Madame Flaubert, romance de Antonio Mello (do Blog do Mello), lançado pela PublisherBrasil (do Renato Rovai)

Aqui ao lado, você pode ver a reprodução da capa de meu terceiro livro publicado, o romance Madame Flaubert, editado pela Publisher. A seguir, o texto que fiz para as orelhas do livro:






Bem-vind@ a Madame Flaubert.

Desde criança, minha paixão sempre foi escrever. E não ter medo de chavões, caso eles sejam verdadeiros, como na frase anterior.
Tenho dificuldade de falar em público, de me concentrar (especialmente se houver música) e de me comportar segundo as etiquetas.
No entanto, até esses meus mais de 50 anos de vida, vivi assim, ironicamente (uma de minhas frases prediletas é “Deus é ironia”), de fazer o que mais tenho dificuldade.
Como publicitário e marqueteiro político, na maioria das vezes vendi sonhos que nunca foram meus.
Mas também descobri qualidades minhas que nunca viriam à tona se não fosse pela força da necessidade. Aqui, coloco o jinglista premiado e procurado que sou - embora não toque instrumento algum, assim como não consigo andar de bicicleta ou dirigir automóveis (mas sou excelente co-piloto... rsrs).
MADAME FLAUBERT é, seguindo esse estranhamento, um bildungsroman, um romance de iniciação, embora eu tenha publicado com relativo sucesso o livro de contos “A Metáfora de Drácula”, há mais de 30 anos, em 1982, pela antiga e prestigiada Livraria José Olympio Editora, o que muito me orgulha. E depois um maldito (no bom sentido) “A Fome e o Medo”, em 1999.
Este livro é também o primeiro de uma trilogia, que tem como personagem principal o estranho Antônio C. Nele, trabalho a construção do romance, e é possível, a um observador atento, subir degrau a degrau essa montagem.
O segundo, que devo concluir até o final do ano, vai se chamar “Maravilhoso Mundo das Mulheres”, e, nele, a trama tenta ser protagonista, embora a forma literária imponha seus gloriosos limites.
O terceiro ainda está por se construir, mas tem título e provocação literários: Vai se chamar “Afinal, o que elas querem?”, que chupei de uma famosa frase atribuída a Freud. Uma investigação sobre essas criaturas que tanto nos (ou, pelo menos, me) fascinam: as mulheres.
Tenho um blog que não trata de nada disso, mas de política, o Blog do Mello, que completou agora neste 2013 oito anos. E que também me dá muito prazer e me trouxe novos amigos.
O que espero que este romance também possa produzir, ao menos, como diria Antônio C., “pelo prazer de encaixar as palavras umas nas outras, esse roçar erótico de letras e sentenças”.

Aguardo leitura e comentários de vocês, e também uma ajuda na divulgação, como diz o cabeçalho do blog, remando contra a maré.

O livro já está à venda no site da editora Publisher, por apenas R$ 30 e com frete grátis para todo o Brasil. Clique aqui ou no banner abaixo para conhecer um pouco mais do livro e também efetuar seu pedido.


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Declaración final XIX Encuentro del Foro de São Paulo


Logo-XIX Encontro-Foro-de-Sao-Paulo

PROFUNDIZAR LOS CAMBIOS Y ACELERAR LA INTEGRACIÓN REGIONAL
Nosotras y nosotros, delegadas y delegados presentes al XIX Encuentro del Foro de São Paulo, realizado entre los días 31 de julio y 4 de agosto de 2013, ratificamos más que nunca nuestra disposición de hacer frente a los desafíos que surgen a partir de la grave situación internacional, conscientes de que la unidad en la reflexión y en la acción es fundamental para avanzar en los cambios democráticos y vencer los actuales ataques del imperialismo y de la derecha.
Sin embargo, desde el final del siglo XX está en curso un proceso de cambios en nuestra región que ofrece esperanzas y alternativas para este mundo en crisis, al desarrollar políticas de gobierno que navegan contra la corriente del neoliberalismo, al promover medidas contra cíclicas en la economía y de inclusión social de millones de personas que anteriormente vivían en la miseria. América Latina y el Caribe en su conjunto viven hoy no sólo una época de cambios, sino un cambio de época, que implica transformaciones de la propia estructura de nuestras sociedades.
Este ciclo político ha forjado la unidad y la integración latinoamericana y caribeña, a través de mecanismos múltiples y complementarios que, al profundizar y converger, podrán promover condiciones más favorables al curso de nuestros proyectos nacionales de desarrollo, en un sistema internacional en transición, cuyo desenlace es incierto. Este proceso de cambios en el mundo todavía no está consolidado y tendrá un largo camino, pero frente a la crisis del sistema, la construcción de alternativas representa nuestras oportunidades para colocar el debate político de la izquierda latinoamericana y caribeña, así como de nuestros gobiernos, en nuevos niveles. Leia o restante deste artigo »
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Fornecer informações sobre eleitores é inaceitável, diz Cármen Lúcia




Brasília – A presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse hoje (7) que o fornecimento de informações sobre eleitores brasileiros a uma empresa privada é inaceitável. Desde o dia 23 de julho, está em vigor um acordo firmado entre o TSE e a empresa de proteção ao crédito Serasa Experian que prevê fornecimento e validação de dados que pode alcançar os 144 milhões de eleitores brasileiros.

“Compartilhamento de informações nós não aceitamos de jeito nenhum, nem para fins judiciais, às vezes, que não sejam explicados. Mas, realmente, isso não é aceitável”, disse a ministra, no intervalo da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta tarde.

O acordo com a Serasa foi assinado pela então corregedora-geral de Justiça, Nancy Andrighi, e mantido pela atual corregedora, Laurita Vaz. Cármen Lúcia ainda disse que vai consultar  Laurita Vaz para obter informações mais detalhadas sobre o assunto.
A presidenta do TSE achou “estranho” o fato de o assunto não ter sido levado a plenário pela então corregedora da Corte. “Quando há uma situação dessa natureza, se faz um processo e se leva ao plenário. Não sei porque desta vez isso não foi feito, levaram direto ao diretor como se fosse uma situação definida”.
Mesmo apresentando ressalvas à situação, Cármen Lúcia ressaltou que a corregedoria é “órgão sério” e que não vê nenhuma irregularidade. “Imagino isso que deva ter sido feito um estudo e eles se precipitaram talvez”, analisou. A ministra ainda informou que, embora o acordo com a Serasa já tenha sido publicado, nenhuma informação foi disponibilizada até o momento.
Débora Zampier Repórter da Agência Brasil  - Edição: Juliana Andrade
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Feitiço contra feiticeiros no STF



Após quatro meses de espetáculo pela TV, a notícia é que alguns ministros do STF estão com medo de rever seus votos no julgamento do mensalão

Por Paulo Moreira Leite*


Às vésperas da retomada do julgamento da Ação Penal 470, quando o STF irá examinar os recursos dos 25 condenados, o ambiente no tribunal é descrito da seguinte forma por Felipe Recondo e Débora Bergamasco, repórteres do Estado de S. Paulo, com transito entre os ministros: 

“(...) há ministros que se mostram ‘arrependidos de seus votos’ por admitirem que algumas falhas apontadas pelos advogados de defesa fazem sentido. O problema (...) é que esses mesmos ministros não veem nenhuma brecha para um recuo neste momento. O dilema entre os que acham que foram duros demais nas sentenças é encontrar um meio termo entre rever parte do voto sem correr o risco de sofrer desgaste com a opinião pública.”

Pois é, meus amigos. 

Após quatro meses de espetáculo pela TV, a notícia é que alguns ministros do STF estão com medo. Não sabem como “encontrar um meio termo entre rever parte de seu voto sem correr o risco de sofrer desgaste com a opinião pública.”

É preocupante e escandaloso. 

Não faltam motivos muito razoáveis para um exame atento de recursos. Sabe-se hoje que provas que poderiam ajudar os réus não foram exibidas ao plenário em tempo certo. Alguns acusados foram condenados pela nova lei de combate à corrupção, que sequer estava em vigor quando os fatos ocorreram – o que é um despropósito jurídico. Em nome de uma jurisprudência lançada à última hora num tribunal brasileiro, considerou-se que era razoável “flexibilizar as provas” para confirmar condenações, atropelando o direito à ampla defesa, indispensável em Direito. Centenas de supressões realizadas pelos ministros no momento em que colocavam seus votos no papel, longe das câmaras de TV, mostram que há diferença entre o que se disse e o que se escreveu. 

O próprio Joaquim Barbosa suprimiu silenciosamente uma denúncia de propina que formulou de viva voz, informação errada que ajudou a reforçar a condenação de um dos réus, sendo acolhida e reapresentada por outros ministros. 

Eu pergunto se é justo, razoável – e mesmo decente – sufocar esse debate. Claro que não é. 

É perigoso e antidemocrático, embora seja possível encher a boca e dizer que tudo o que os réus pretendem é ganhar tempo, fazer chicana. Numa palavra, garantir a própria impunidade. 

Na verdade estamos assistindo ao processo em que o feitiço se volta contra o feiticeiro. E aí é preciso perguntar pelo papel daquelas instituições responsáveis pela comunicação entre os poderes públicos e a sociedade – os jornais, revistas, a TV. 

O tratamento parcial dos meios de comunicação, que jamais se deram ao trabalho de fazer um exame isento de provas e argumentos da acusação e da defesa, ajudou a criar um clima de agressividade e intolerância contra toda dissidência e toda pergunta inconveniente.

Os réus foram criminalizados previamente, como parte de uma campanha geral para criminalizar o regime democrático depois que nos últimos anos ele passou a ser utilizado pelos mais pobres, pelos eternamente excluídos, pelos que pareciam danados pela Terra, para conseguir alguns benefícios – modestos, mas reais -- que sempre foram negados e eram vistos como utopia e sonho infantil. 

(A prova de que se queria criminalizar o sistema, e não corrigir seus defeitos, foi confirmada pelo esforço recente para sufocar toda iniciativa de reforma política, vamos combinar.)

No mundo inteiro, os tribunais de exceção consistem, justamente, num espetáculo onde a mobilização é usada para condicionar a decisão dos ministros. 

“Morte aos cães!”, berravam os promotores dos processos de Moscou, empregados por Stalin para eliminar adversários e dissidentes. 

Em 1792, no Terror da Revolução Francesa, os acusados eram condenados sumariamente e guilhotinados em seguida, abrindo uma etapa histórica conhecida como Termidor, que levou à redução de direitos democráticos e restauração da monarquia. 

No Brasil de 2013, a pergunta é se os ministros vão se render ao medo.

*Jornalista da revista IstoÉ
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