MAIS MÉDICOS NO RS

Governador recebe médicos formados no exterior



Porto Alegre/RS - Uma recepção calorosa, com coquetel e música, marcou a apresentação dos 44 médicos estrangeiros inscritos no Programa Mais Médicos - do Governo Federal - que estão no Rio Grande do Sul. Do total, 39 vão trabalhar no Estado e cinco em Santa Catarina. Recebido nesta segunda-feira (2) pelo governador Tarso Genro, secretários e deputados da base aliada, no Salão Alberto Pasqualini, do Palácio Piratini, o grupo reforçará, num primeiro momento, as equipes do Sistema Único de Saúde (SUS) de 21 municípios gaúchos. 

Acompanhado do secretário da Saúde, Ciro Simoni, o governador afirmou que os incidentes registrados em Fortaleza (CE) na última semana - quando médicos cubanos foram vaiados no aeroporto - não devem se repetir em outros estados. "Aqui eles serão muito bem recebidos. Tenho certeza de que a ampla maioria dos médicos do Rio Grande do Sul também vai recebê-los com respeito, com carinho e atenção, porque eles não estão tirando o lugar de trabalho de ninguém. Estão ocupando os espaços que não foram desejados por médicos do nosso país", disse Tarso. 

Para o governador, a recepção no Palácio Piratini simboliza o respeito aos profissionais. "Algumas pessoas vêm de tão longe para a trabalhar no SUS do nosso pais, para ajudar nos projetos dos nossos governos", frisou. 

Durante a recepção aos médicos - a maioria formado na Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba -, Ciro Simoni ressaltou o trabalho de atenção básica desenvolvido no Estado, especialmente a Estratégia de Saúde da Família (ESF). O secretário garantiu que o RS ampliou os serviços no setor. "Nosso projeto é chegar a 70% de abrangência na atenção básica e isso só pode ser atingido se nós tivermos mais profissionais à disposição", disse. 

Apesar de reconhecer que a chegada de profissionais do exterior não resolve os problemas da área no país, Simoni garantiu que eles serão aproveitados nas equipes da ESF. Até o final do ano, pelo menos 119 médicos devem reforçar os municípios. "A falha na atenção básica é responsável pela ampliação da necessidade de vagas e hospitais. Quanto mais atenção básica tivermos, quanto mais o paciente ou usuário for tratado antes da doença, menos pessoas serão dirigidas aos hospitais", afirmou. 

Estrangeiro 
Casado com uma brasileira, o palestino Tareq Abuiyada escolheu o município de Esteio, na Região Metropolitana, para começar a trabalhar no país. Aos 34 anos, Tareq reconhece o desafio da sua tarefa, mas afirma que a ideia é ajudar a melhorar o atendimento na saúde. "Temos sido criticados por alguns colegas, mas temos muita aceitação do povo. Estou seguro que quando nossos colegas brasileiros perceberem que o Programa (Mais Médicos) vai dar certo, que vai ajudar o seu povo, eles vão nos apoiar". 

Os médicos vão reforçar as seguintes cidades: Bagé, Viamão, Porto Alegre, Quarai, Uruguaiana, Santa Vitória do Palmar, Chuí, Torres, São José do Norte, Tramandaí, Parobé, Garibaldi, Itaqui, Novo Hamburgo, Esteio, São Borja, Eldorado do Sul, Pelotas, Lajeado do Bugre, Flores da Cunha e Rio Grande. 

Homenagem 
Primeira criança nascida em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Marcos Tiaraju Correa da Silva foi homenageado pelo governador. Formado em Medicina pela Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba, Marcos destacou a importância do curso. "Desde o ano passado, graças à ótima formação que eu recebi em Cuba, pude chegar aqui no Brasil e enfrentar o exame de revalidação do diploma (Revalida) e aprovei na primeira tentativa", relatou.

Aos 27 anos, Marcos trabalha desde abril na atenção primária de saúde no município de Nova Santa Rita. Ao ser citado pelo governador, o médico lembrou da infância pobre e da perda da mãe: "Depois de ter nascido debaixo de uma lona preta, ter perdido minha mãe num conflito agrário, ter nascido da pobreza e da contradição desse país, poder ter me tornado médico e ser reconhecido agora publicamente é um momento de alegria". 

*Texto: Felipe Bornes Samuel - Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini 
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305 -  Grifos deste Blog - http://www.estado.rs.gov.br
Clique para ver...

'Americanos, o que está errado com vocês? Nós estamos mentindo desde o começo!'




Desabafo de uma cidadã norte-americana sobre mais um  anuncio belicista do  presidente Obama (de que os EUA, em breve,  atacarão a Síria)

(Pescado do Blog de um Sem-Mídia)
Clique para ver...

Espionagem dos EUA equivale a ato de guerra. Mas a resposta é política.



'Os Estados Unidos tornaram-se um país criminoso'
Diante da lei brasileira, o crime cometido pelo Governo dos EUA ao espionar e-mails e telefonemas da Presidenta Dilma Rousseff pouco ou nada se diferencia de um ato de guerra.

Muito embora eletronicamente, trata-se de violar as comunicações da Chefe de Estado, de Governo e a comandante-em-chefe das Forças Armadas do Brasil.
Mesmo antes da revelação deste crime, diante das informações sobre coleta de dados no Brasil, o governo brasileiro já havia solicitado que os Estados Unidos só realizassem interceptações telefônicas ou cibernéticas com autorização judicial.
Semana passada, os EUA negaram-se a assumir este mínimo compromisso.
Não se trata, como se vê, de uma ação antiterrorismo.
É vigilância ilegal sobre outros países e governos, numa despudorada violação do direito internacional.
Só há uma maneira eficaz de responder a ela.
Suspender viagem da Presidenta aos EUA, chamar o embaixador, apresentar queixa na ONU, tudo isso pode e será feito, na hora adequada, e que não vai tardar.
Mas o essencial é que chegou o momento da confrontação entre a velha ordem internacional e a que emerge no século 21.
Cabe-nos provocar e coordenar a reação dos chamados Brics – além de nós a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.
Somos, juntos,  42% da população global, 40% da superfície terrestre, 75% das reservas monetárias internacionais, e cerca de 20% do PIB, muito próximo dos 23% representados pelos EUA.
Chegou o momento de termos um peso geopolítico correspondente a essa força econômica.
O mundo unipolar dos últimos 24 anos, desde que o desaparecimento da União Soviética abriu caminho para o mando unilateral dos norte-americanos sobre o planeta, já não pode mais prosseguir, porque significou guerra, recolonização econômica, supremacia bélica intimidante e, agora, um intervencionismo ‘eletrônico” sobre os governos nacionais.
Não pretendemos – embora tivéssemos o direito internacional ao nosso lado – sermos um rato que ruge, como certamente não seremos, como já fomos, um gatinho que apenas mia, contrafeito.
Devemos ser – e é pena que não possamos (será mesmo que não podemos?) contar com a projeção internacional do ex-presidente Lula para o fazermos com o peso que isso mereceria – os estimuladores de uma mudança de patamar da influência mundial dos países em desenvolvimento.
As transformações não acontecem apenas porque as queremos, é preciso que as estruturas ultrapassadas revelem a profunda contradição entre o que dizem ser e o que são, na realidade.
Sem arroubos retóricos, apenas à luz dos fatos: os Estados Unidos tornaram-se um país criminoso.
E é dever da comunidade internacional por fim à esta atividade criminosa.
Não pelos métodos americanos de combater o que diz serem crimes contra as liberdades e os direitos civis, com seus mísseis de cruzeiro.
Mas com a força econômica e moral da maior parte da humanidade, que não aceita ser monitorada, vigiada e violada pela ânsia americana de poder.
*Por: Fernando Brito - via Tijolaço   http://tijolaco.com.br
Clique para ver...

´Desculpem nossa falha´: a Globo piscou


"O meu erro foi crer que estar a seu lado bastaria...'


Por Rodrigo Vianna*

As instituições, da mesma forma que as pessoas, cometem erros. E é salutar que – quando possível – venham a público e peçam desculpas pelas faltas cometidas. Mas o caso da Globo é estranho: o jornal da família Marinho acaba de publicar editorial reconhecendo que o apoio ao golpe de 64 “foi um erro”. O reconhecimento, diz o próprio jornal, vem após as manifestações de junho, em que as ruas do Brasil foram tomadas por gente que gritava palavras de ordem; e entre elas uma das mais ouvidas era: “a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

Ou seja, a Globo levou quase 50 anos (!) para reconhecer o erro. E o fez não a partir de uma avaliação honesta, mas sob o impacto de ter virado alvo do povo.

As organizações Globo não estiveram sozinhas no apoio à ditadura. Isso é fato. E o editorial se escora malandramente nesse fato para criar uma justificativa, na base do “eu fiz, mas todos fizemos”. Quase todos os jornais brasileiros, isso é fato também, clamaram pela derrubada do presidente constitucional João Goulart, em 1964. Era (e é) o legítimo PIG – Partido da Imprensa Golpista. Alguns jornais  acreditavam, como diz o próprio editorial de “O Globo”, que os militares vinham para uma intervenção “cirúrgica”, e que logo a institucionalidade estaria a salvo, com eleições retomadas em 1966. Mas reparem: o “Estadão” em São Paulo, por exemplo, conservador até a medula, não levou 50 anos pra pedir desculpas. Quando percebeu que a ditadura viera pra ficar, a família Mesquita enfrentou os militares e pagou o preço por isso. O jornal sofreu censura prévia, jornalistas e direção foram ameaçados, e passaram a lutar contra o regime que haviam ajudado a instaurar.

“O Globo”, não. Aliás, o editorial é importante pelo que diz, mas é importante também pelo que esconde. O apoio à ditadura, no caso da Globo, não foi apenas uma parceria ideológica – num momento em que o mundo estava cindido pela Guerra Fria. Não. “O Globo” – e “a” Globo, sobretudo – colheu dividendos empresariais por ter mantido fidelidade canina aos militares. A família Mesquita do “Estadão” terminou a ditadura com menos poder do que tinha em 64. “O Globo” – e “a” Globo – terminou com muito mais força. E com mais dinheiro no bolso.

Os militares ofereceram à Globo a estrutura do Estado para a criação de uma rede efetivamente nacional (daí, por exemplo, o nome do “Jornal Nacional”). A história da Globo é inseparável da ditadura. É a história de um quase monopólio midiático construído às sombras de uma relação incestuosa com os milicos. E isso não há pedido de desculpas que resolva.

Roberto Marinho e a Globo enriqueceram sob a ditadura. E soa estranho que 50 anos depois do golpe de 64, surja este reconhecimento envergonhado do erro cometido. Aliás, pedido de  desculpas propriamente não há ali. Não foi um pedido de desculpas… Mas um recado.

Na verdade, a Globo piscou. O reconhecimento envergonhado do “erro” em 64 (com “apenas” meio século de distância) é um sinal: as “Organizações Globo” estão preocupadas com certas nuvens que se acumulam no horizonte…

Há uma conjunção de fatores. Vamos a eles:

1 – o avanço das grandes corporações internacionais de mídia, que chegam ao Brasil com a força da internet, especialmente o Google (para entender o que se passa nesse mercado, leia esse texto publicado pela Revista Forum);
2 – o fato de a Globo ter-se transformado em alvo de manifestações populares em todo o Brasil (o laser no rosto do apresentador em São Paulo é um símbolo de que o povo ameaça, simbolicamente, “invadir” os estúdios globais; e o estrume lançado contra a porta da Globo em São Paulo é também metáfora dos novos tempos malcheirosos para os Marinho);
3 – as denúncias de Miguel do Rosário, no blog “O Cafezinho”, sobre o processo contra a Globo por milionária sonegação fiscal (o processo foi roubado, já sabemos; mas sob ordem de quem? O que havia de tão comprometedor ali?);
4 – as denúncias contra Ricardo Teixeira (elas ameaçam o produto mais rentável no jogo de poder das comunicações – o futebol).

Tudo isso fez com que emissários da família Marinho tenham procurado gente próxima ao lulismo nos últimos meses, para sugerir que as “Organizações Globo” aceitam conversar sobre algum tipo de “compromisso”. A Globo, nos bastidores, aceita sim regulação da mídia. Mas a regulação que a Globo quer é para segurar o Google. Não é a regulação por mais democracia. Não. A Globo, nos bastidores, utiliza um discurso malandramente “nacionalista” para pedir garantias contra os gigantes da internet…

A Globo está com medo. O cenário empresarial ainda é amplamente favorável à família Marinho: BV, poder político no Congresso e a covardia de certos setores governistas garantem conforto à maior emissora do país. 

Mas o sinal amarelo acendeu. O cenário pode mudar rápido. E a Globo é grande demais, “pesada” demais…

O reconhecimento do “erro” pelo apoio ao golpe de 64 pode ser lido como um sinal de boa vontade que a Globo envia ao lulismo: “podemos ser nacionalistas e democráticos, vamos conversar!”

Claro que a Globo é uma empresa grande, e por isso há espaço para idas e vindas e para posições diversas na estrutura interna de poder. Aliás, o diretor geral da Globo Carlos Schroder acaba de fazer uma reestruturação interna de cargos, que ocorre exatamente nesse momento em que a Globo busca dar respostas ao conjunto de fatores que geram incômodos e preocupações.

Nesse balanço de forças interno,  Ali Kamel, Merval e os ideólogos do Jornal da Globo – entre outros – são a face dura: representam a facção que defende o combate aberto. Mas há os pragmáticos, que sabem da necessidade de alguma aproximação com o governo e o lulismo: sabem que águas turbulentas podem dificultar a navegação desse imenso transatlântico. As turbulências vêm da concorrência internacional, mas vêm também das ruas.

O “revisionismo” histórico de reconhecer o erro cometido em 64 segue essa lógica. É o envio de um sinal ao campo adversário… Se a situação piorar, será que a Globo reconhecerá também o erro histórico que foi ter nomeado um diretor de Jornalismo como Ali Kamel, que nega a existência de racismo no Brasil?

Será que a Globo, daqui a 20 ou 30 anos, vai-se desculpar pela cobertura criminosa da campanha das Diretas-já em 1984? Ou pela perseguição insidiosa a Brizola? Ou ainda pela edição do debate Lula/Collor em 89? E o que dizer da cobertura das eleições em 2006 (vi de perto, eu estava lá) e em 2010 (com a exploração da bolinha de papel no JN, para ajudar Serra na reta final)?

Aguardemos novos sinais. Esse é um jogo bruto que se joga nos bastidores. Longe das telas e das tribunas.

*Rodrigo Vianna  é jornalista e Editor do Blog Escrevinhador, fonte desta postagem.
Clique para ver...

Encontro de Lula com dono da Globo rende fruto: primeira página do Globo diz que verba de campanha pagou contas de Lula

Chamada da primeira página de O Globo deste domingo:




Madame Flaubert, de Antonio Mello

Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...