Dilma e Haddad sofrem na pele as dificuldades de não serem políticos natos, como um Lula, um Brizola




Política não é para qualquer um. Você não acorda um belo dia e diz "vou ser prefeito de São Paulo" ou "presidente do Brasil".

Mas, às vezes, você é acordado por alguém com essa proposta. E, mesmo não sendo um político nato, daqueles que nasceram pra isso, você coloca o ego na mesa, dá dois beijinhos nele e pensa "por que não"?

Aí está a merda.

Se for eleito e tudo correr bem, segundo os ditames de seu tutor, você navega tranquilamente, toca a administração, e "vida que segue".

Mas, se dá uma merda... se há um imprevisto que dependa do faro político, da percepção do momento, de para onde estão indo as nuvens (para o político e dono do falecido Banco Nacional Magalhães Pinto a política se movimenta como as nuvens, numa hora de um jeito, em outra, de outro), nessa hora o sujeito percebe que ele não é o comandante do navio político e procura uma bússola para tirá-lo da enrascada.

Enquanto isso, o povo espera.

É o que me parece estar acontecendo com a presidenta Dilma e com o prefeito Haddad. Na hora do samba no pé, eles não estão sabendo falar com o povão que os elegeu.

No desfile das Escolas de Samba do Rio isso dá perda de pontos em vários quesitos...

Na política, pode dar merda...

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SP: A baderna é da polícia!





por Rodrigo Vianna*

Qual o nome para o que a Polícia Militar fez em São Paulo durante mais uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus e metrô?  Proibiu carros de som e megafones nas ruas, agrediu jornalistas e fotógrafos, encurralou manifestantes, atirou bombas a esmo, pisoteou a Democracia.

Desacostumado com manifestações públicas, o brasileiro aceitou a versão da velha mídia que, após os atos da semana passada,  classificou os manifestantes como simples “baderneiros”?

Dessa vez, quem tentou impedir uma manifestação pacífica em São Paulo? Como se pode nomear as cenas protagonizadas pela polícia (e devidamente registradas e espalhadas em tempo real pelas redes sociais)? Baderna ou barbárie?

A polícia tentou cercear o direito à manifestação. Atacou a liberdade de expressão. Isso se chama “subversão”. Sim, a PM paulista subverteu a ordem democrática.

A Polícia Militar foi baderneira e subversiva!

E pra completar: manifestantes foram presos com base numa lei que trata ativistas sociais como “quadrilheiros”. O mais chocante: o PT e outros partidos de esquerda, as centrais sindicais mais representativas e os movimentos sociais importantes estão ignorando a garotada que foi pra rua enfrentar a barbárie. É preciso dizer: não aceitamos que o governador de São Paulo trate manifestantes como “quadrilha”. Movimento social não é quadrilha. O próximo passo, disse-me há pouco o colega blogueiro Renato Rovai, é tratar movimento social como “terrorismo”.

Aliás, acompanhe cobertura ao vivo da Revista Fórum, sob coordenação do Rovai.

Alckmin tenta se cacifar junto ao conservadorismo paulista. Ele sabe bem o que está fazendo. É chocante ouvir por aí – na classe média supostamente bem educada – que “essa gente tem é que levar borachada”. É a base alckmista. Mas o mais chocante é perceber que o petismo e as bases lulistas ficam sem saber o que dizer. Talvez à espera do sinal dos “líderes”, à espera dos cálculos que submetem tudo, absolutamente tudo, à lógica eleitoral.

Humildemente, lembro que há questões inegociáveis. E uma delas é o direito à manifestação. Ah, mas esses atos são convocados por “radicalóides” do PSTU e do PSOL! Então, façamos com que sejam mais do que isso, mais amplos. Ah, mas há provocadores que vão pra rua depredar e atirar pedras! Ora, desde que o mundo é mundo, isso é assim. Não há manifestação com mais de 2 mil ou 3 mil pessoas em que não surja gente disposta apenas a tumultuar.

Mas volto a insistir. Manifestação não é baderna, nunca foi e nunca será. Baderna, isso sim, é polícia que dá tiro em manifestante ajoelhado, baderna é governador usar a cavalaria na avenida Paulista, baderna é partido de esquerda (ou, ao menos, com bases de esquerda) submeter-se à lógica eleitoral e não vir a público denunciar o fascismo social que se tenta implantar em São Paulo.

Isso tudo, sim, é baderna pura! É um Pinheirinho no centro de São Paulo. Um Pinheirinho na avenida Paulista.

Há erros na ação dos manifestantes? Parece que sim. Mas há um mérito inequívoco na atitude deles: retirar da letargia jovens que, na última década, foram acostumados com a idéia de que nenhuma ação coletiva faz sentido.

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"TEJE PRESO, VAGABUNDO"



Carteira Trabalho 300x204 Teje Preso Vagabundo!

Lembrei-me agora de mais uma imbecilidade dos tempos da Ditadura Militar.
Por pura arbitrariedade a polícia exigia dos jovens nas ruas, a qualquer momento a Carteira de Trabalho. Não bastava mostrar a carteira de estudante, tinha que ter Carteira de Trabalho, assinada, vigente, com emprego fixo, senão era autuado por vadiagem.
Ora, como um jovem de 18 anos, no Brasil de 40 anos atrás, quando os jovens de classe média primeiro estudavam pra depois ir trabalhar teriam Carteira de Trabalho e assinada?
Não tê-la quando solicitados nas ruas pelos gorilas fardados ou  não, era detenção certa. Levados , no Rio, para a Invernada de Olaria, junto com marginais de todas as espécies, enquanto a família e advogados corriam para tentar libertar o "criminoso" flagrado em "delito" pela arbitrariedade policialesca.
Isto nos levava a falsificar carteiras de trabalho, para escaparmos incólumes da estupidez dos agentes públicos da Segurança.
Em vez de coibir o crime,  a policia e os militares de plantão incentivavam a falsidade ideológica, crime este previsto no Código Penal.
Esta pequena nota pode dar á nova geração uma mínima ideia da perversão que vivemos neste País por 21 anos.
Todos os valores invertidos, pervertidos, em nome da "democracia", a tão sonhada "democracia" que tinha que ser imposta por torturas e assassinatos em nome do Mundo Livre.
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Demissão da vice-procuradora-geral da República, um ato autoritário e violento




'Aproveitando a tramitação da PEC 37 - com votação pautada para o próximo dia 26 na Câmara dos Deputados -, é hora de fazer um balanço dos serviços prestados ao país pelo MP e de seu papel. E com o mesmo rigor que o MP atua e investiga os cidadãos e demais instituições, colocá-lo sob controle externo, dar transparência a seu orçamento, aos salários e vantagens, auxílios e privilégios que recebem seus integrantes, para rever seu papel constitucional e retomar a letra e o espírito da Constituição de 1988 que o criou.'

A demissão de vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, pelo Procurador-Geral, Roberto Gurgel, às vésperas da saída dele do cargo (em agosto próximo), com a lista de candidatos à sua sucessão já escolhidos e que inclui a exonerada, só expressa a que ponto chegou a gestão do dr. Gurgel, a degradação do Ministério Público Federal (MPF) e o quanto essa instância da máquina pública transformou-se em um instrumento de luta politica e partidária.

Politização e partidarização que começaram, aliás, há sete anos, quando da elaboração e daapresentação pelo Procurador-Geral anterior, Antônio Fernandes, da denúncia que levou à Ação Penal 470, o chamado mensalão, recém julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ali, naquela ação da Procuradoria-Geral da República (PGR), a autonomia e a independência do MPF foram enterradas.


Não pela denúncia em si, mas pelo caráter político dela e por ter cedido a pressões da oposição e da mídia - o que seria uma regra em todo processo da AP 470 - para transformá-la naquilo que ficou conhecido como mensalão. Transformá-la na acusação de que houve compra de parlamentares com dinheiro público, formação de quadrilha, corrupção, peculato, lavagem de dinheiro, numa denúncia e num julgamento eminentemente políticos.

Abusos de autoridades, cooptações, capturas, invasões de atribuições...

Os abusos de autoridade, a cooptação e captura dos ministérios públicos estaduais (MPEs) por governadores e partidos, a invasão de atribuições constitucionais das polícias, a criação dos Procedimentos de Investigação Criminal (PICs), verdadeiros inquéritos policiais militares (IPMs) da época da ditadura, tudo tem origem ou foi reforçado a partir dali.

Como o foram a violação do segredo de justiça, colocado a serviço de certos meios de comunicação e da disputa politica partidária; o uso indiscriminado, a banalização, o abuso e o descontrole total sobre escutas telefônicas e sobre os aparelhos de escuta, os famosos Guardiões; as pressões e chantagens sobre membros do Poder Legislativo para cassar parlamentares investigados, antes do pronunciamento da justiça; e o uso da própria instituição Ministério Público e de sua atuação e ação para pressionar o Congresso Nacional a não votar a PEC 37, que disciplina a ação do MP.

Foi este uso, inclusive, que levou à realização pelo MP de uma operação nacional de buscas, apreensões e prisões com o objetivo declarado pela boca do próprio PGR, dr. Roberto Gurgel, de levar o Congresso a rejeitar a PEC 37. São todas estas ações, atos e fatores que levaram à situação atual de degradação do MPF.

Uma aliança espúria MP-oposição-parte da mídia

Levaram à situação de lutas internas fraticidas, de ataques pessoais, na qual criou-se uma aliança espúria entre o MP, a oposição e certa mídia, que busca defender o indefensável, a pretexto de combater a corrupção e a impunidade, escondendo os problemas e os impasses do MPF - instituição, destaque-se  indispensável à democracia e à justiça.

Aproveitando a tramitação da PEC 37 - com votação pautada para o próximo dia 26 na Câmara dos Deputados -, é hora de fazer um balanço dos serviços prestados ao país pelo MP e de seu papel. E com o mesmo rigor que o MP atua e investiga os cidadãos e demais instituições, colocá-lo sob controle externo, dar transparência a seu orçamento, aos salários e vantagens, auxílios e privilégios que recebem seus integrantes, para rever seu papel constitucional e retomar a letra e o espírito da Constituição de 1988 que ocriou.

Que se impeça, então, o uso politico do MP expresso de forma nua e crua na ação do PGR Roberto Gurgel,  que age seguro de que não responderá a ninguém pelos seus atos. Atua seguro da impunidade. Com a palavra o Senado Federal da Republica e os partidos políticos.(por José Dirceu)

*Via http://www.zedirceu.com.br

Foto: Gurgel, Demóstenes e outros 'líderes oposicionistas'
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Luto

Dilma lamenta morte de Jacob Gorender

Foi com tristeza que recebi a notícia da morte do amigo e companheiro Jacob Gorender. Autor de duas obras clássicas da historiografia brasileira, O Escravismo Colonial e Combate nas Trevas, Gorender foi um pensador do Brasil. Não teve medo das polêmicas intelectuais, assim como não teve medo de defender suas ideias, mesmo pagando o pior dos preços.
Nós nos conhecemos presos no Dops, em São Paulo. Ele estava convalescente de torturas e foi conselheiro importante em um momento crucial na minha vida.
Aos familiares, amigos e admiradores, deixo as minhas condolências e homenagens a este grande brasileiro.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

*Via Blog do Planalto
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