiu acusado de participar do esquema do mensalão. Condenado ao regime semiaberto, está preso desde o dia 15.
Procurado, o advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, não quis comentar as declarações do empresário.
Abreu diz atuar "há mais de 40 anos" no setor de telecomunicações e que suas visitas ao Ministério das Comunicações e à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) são frequentes. Este ano, esteve com o ministro Paulo Bernardo em 23 de setembro, segundo a agenda do órgão.
O ministério informou que "assim como ocorre com radiodifusores de todo o país, [Abreu] foi recebido pelo ministro em audiência para tratar de radiodifusão".
Esta semana, a Folha mostrou que sua emissora "Top TV", de Francisco Morato (SP), foi beneficiada, a pedido do ministério, por decisão da Anatel. Suas antenas tiveram permissão para serem instaladas na avenida Paulista, na capital, aumentando o potencial de telespectadores.
Abreu disse que trata-se de uma "emissora educativa sem fins lucrativos".
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PESQUISA DATAFOLHA - NEM JOAQUIM BARBOSA SALVA A OPOSIÇÃO - DILMA CRESCE E OPOSIÇÃO ENCOLHE


SOBRE A PESQUISA

A MANCHETE: DILMA CRESCE E OPOSIÇÃO ENCOLHE.
A FRASE: 
 Lula, se fosse candidato, venceria as eleições em todas as simulações.

O FATO: 
Dilma tem 47% das intenções de voto, o que significa um crescimento de 5% em relação à pesquisa anterior.

A QUEDA: 1) 
Aécio Neves, do PSDB, que em outubro tinha 21% agora tem 19% 

                    2) 
 Eduardo Campos, do PSB, que tinha 15% chegou apenas a 11%.

O SUPER-HERÓI: 
Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. 

Pesquisa é foto do momento, até 2014 pode acontecer de tudo, inclusive a direita radical apelar feio durante a COPA DO MUNDO, mas, num ambiente de normalidade e legalidade, fica difícil de crer que a oposição consiga parar de encolher.
Datafolha aponta Dilma com 47% das intenções de voto
Oposição à presidente encolheu e Aécio agora conta com apenas 19% e Eduardo Campos ficou com 11%
Jornal do Brasil

O último levantamento do Datafolha apurou que a presidente Dilma tem 47% das intenções de voto, o que significa um crescimento de 5% em relação à pesquisa anterior em que ela tinha 42%. A oposição, de acordo com as informações, recuou. Aécio Neves, do PSDB, que em outubro tinha 21% agora tem 19% e Eduardo Campos, do PSB, que tinha 15% chegou apenas a 11%.
O aumento da popularidade de Dilma não teve nenhuma relação com o de eleitores que declararam votar em braço ou anular o voto. O Datafolha apurou que em na pesquisa recente e a que foi feita em outubro, esse percentual permaneceu o mesmo, ficando em 23%. O instituto também pesquisou as intenções de voto em Lula, que não é candidato.
Se as eleições fossem hoje, o ex-presidente teria 56% dos votos ganhando a eleição – assim como Dilma - também no primeiro turno. O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
De acordo com o levantamento feito pelo Datafolha, a presidente só não venceria hoje a eleição no primeiro turno nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. No entanto, como a ex-senadora está se mantendo como vice na chapa de Eduardo Campos, essa simulação,pelo menos por enquanto, não é válida.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%. Lula, se fosse candidato, venceria as eleições em todas as simulações.

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O direito de não o ter

O maior avanço do Brasil no pós-ditadura é nos direitos humanos. Os neoneoliberais dirão que é nas privatizações, até porque direitos humanos só lhes ocorrem para falar de China e Cuba. Tão logo terminada a era das transgressões desumanas, os direitos humanos se puseram em marcha ininterrupta, acelerada pela Constituição. Mas tudo o que se caminhou nessa direção é ainda muito, muito pouco.

O reconhecimento do racismo, a maior repressão à violência contra as mulheres, a ajuda financeira contra a miséria alimentar, os programas habitacionais e de melhoria material estão sob ataque constante, mas são fatos. Visíveis em suas formas humanas. Nem por serem assim e projetarem benefícios também sobre as classes abastadas, sem as prejudicar em nada, foram capazes de disseminar nelas uma mentalidade menos apegada às raízes das desigualdades brasileiras.

A prisão dos três petistas na Papuda revelou aos não brasilienses o padecimento extra dos familiares de presos comuns. Mesmo que chova e faça frio, são obrigados a dormir na rua como puderem, para conseguir as senhas distribuídas ao número limitado de visitantes às quartas e quintas-feiras. Nenhuma autoridade, local ou federal, deu atenção a isso, nem antes nem depois desse tratamento tornar-se notícia, reiterada para acusar privilégios dos petistas. Aos brasilienses que veem as famílias noturnas, é como se não vissem.

São direitos humanos violentados, no entanto. Repito o que foi dito aqui: são pessoas não condenadas mas submetidas a um sofrimento adicional ao de terem um filho, o marido, o pai no presídio. A explicação: "há visitantes demais". É mentira. São dias de menos para visitas e horários de menos para fazê-las. Se há condições para visita na quarta, pode haver nos demais dias. É só um probleminha de direitos humanos, no entanto, sentido por uns poucos milhares de pessoas.

Entre alguns milhares e vários milhões, porém, não há diferença. As perdas causadas aos detentores de cadernetas de poupança por quatro planos econômicos vêm desde o governo Sarney, e o processo sobre sua devolução se arrasta ao ritmo próprio do que chamamos de nossa Justiça. Coisa de 150 economistas e ex-ministros, diz o noticiário, assinaram um manifesto ao Supremo Tribunal Federal advertindo para os terríveis efeitos que o sistema financeiro, leia-se os bancos, sofreriam com uma sentença favorável à restituição do usurpado aos poupadores - R$ 150 bilhões.

Se tal é o valor que não deve ser restituído, os próprios defensores do calote reconhecem que foram tomados da chamada poupança popular, as velhas e suadas "economias", R$ 150 bilhões que ficaram com os bancos.

O Idec, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, que tem cumprido sua utilidade com muita competência, informa que das 1.030 ações de restituição só 15 sobrevivem a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, há dois anos, sobre prazos para as reclamações. Com isso, uma sentença favorável à restituição só totalizaria R$ 8,650 bilhões.

Entre os autores, colaboradores e apoiadores daqueles planos desastrados e, de outra parte, o Idec, este me parece preferível por três razões: está sempre muito mais certo no que faz do que estão aqueles economistas no que se presumem capazes de fazer; há concordâncias importantes com o Idec na OAB; e o Idec não tem ações de bancos, logo, não está defendendo o seu cofre sob argumento aparentemente desinteressado.

A informação do Idec leva à conclusão de que os participantes do manifesto, ou cometem a leviandade de tomar uma posição pública sem saber o que de fato está em questão, ou têm as informações necessárias e valem-se de uma quantia impressionante para evitar que os bancos restituam à poupança popular um valor insignificante para o sistema bancário mais lucrativo do mundo.

Não se trata, porém, de uma questão meramente financeira. É de direitos sociais, de direitos econômicos pelo desrespeito à lei e ao contrato das cadernetas com os depositantes, e, portanto, de direitos humanos pelos males infligidos à vida de milhões de pessoas.

Na quarta-feira, o Supremo adiou o julgamento para 2014. Com pressa, como não se cansaram de reiterar os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, devia ser concluído só o processo do mensalão.

Janio de Freitas
No fAlha
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Da série: Como é que ficou? Feliz aniversário, Suzane!

 IstoÉ - 15 de novembro de 2006 

Feliz aniversário, Suzane!



Prisioneira ganha bolo de aniversário, está em busca das contas da família na Suíça e pode sair da cadeia em dois anos, com 10 milhões de euros

Naquela manhã ensolarada de sábado, 4 de novembro, era mais um dia de visita na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto. Dezenas de pessoas se aglomeravam na entrada do presídio. Com um bolo de chocolate nas mãos, encimado pelo número 23 escrito em letras de glacê, o advogado Denivaldo Barni rompeu as grades de aço das celas da área de segurança e abriu um sorriso diante da prisioneira mais famosa do Brasil. Cumpria-se, naquele momento, o 105º dia da pena de 39 anos e seis meses de reclusão a que Suzane Louise von Richthofen – a aniversariante do dia – foi condenada pelo assassinato dos pais. As notícias, porém, eram boas: na matemática da Justiça, Suzane, com seus tenros 23 anos de idade, ganhará a liberdade em mais dois.

O largo sorriso de Suzane durante a pequena festa pode ter, ainda, outra razão de ser. Ela, que havia acabado de limpar o “seguro”, como sua cela é chamada pelas outras 347 detentas, pode se tornar uma milionária. Promotores públicos desconfiam que estão no nome dela duas bem fornidas contas num banco suíço. Uma denúncia anônima encaminhada aos Ministérios Públicos federal e estadual dá como certo que as contas 15.616 e 15.6161, abertas em 1988, no Discount Bank and Trust Company (DBTC), atual Union Bancaire Privée, pertencem a família Richthofen. Estima-se que essas contas abriguem pelo menos dez milhões de euros, dinheiro supostamente desviado das obras do Trecho Oeste do Rodoanel – uma estrada que circunda a cidade de São Paulo, orçada em R$ 339 milhões, mas que acabou consumindo mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. A construção do trecho foi administrada pela autarquia Companhia de Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), empresa da qual o pai de Suzane, Manfred von Richthofen, era diretor quando foi assassinado. Os promotores desconfiam que essas contas estejam em nome de Suzane. Se essa impressão se confirmar, acreditam que a condenada tem boas chances, uma vez em liberdade, de manter seus direitos sobre elas – e a fortuna nelas guardada.

Além dos números das contas suíças, o documento encaminhado aos MPs detalha outras instituições financeiras com as quais Manfred operava. Segundo a denúncia, parte do dinheiro passava pela agência da avenida Paulista do Citibank, na conta 00031025587, e de lá migrava para fundos de investimentos da própria instituição. Outras duas contas correntes, ambas na Nossa Caixa, teriam recebido aportes consideráveis pouco antes da morte de Manfred. E mais: os promotores suspeitam que a viagem que o casal Richthofen fez à Suiça, um mês antes de morrer, foi exatamente para tratar das finanças aportadas no Exterior. Ainda segundo a denúncia, Manfred usou a documentação de sua filha para lavar esses milhões de reais. Ou seja, tecnicamente ela é dona do dinheiro.

Os promotores, é claro, estão prontos para inquirir Suzane sobre o assunto. Nos próximos dias, tanto ela como os irmãos Daniel e Christian Cravinhos, que executaram os crimes, serão chamados para contar o que sabem. Logo após os assassinatos, Daniel, então namorado de Suzane, chegou a falar no inquérito policial sobre essas possíveis contas de Manfred no Exterior. Ele acrescentou que Suzane fora levada pelo pai a assinar vários documentos bancários sem saber, precisamente, a finalidade.

Na bolsa de apostas internas na Dersa e nos corredores da Assembléia Legislativa de São Paulo, onde um pedido de CPI para investigar o caso foi abortado, os palpites para o suposto superfaturamento do Rodoanel chegam às cifras dos R$ 100 milhões. A obra, que a denúncia anônima aponta como sendo a torneira dos euros nas contas dos Richthofen, foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que a julgou irregular. Os promotores já sabem que Manfred era reconhecido na Dersa como um expert em operações financeiras. A denúncia sobre a existência das contas no Exterior já fora feita anteriormente, três anos atrás. Na ocasião, os promotores estaduais arquivaram o processo que fora aberto. Desta vez, porém, eles acreditam que a história se tornou mais crível, devido às qualidades dos documentos apresentados. Extremamente meticuloso, num texto de seis páginas, o denunciante expõe quem é quem no suposto esquema mafioso traçado por Manfred. Apresentam-se endereços e CPFs e, nas duas últimas páginas da carta, uma detalhada relação das propriedades da família Richthofen, as contas bancárias no Brasil e no Exterior, além dos comprovantes de empresas de Manfred que ainda estão na ativa. “Aparecem na nova denúncia vários nomes, números de contas e até empresas de Manfred com dados de seus sócios que nós não conhecíamos”, disse a IstoÉ um representante do MP. As possíveis testemunhas já começaram a ser ouvidas. Uma semana antes de comemorar o aniversário de Suzane, o advogado teve de comparecer diante do promotor da cidadania Eduardo Rheingantz para falar sobre o assunto. Barni, além de ser ex-tutor de Suzane, é procurador da Dersa. “Seu depoimento foi muito bom”, limita-se a dizer o promotor Rheingantz. O processo corre em segredo de Justiça.

Rica, poliglota – fala inglês, francês e alemão com fluência – e vaidosa, Suzane foi criada numa mansão em uma área nobre da cidade de São Paulo. Hoje, na Penitenciária de Ribeirão Preto, ela vive em silêncio boa parte do dia. Em muitos momentos, dedica-se a uma compulsiva leitura da Bíblia e mantém contato com o mundo externo através de um pequeno aparelho televisor. Sua cela é dividida com outras duas detentas, acusadas de ser advogadas da organização criminosa PCC. Mesmo responsabilizada pela morte do pai e da mãe, Suzane trava uma briga judicial com o irmão Andreas pelos R$ 2 milhões de patrimônio oficial deixado por Manfred. Andreas já recebeu R$ 300 mil pelo seguro de vida do pai – e também a parte desse dinheiro Suzane considera ter direito. O rapaz tenta se recuperar da perda debruçando-se sobre os livros, dizem os amigos. Andreas, 19 anos, é estudante de farmácia na USP. Ele carrega uma dúvida, que tem a ver com o homem que levou o bolo de chocolate para sua irmã. “Se esse Barni era realmente amigo de meu pai, como eu nunca ouvira falar dele antes do crime?”, costuma perguntar a seus colegas. O irmão define a relação de Suzane com o ex-tutor como “estranha”.
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Por que Aécio Neves está censurando seus perfis fakes nas redes sociais


01/12/2013
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Essa página ainda está no ar.
Kiko Nogueira, via Diário do Centro do Mundo
Aécio Neves entrou na Justiça contra perfis nas redes sociais que, em tese, o ridicularizam. Seus advogados querem identificar os usuários que estão criando as páginas. Uma das baixas foi o “Aécio Boladasso”, inspirado na “Dilma Bolada”, que é uma sátira a favor da presidente. “Aécio Boladão” e “Aécio Bolagato” continuavam na ativa.
A ação afirma que “todos os perfis e páginas foram criados recentemente, em datas muito próximas, e possuem conteúdo muito similar, o que denota a criação seriada de perfis ilícitos, os quais, inclusive, foram altamente difundidos nas mídias digitais”.
Nem Twitter nem Facebook teriam fornecido, por enquanto, informações sobre os criadores das contas. Segundo a assessoria do pessedebista, a iniciativa foi inspirada na das ministras Gleisi Hoffmann e Maria do Rosário. O senador é “pessoa pública e respeita os perfis de humor ou que trazem críticas a suas atividades ou posições políticas, mas vem sendo vítima de campanha de calúnia na internet por parte de pessoas que violam a legislação do País e as regras de funcionamento das redes sociais, com a utilização de técnicas proibidas e conteúdos considerados ilegais”.
Por que ele está partindo para cima dos perfis fake?
Porque é assim que ele opera. Em setembro, Aécio incorporou à minirreforma eleitoral a penalização de quem postar conteúdos agressivos ou ofensivos. Na sua proposta, o autor responderá criminalmente e a Justiça Eleitoral será acionada para retirá-la da Internet.
De acordo com um especialista em informações ouvido pelo DCM, é intimidação pura e simples. “A ideia é criar uma prática incriminadora da opinião do cidadão comum, considerado adversário”, diz. “Foi o que aconteceu, por exemplo, em Goiás, onde o governador Marconi Perillo processou jornalistas e blogueiros de oposição. Um deles foi condenado a pagar R$200 mil por causa de uma frase que era, na verdade, de um agente da Polícia Federal”.
Ele prossegue: “Interpelam-se os gestores das redes sociais, alegando-se supostos ‘crimes de opinião’. Com a confirmação do IP dado pela empresa, começa o inferno da pessoa. Processos, ameaças… Ninguém está livre disso. Basta que um juiz considere a frase ou piada caluniosa”. Haveria, também, um esquema de espionagem ativo. “A espionagem acabou se tornando comum para achacar e intimidar”, disse o especialista.
Em Minas, o Novojornal teria sido submetido a escutas telefônicas. Segundo o diretor Marco Aurélio Carone, foi por causa da “linha editorial independente, não se sujeitando a determinações da censora oficial Andréa Neves”. (Andréa é irmã de Aécio, eminência parda, seu braço direito e esquerdo). O registro “.com.br” foi cassado em 2008, medida que só foi revogada quatro anos e meio depois. Andrea Neves, conta Carone, ligou para anunciantes, avisando que “eles estariam patrocinando um jornal contra o governo de Minas”.
No caso das redes, vai ser difícil sua turma controlar um ambiente tão caótico e criativo. “Aécio Boladão” já transformou, por exemplo, em “Aécio Bolado”. “Chegay Tucanada, acharam que tinham me matado né?? Nãaaaaaaaaaaao, os petralhas não me acharam”, escreveu ele no Twitter. “Se dirigir não beba, se for beber me chama”. A zoeira, ela não tem limites.
Aecio_Drummond01
Aécio Boladão
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