Assassinato, incêndio, sexo, drogas farão 'mensalão' tucano bombar mais do que caso Eliza Samúdio

Se o chamado "mensalão" da Ação Penal 470 despertou debates e manchetes nos meios políticos e jurídicos, o "mensalão" tucano tem todos os ingredientes para bombar também nas páginas policiais dos jornais e telejornais populares.

Em 2013 começa a hora do pesadelo para o tucanato. Apesar do "mensalão" tucano ter menos réus e mais amigos no STF, e da velha imprensa preferir varrê-lo para baixo do tapete, o escândalo tem ingredientes daqueles de despertar interesse de jornais e programas televisivos populares, do tipo que fazem o Datena e o Ratinho. Assim como o caso Eliza Samúdio, acabará por pautar o Jornal Nacional e o Fantástico, mais cedo ou mais tarde.

Um dos tristes ingredientes é o caso da modelo assinada. Para o advogado da família da vítima, ela era arquivo vivo do mensalão tucano:



Inquérito 3530/STF apura incêndio criminoso contra Nilton Monteiro e familiares

http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoDetalhe.asp?incidente=4302755
C S DE A – Clésio Soares de Andrade – Senador PMDB
E B A – Eduardo Brandão Azeredo – Deputado Federal PSDB
J E F – Joaquim Engler Filho – Advogado
M B E – Maurício Brandão Ellis – Perito do Instituto de criminalística MG
J I F M – José Inácio Francisco Muniz – Advogado
A C V G – Andréa Cássia Vieira Guerra – Ex-sócia de Monteiro
R D DA R – Ricardo Drumond da Rocha – Advogado
W S DOS M G – Walfrido Silvino dos Mares Guia –  dirigente do PSB
Nilton Monteiro é um arquivo vivo sobre os malfeitos da turma do PSDB. Esteve envolvido em coisas das campanhas tucanas de 1998 e 2002. Depois de desentendimentos com o tucanato, denunciou a lista de Furnas (um caixa-2 tucano das eleições de 2002) e uma outra lista atribuída a Marcos Valério, de 1998. Nesta lista de 1998, a modelo assassinada aparece como emissária de R$ 1,8 milhão para o tucanato mineiro. Valério nega, a Polícia Federal investiga.

Perigoso demais, Monteiro passou a ser perseguido pelo tucanato de Minas desde o governo Aécio Neves. Setores da polícia civil de Minas o submeteu a um polêmico inquérito, não para investigar suas denúncias, mas para prendê-lo sem nenhuma condenação e desacreditá-lo, com características arbitrárias e de intimidação. Suspeita-se (inclusive através de gravações entre advogados e burocratas tucanos) que Monteiro só não teve o mesmo destino da modelo, devido a investigação paralela da Polícia Federal, onde ele entregou boa parte da documentação em seu poder, o que ajudou a instruir inquérito e processo da Lista de Furnas e ligados ao mensalão tucano.

Um incêndio criminoso na casa de Nilton Monteiro provocou explosões cinematográficas de carros, ameaçou a vida de 9 pessoas, sendo que uma delas ficou 40 dias na CTI. Resultou no inquérito 3530 no STF, investigado pelo Polícia Federal e movido pelo Ministério Público de Minas Gerais, sob relatoria do ministro Joaquim Barbosa. No inquérito, são investigados o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e outros demotucanos, como supostos mandantes, financiadores ou envolvidos no atentado.

Sexo, drogas e crimes

O advogado Joaquim Engler Filho participou do grupo operacional das campanhas do tucanato mineiro. Gravou pelo menos 21 encontros que participou (e já encaminhados a Joaquim Barbosa). Há conversas de baixíssimo nível sobre sexo e drogas, envolvendo o nome de um importante senador e ex-governador tucano de Minas (é exatamente quem vocês estão imaginando), porém, como os diálogos são impressão pessoal dos interlocutores, sem que tenham testemunhado nada, não chega a ter valor de prova. O que é muito mais grave são as conversas que giram em torno de mandantes de crimes, assassinatos, uso de policiais ligados a grupos de extermínio, subornos e acordos políticos com altas autoridades do poder judiciário, controle dos meios de comunicação. Quem leu as degravações (a primeira até a sétima foram vazadas para internet aqui ou aqui), fica com a desalentadora impressão de que em Minas Gerais está tudo dominado pelo crime organizado entranhado nos poderes, e precisa de uma Operação Mãos Limpas semelhante a feita na Itália nos anos 80/90 (aliás, coisa já percebida há anos pelas pessoas bem informadas que acompanham a política de Minas).

A verdade é que o mensalão tucano tem tudo para ser aquilo e mais um pouco do que a Globo e a Veja queriam que fosse a Ação Penal 470.

Quem conseguirá conter José Serra?

Por mais que FHC e Aécio Neves (PSDB-MG) telefonem para as redações dos jornalões e TV`s dizendo para não publicarem nada, não haverá como esconder tanta sujeira debaixo do tapete, já que a blogosfera se encarregará de divulgar as informações que a Globo, Veja, Folha, Estadão e assemelhados escondem.

Mas, além da blogosfera, há um ingrediente a mais que tira o sono dos tucanos. Conhecedores do método de José Serra (PSDB-SP) para afastar seus concorrentes dentro do próprio partido, quem irá contê-lo, diante de dossiês tão fartos contra seu aqui-inimigo Aécio Neves?
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A OUTRA TESE DO MENSALÃO E O JULGAMENTO DE EXCEÇÃO

“Desde 2006, a grande mídia conservadora tem disparado que nunca antes na história deste país observamos um esquema como o do chamado “mensalão” (Ação Penal 470), considerado por essa mesma mídia como o “maior escândalo político da história da República”.


Por Joanne Mota

Em ‘A Outra Tese do Mensalão’, de Antônio Carlos Queiroz, Lia Imanishi Rodrigues e Raimundo Rodrigues Pereira, os autores apresentam aos leitores uma revisão do chamado “escândalo do mensalão”. Ao longo de suas 159 páginas, divididas em quatro artigos, os autores apontam, com fortes depoimentos, como o chamado “mensalão” foi construído pela mídia e está sendo sacramentado no Supremo Tribunal Federal (STF), no que é chamado de “julgamento de exceção”.

Com entrevistas realizadas com os principais personagens do caso, o livro esmiúça os pormenores da “Ação Penal 470” e demonstra como o então presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson – criador da marca “mensalão” – articulou suas duas espetaculares entrevistas, em 2005, que denotaram todo o [ainda suposto] esquema. O livro também mostra como, inicialmente, Jefferson tentou incriminar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas, subitamente, mudou de ideia e transferiu toda a sua fúria para José Dirceu.

Em um dos artigos publicados na obra, também observamos como o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos (Carlinhos Cachoeira) – preso, no início deste ano, durante a “Operação Monte Carlo” da Polícia Federal – está ligado ao escândalo, seja pela gravação [e fornecimento] dos vídeos que deram origem às investigações, seja pelo envolvimento do contraventor no esquema de publicações que mantinha com o editor da sucursal da revista “Veja” em Brasília.

O ponto-chave do livro é mostrar como a grande mídia conservadora se impõe no debate e pressiona o Supremo Tribunal Federal a deixar de lado o que consta nos autos e ir além dos delitos cometidos. Como os autores bem colocam, “procura-se impor a tese de que foi compra de votos o que ocorreu e não o delito de ‘caixa dois’, mais do que comprovado e confessado pelos réus”. Ao longo do texto, fica claro que os personagens que compõe esse enredo esquecem que “a verdade mora num poço e não é fácil de achá-la” e, nesse caso, as verdades são construídas a partir de uma corrente única, com partido, ideologia e projeto de nação.

Até a última página do livro, os autores expressam que o sentido do espetáculo [no STF], que custou a publicização de 53 sessões do julgamento da Ação Penal 470, é claramente político[/partidário].

Nesse sentido, mais do que nunca é preciso garantir os princípios do Estado Democrático de Direito, e fazer valer um julgamento justo baseado em provas, e não um julgamento de exceção.

Por fim, em tempos de discussão pela reforma política e por transparência, nunca foi tão atual pensar e lutar por financiamento público de campanha."

FONTE: escrito por Joanne Mota, jornalista e pós-graduanda em “Globalização e Cultura” pela “Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo” (Fesp-SP). Publicado na Revista “Princípios”. Transcrito no portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=202331&id_secao=1).
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BRASILEIRO SEGUE OTIMISTA COM ECONOMIA, aponta Datafolha

[OBS deste blog ‘democracia&política’: o jornal tucano “Folha de São Paulo” publica resultado de pesquisa do seu instituto Datafolha. A notícia abaixo informa isso, mas demonstra a decepção do jornal. Sua raiva e a continuação da tradicional pregação implícita do ‘quanto pior, melhor para os tucanos voltarem ao poder’ transparecem na redação do texto: inflação será mais alta em 2013; 2012 fraco; o "pibinho" decepcionante; desempenho pífio da economia etc].


Por Patrícia Campos Mello, da “Folha”:

“Datafolha mostra que, após um 2012 fraco, 44% acreditam em melhora neste ano, mas com inflação mais alta.


Para 57%, situação econômica pessoal vai progredir; otimismo é menor entre aqueles de maior renda.

O "pibinho" não abalou as expectativas dos brasileiros.

Apesar do desempenho pífio da economia em 2012, com crescimento que deve ficar abaixo de 1%, quase metade dos brasileiros acredita que a economia do país vai melhorar nos próximos meses.

Esse otimismo moderado apareceu em pesquisa nacional feita pelo Datafolha em 13 de dezembro, em 160 municípios. Para 44% dos 2.588 entrevistados, a economia vai melhorar; 38% acreditam que ficará como está e 13% acham que vai piorar. Não opinaram 5%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Em janeiro de 2012, antes, portanto, do PIB decepcionante, a percepção dos brasileiros sobre o futuro da economia era praticamente a mesma: 46% achavam que ia melhorar, 13% apostavam em uma piora e 37% acreditavam que ficaria igual.

Os brasileiros com renda entre cinco e dez salários mínimos são os mais otimistas: 48% apostam na melhora da economia. Os mais pessimistas são os de maior renda (mais de dez salários mínimos) -16% acreditam que a situação vai piorar. A renda dos 10% mais pobres da população foi a que mais cresceu entre 2001 e 2009.

SITUAÇÃO PESSOAL

Os entrevistados se mostram esperançosos quanto à sua situação econômica. A maioria, 57%, acha que sua situação pessoal vai melhorar, enquanto 31% acreditam que ela não vai mudar. Apenas 8% dizem que vai piorar.

O desemprego tampouco desperta preocupações. A taxa medida pelo IBGE ficou em 4,9% em novembro, a menor para o mês desde 2002.

Segundo o Datafolha, 33% dos brasileiros acham que o desemprego vai diminuir; 31%, que vai ficar como está, e 33%, que vai subir -resultado semelhante ao da pesquisa de janeiro.

Mas o brasileiro se mostra mais receoso em relação à inflação, que deve ficar acima do centro da meta de 4,5% em 2012. Segundo última pesquisa do Banco Central de 2012, a estimativa de mercado é que o IPCA feche o ano em 5,71%. Segundo o Datafolha, 44% das pessoas acham que a inflação vai subir; 13%, que vai diminuir, e 37%, que vai ficar como está.”

FONTE: reportagem de Patrícia Campos Mello, da “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/86524-brasileiro-segue-otimista-com-economia.shtml) [Imagem e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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FELIZ 2013!

Por Benjamin Steinbruch

“O melhor hoje é lembrar as boas notícias de 2012, e não ficar apontando problemas e dificuldades para o ano.

Tenho a rara oportunidade -e a responsabilidade- de escrever neste espaço em 1º de janeiro. Num dia como este, não dá para ficar apontando problemas e citando dificuldades que o país vai enfrentar no exercício que se inicia. Afinal, as pessoas só pensam em desejar feliz ano novo e querem passar longe de aborrecimentos.

Então, imaginei que a melhor ideia seria lembrar notícias boas, que não deixassem ninguém preocupado nem nervoso com problemas e deficiências a superar.

A primeira lembrança que me veio à mente não é de economia, nem muito recente, mas de dez anos atrás. Em junho de 2002, a seleção brasileira ganhou sua última Copa do Mundo.

Num domingo de manhã, todos acordamos cedo, ligamos a televisão e lavamos a alma de verde-amarelo quando o segundo gol contra a Alemanha, de Ronaldo, garantiu o pentacampeonato. Foi um dia feliz. Esperamos revivê-lo no ano que vem, na Copa do Brasil. O competente Luiz Felipe Scolari vai dirigir a seleção e poderá repetir a proeza.

Lembrei-me disso porque uma boa notícia do ano que acabou foi a inauguração dos dois primeiros estádios brasileiros que serão usados na Copa: o Castelão, em Fortaleza, e o Mineirão, em Belo Horizonte. Nada mal. Essa conclusão, 18 meses antes da Copa, serve para aplacar críticas de quem sempre diz que o país não tem condição de sediar o megaevento de futebol.

Notícia alegre do ano foi também a da menina de sete anos, de Filadélfia, nos EUA, curada de um câncer por meio do uso de vírus HIV deficientes, causadores da Aids. Os médicos programaram geneticamente o vírus, inocularam-no na menina e a doença desapareceu. Um surpreendente resultado, que deixa esperanças sobre a descoberta da cura do câncer, uma das maiores aspirações da humanidade no século 21.

Também nos EUA, o brasileiro Alexandre Lopes foi eleito o melhor entre os 180 mil professores da rede estadual de ensino da Flórida e vai concorrer ao título de melhor professor dos EUA. Quem sabe ele possa nos ensinar e inspirar a melhorar a qualidade de nossas escolas públicas e privadas.

A população mundial ganhou mais de dez anos de esperança de vida. Em 187 países, os homens tinham expectativa de viver 56,4 anos, em média, em 1970. Hoje, são 67,5 anos. No caso das mulheres, o salto foi de 61,2 anos para 73,3 anos. O brasileiro nasce hoje com a esperança de viver 74 anos e 29 dias, três anos e sete meses a mais do que no ano 2000.

Notícia edificante também foi a do morador de rua Rejaniel Jesus dos Santos. Ele e a mulher encontraram um pacote com R$ 20 mil em notas de R$ 100, R$ 50, R$ 20 e R$ 10. O embrulho estava embaixo do viaduto, ao lado da cama improvisada em que dormiam. Ligaram para o 190 e entregaram o dinheiro à polícia, que o devolveu ao dono, um comerciante de São Paulo. Brasileiros simples e honestíssimos, foram recompensados.

O Rio de Janeiro deu continuidade ao projeto de pacificação de favelas, cujo principal objetivo é recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes de drogas e milicianos. No fim do ano passado, 28 favelas haviam sido devolvidas a seus moradores, pacificadas e com segurança pública. Até 2014, o número deve subir para 44.

Os juros básicos da economia brasileira fecharam o ano abaixo de dois dígitos. A taxa anual está em 7,25%, dois pontos acima da inflação, e não deve subir neste ano inteiro, segundo as previsões do próprio mercado. Um grande estímulo ao investimento produtivo.

O Brasil criou 1,77 milhão de empregos formais de janeiro a novembro do ano que terminou, apesar do fraco crescimento econômico. Nos últimos dez anos, o número de novas vagas atingiu 18,5 milhões. Em novembro, a taxa de desemprego no país era de 4,9%, uma das mais baixas do mundo.

É difícil encontrar notícia melhor do que essa última para a economia e o bem-estar do brasileiro. Então, termino com ela, não sem antes observar que, para cada um de nós, a boa notícia é a saúde e a felicidade de nossas famílias e a possibilidade de viver com dignidade, em paz e segurança. Tudo de muito bom a todos. Feliz 2013!

FONTE: escrito por Benjamin Steinbruch, empresário, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, presidente do conselho de administração da empresa e primeiro vice-presidente da FIESP. Artigo publicado na “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/86540-feliz-2013.shtml).
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DILMA FALA SOBRE INVESTIMENTOS NA EDUCAÇÃO, MODERNIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS E AEROPORTOS REGIONAIS

“Conversa com a Presidenta”, em 01/01/2013


Gildásio Brito dos Santos, 23 anos, professor em Barra do Corda (MA) - Presidenta Dilma, quando vai começar a construção dos aeroportos regionais? E a minha cidade irá receber um?

Presidenta Dilma – Gildásio, lancei o “Programa de Investimentos em Logística – Aeroportos” para melhorar a qualidade dos serviços e da infraestrutura aeroportuária que já existe no Brasil. Temos 720 aeroportos públicos e mais de 1.900 privados. Então, na maioria dos casos, não precisamos construir, mas ampliar e qualificar o que já existe. Na primeira fase, vamos investir R$ 7,3 bilhões para ampliar e reequipar 270 aeroportos regionais – com reforma e construção de pistas, melhorias em terminais de passageiros, ampliação de pátios, revitalização de sinalizações e de pavimentos, entre outros. No Maranhão, vamos investir R$ 270,5 milhões em 11 aeroportos, e um deles fica em sua cidade. No Nordeste, serão investidos R$ 2,1 bilhões em 64 aeroportos regionais. No caso de voos regionais estratégicos, para garantir a existência das linhas, vamos subsidiar a passagem, e os aeroportos que movimentem até 1 milhão de passageiros por ano serão isentos das tarifas aeroportuárias e aeronáuticas. Queremos fortalecer a malha aeroviária regional do Brasil, encurtar as distâncias, e garantir oportunidades de crescimento econômico e mais qualidade de vida para a população.

Alan Marcelo de Oliveira Santana, 19 anos, repositor de mercadorias de Chapecó (SC) - O Brasil está se preocupando bastante com a Copa e com as Olimpíadas. Por que, ao invés de gastar dinheiro com a Copa e Olimpíadas, não investir na educação?

Presidenta Dilma – Alan, a educação é nossa prioridade, pois é o passaporte para o Brasil se consolidar como nação desenvolvida. Nos últimos cinco anos, por exemplo, mais que triplicamos os recursos federais para estados e municípios, responsáveis pela educação básica. O orçamento do Ministério da Educação cresceu de R$ 31,7 bilhões em 2003, em valores atualizados, para R$ 86,2 bilhões, em 2012. Atingimos o investimento total de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, e o objetivo é elevar ainda mais esse investimento. Por isso, enviei medida provisória ao Congresso para que todos os recursos de royalties do petróleo gerados pelos novos campos do pré-sal sejam destinados, exclusivamente, à educação, nos três níveis - federal, estadual e municipal. Além disso, o governo federal passou a financiar os planos de recuperação e desenvolvimento da educação nos 5.565 municípios e nas 27 unidades da federação. Ao mesmo tempo, Alan, a Copa do Mundo e as Olimpíadas são grandes eventos que vão atrair a atenção do mundo para o Brasil, para nossos atrativos turísticos, para nossos produtos, gerando emprego e desenvolvimento. E deixarão um legado em obras e outros benefícios para a população. Por isso, investimos nesses dois grandes eventos.

Ismael Telmista de Lima, 42 anos, pastor evangélico de Lençóis Paulista (SP) – Presidenta, já li que o nosso país não investe nas Forças Armadas. Como o nosso país tem investido para garantir a soberania?

Presidenta Dilma – Ismael, com a Estratégia Nacional de Defesa, avançamos na modernização das Forças Armadas, com transferência de tecnologias. Sob a coordenação do Ministério da Defesa, estamos desenvolvendo o submarino à propulsão nuclear, sob a responsabilidade da Marinha, em parceria com a França. Criamos o “Centro de Defesa Cibernética” e já começamos a produzir a nova família de blindados Guarani, sob a responsabilidade do Exército. Demos partida ao SISFRON, um sistema integrado que fortalecerá a defesa territorial da faixa de fronteira. Investimos nos projetos do novo avião cargueiro reabastecedor KC-390 e do VLS, o veículo lançador de satélites, por meio da Força Aérea. Propiciamos a instalação da primeira fábrica de helicópteros de grande porte do Brasil, que fornecerá 48 aeronaves para as três Forças, com 50% de conteúdo nacional.

Na área espacial, a construção do satélite geoestacionário nacional dará autonomia às nossas comunicações militares. E novos projetos poderão ser desenvolvidos. Temos cuidado, também, dos nossos homens e mulheres militares, absolutamente dedicados na defesa da nossa pátria. Sabe, Ismael, o Brasil forte, desenvolvido e soberano que construímos requer Forças Armadas cada vez mais preparadas, e estamos trabalhando para isso.”

FONTE: Blog do Planalto  (http://www2.planalto.gov.br/imprensa/conversa-com-a-presidenta/conversa-com-a-presidenta-73).
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