Com grosseria que cometeu com a presidenta Dilma, diante do Papa, Joaquim Barbosa mostra que saiu da pobreza, mas a pobreza não saiu dele



Indesculpável, sob qualquer ponto de vista, a grosseria, a desfeita pública que o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, cometeu com a presidenta Dilma, conforme pode ser verificado no vídeo acima.

Barbosa foi ao encontro do Papa, enquanto Dilma o apresentava. O ministro cumprimentou o Papa, disse-lhe algumas palavras, e saiu, passando diante da presidenta sem cumprimentá-la ou sequer olhar para ela.

O ministro deu a prova final de que é um homem completamente despreparado para o alto cargo que ocupa. Um ressentido mórbido, a um passo da psicopatia.

Hoje, ele é o presidente da mais alta Corte do Brasil, mas continua preso a alguma humilhação da infância, verdadeira ou apenas sentida e ressentida. É um homem rico, que acaba de comprar um apartamento de US$ 1 milhão em Miami. Mas continua pobre de marré, marré, marré.

Ministro, em vez do apartamento em Miami, que só vai aumentar seu ressentimento, procure ajuda de um profissional. O ressentimento é como o atual time do Flamengo, uma merda. O senhor hoje é poderoso, rico, mas a pobreza continua entranhada, envolta em ressentimento. E guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra (Shakespeare).

Quem sabe, um dia o senhor vai ter a altivez da presidenta, que engoliu sua desfeita e colocou a importância de seu cargo à frente de sua grosseria.



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Peleja do Blog do Mello com o senador Álvaro Dias em torno da Privataria Tucana em São Paulo (parte I)

Ontem, eu e o senador tucano Álvaro Dias (aquele que certa vez saiu do PSDB para o PDT e, em discurso no Senado, disse que PSDB exige fidelidade à corrupção”) sobre o Propinoduto Tucano em São Paulo revelado pela multinacional alemã Siemens ao CADE. Reproduzo a segui o diálogo que travamos via Twitter:


BdoM - P q até agora V.Excia não está colhendo assinaturas p/ uma CPI do Propinoduto Tucano em SP? http://t.co/0l2mkKePBa Hipócrita

AD - Porque não sou deputado estadual de SP 

BdoM - Mas esquema funcionou tb em Brasília. E MP da Bahia tb investiga

BdoM - Mas, qual sua opinião sobre esquema q atravessa todos os gov tucanos?

BdoM - Mas, o senhor leu a reportagem? Corrupção teria vindo de Mario Covas a Alckmin, passando por Serra. Denúncia da Siemens ao CADE

AD - Toda denúncia deve ser investigada em respeito a população. As explicações são necessárias em qualquer situação ou partido

BdoM - Investigação já foi feita pelo CADE. Siemens revelou esquema "em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos"

AD - Não li ainda.

BdoM - Aqui o link direto para reportagem da IstoÉ http://t.co/0l2mkKePBa Gostaria de sua opinião

AD - Já disse. Aguardo explicações. Reportagem não autoriza pré-julgamento. 

BdoM - Mas, quantas vezes o senhor sugeriu até criação de CPIs a partir de reportagens? Mudou de ideia agora quando é o PSDB de SP? 

BdoM - Aqui, o sr defende a abertura de uma CPI dos hospitais públicos,a partir de uma reportagem do Fantástico http://t.co/krSDxHFYvg  

AD - Propus a CPI da saúde pra investigar o caos nacional. Governos estaduais, municipais e o da União também seriam alcançados 

 BdoM - Ñ seria o mesmo agora? Esquema funcionou em SP, DF e há suspeitas na BA. Se corrompe há 20 anos em SP, p q ñ em outros estados? 

AD - Não cansei. Continuo defendendo a CPI.

BdoM - Denúncia CADE-Siemens atinge principalmente PSDB-SP, mas tb o DF, e tem verba do BNDES, p q não a CPI do Propinoduto Tucano?

BdoM - Mas, quantas vezes o senhor sugeriu até criação de CPIs a partir de reportagens? Mudou de ideia agora quando é o PSDB de SP?

AD - Ao Congresso cabe realizar a CPI BNDES- todos os empréstimos devem ser investigados

BdoM - Deveria aproveitar a revelação do propinoduto tucano pela Siemens, investigar governadores e partir para ver tentáculos no BR 

(A Peleja parou por aí. Coloquei Parte I no título porque tenho esperança de que ela prossiga, para que possamos entender por que o rei das convocações de CPI, quando se trata de possíveis malfeitos (para usar uma expressão da presidenta Dilma) do governo ou do PT,  agora está tão reticente com o escândalo denunciado pela multinacional Siemens de corrupção continuada dos governos do PSDB de São Paulo (de Covas a Alckmin, passando por José Serra))

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Propinoduto Tucano - Grave denúncia!

Os governos tucanos de Mario Covas, Geraldo Alckmin
José Serra (acima) nada fizeram para conter o esquema de corrupção
O esquema que saiu dos trilhos

Um propinoduto criado para desviar milhões das obras do Metrô e dos trens metropolitanos foi montado durante os governos do PSDB em São Paulo. Lobistas e autoridades ligadas aos tucanos operavam por meio de empresas de fachada. (Revista IstoÉ)

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Jornal Nacional, O Globo e Folha ignoram propinoduto tucano em SP. Estadão dá uma notinha envergonhada e sem vergonha


Imagem copiada da reportagem da IstoÉ, link abaixo


Tem gente que não acredita no PIG. Tem gente que não acredita que eles trabalhem em conjunto, na base do um por todos, todos por um. Vou falar exatamente pra esse pessoal.

- Vocês leram reportagem da IstoÉ desta semana em que a multinacional alemã Siemens confessa esquema de corrupção em São Paulo, que atravessa todos os governos tucanos, de Mauro Covas a Alckmin, passando por José Serra?

Ao assinar um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a multinacional alemã Siemens lançou luz sobre um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos, a empresa revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área de transporte sobre trilhos. Para vencerem concorrências, com preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs durante os governos tucanos em São Paulo – confessaram os executivos da multinacional alemã –, os empresários manipularam licitações e corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de alto escalão. O problema é que a prática criminosa, que trafegou sem restrições pelas administrações de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, já era alvo de investigações, no Brasil e no Exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi tomada por nenhum governo tucano para que ela parasse. Pelo contrário. Desde que foram feitas as primeras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo. O Ministério Público da Suíça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom – que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em contrapartida a contratos obtidos. Somente o MP de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre o tema. Agora, diante deste novo fato, é possível detalhar como age esta rede criminosa com conexões em paraísos fiscais e que teria drenado, pelo menos, US$ 50 milhões do erário paulista para abastecer o propinoduto tucano, segundo as investigações concluídas na Europa. [íntegra da reportagem aqui]

Pois Jornal Nacional, O Globo e a Folha não acharam que seu público necessitasse dessa informação. Um escândalo de corrupção, denunciado por uma multinacional alemã ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para os brimos piguentos não é notícia.

O Estadão ainda tentou salvar a pele, com uma notinha de título melífluo e conteúdo ralo, com apenas 1500 caracteres, com espaço [confira aqui].

Uma entrevista com Alckmin, ou Serra, nada.

Pergunto a você que é fã desses veículos: E se fosse São Paulo governado esse tempo todo pelo PT e não pelo PSDB, o comportamento seria o mesmo?

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"Anota aí: eu sou ninguém"




Por Peter Pál Pelbart*

Slavoj Zizek reconheceu no "Roda Viva" que é mais fácil saber o que quer uma mulher, brincando com a "boutade" freudiana, do que entender o Occupy Wall Street.

Não é diferente conosco. Em vez de perguntar o que "eles", os manifestantes brasileiros, querem, talvez fosse o caso de perguntar o que a nova cena política pode desencadear.

Pois não se trata apenas de um deslocamento de palco - do palácio para a rua -, mas de afeto, de contaminação, de potência coletiva. A imaginação política se destravou e produziu um corte no tempo político.

A melhor maneira de matar um acontecimento que provocou inflexão na sensibilidade coletiva é reinseri-lo no cálculo das causas e efeitos. Tudo será tachado de ingenuidade ou espontaneismo, a menos que dê "resultados concretos".

Como se a vivência de milhões de pessoas ocupando as ruas, afetadas no corpo a corpo por outros milhões, atravessados todos pela energia multitudinária, enfrentando embates concretos com a truculência policial e militar, inventando uma nova coreografia, recusando os carros de som, os líderes, mas ao mesmo tempo acuando o Congresso, colocando de joelhos as prefeituras, embaralhando o roteiro dos partidos - como se tudo isso não fosse "concreto" e não pudesse incitar processos inauditos, instituintes!

Como supor que tal movimentação não reata a multidão com sua capacidade de sondar possibilidades? É um fenômeno de vidência coletiva - enxerga-se o que antes parecia opaco ou impossível.

E a pergunta retorna: afinal, o que quer a multidão? Mais saúde e educação? Ou isso e algo ainda mais radical: um outro modo de pensar a própria relação entre a libido social e o poder, numa chave da horizontalidade, em consonância com a forma mesma dos protestos?

O Movimento Passe Livre, com sua pauta restrita, teve uma sabedoria política inigualável. Soube até como driblar as ciladas policialescas de repórteres que queriam escarafunchar a identidade pessoal de seus membros ("Anota aí: eu sou ninguém", dizia uma militante, com a malícia de Odisseu, mostrando como certa dessubjetivação é condição para a política hoje. Agamben já o dizia, os poderes não sabem o que fazer com a "singularidade qualquer").

Mas quando arrombaram a porteira da rua, muitos outros desejos se manifestaram.

Falamos de desejos e não de reivindicações, porque estas podem ser satisfeitas. O desejo coletivo implica imenso prazer em descer à rua, sentir a pulsação multitudinária, cruzar a diversidade de vozes e corpos, sexos e tipos e apreender um "comum" que tem a ver com as redes, com as redes sociais, com a inteligência coletiva.

Tem a ver com a certeza de que o transporte deveria ser um bem comum, assim como o verde da praça Taksim, assim como a água, a terra, a internet, os códigos, os saberes, a cidade, e de que toda espécie de "enclosure" é um atentado às condições da produção contemporânea, que requer cada vez mais o livre compartilhamento do comum.

Tornar cada vez mais comum o que é comum - outrora chamaram isso de comunismo.

Um comunismo do desejo. A expressão soa hoje como um atentado ao pudor. Mas é a expropriação do comum pelos mecanismos de poder que ataca e depaupera capilarmente aquilo que é a fonte e a matéria mesma do contemporâneo - a vida (em) comum.

Talvez uma outra subjetividade política e coletiva esteja (re)nascendo, aqui e em outros pontos do planeta, para a qual carecemos de categorias. Mais insurreta, de movimento mais do que de partido, de fluxo mais do que de disciplina, de impulso mais do que de finalidades, com um poder de convocação incomum, sem que isso garanta nada, muito menos que ela se torne o novo sujeito da história.

Mas não se deve subestimar a potência psicopolítica da multidão, que se dá o direito de não saber de antemão tudo o que quer, mesmo quando enxameia o país e ocupa os jardins do palácio, pois suspeita que não temos fórmulas para saciar nosso desejo ou apaziguar nossa aflição.

Como diz Deleuze, falam sempre do futuro da revolução, mas ignoram o devir revolucionário das pessoas.


*Peter Pál Pelbart é  professor titular de filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, tradutor de Deleuze e autor de "Vida Capital".

** Pescado do Diário Gauche   http://diariogauche.blogspot.com.br/
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