Datafolha mostra que 80% dos paulistanos querem um novo governo. Por isso o ataque da mídia serrista ao slogan de Haddad

Pesquisa Datafolha para a prefeitura de São Paulo publicada neste domingo na Folha é cheia de más notícias para a candidatura de José Serra, que já foi prefeito da cidade, renunciou ao cargo e deixou seu vice, Kassab, no lugar.

Mesmo com toda a exposição que teve na mídia, que é serrista disfarçada ou assumidamente (Estadão declarou voto em Serra nas eleições 2010), José Serra não saiu do lugar desde a última pesquisa.

Enquanto isso, o candidato do PT, Fernando Haddad, subiu de 3% para 8% na intenção de votos (quase triplicou). Para efeito de comparação: Em junho de 1996, Pitta tinha 10% dos votos, chegou a quase 45% no primeiro turno.

A rejeição a Haddad caiu de 15% para 12%. Serra é rejeitado por 32% dos eleitores.

Mas, não é só isso. 43% dos entrevistados não votariam no candidato do Kassab de jeito nenhum. E Serra é Kassab e Kassab é Serra, como afirmou o atual prefeito, quando anunciou seu apoio a seu padrinho político Serra.

O prefeito Gilberto Kassab formalizou neste sábado (12) o apoio de seu partido, o PSD, à candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo apresentando sua gestão e a do tucano como "uma só". O prefeito disse ainda que foi Serra quem o ensinou a governar.

"Aprendi como governar São Paulo ao seu lado nos 15 meses [que Serra permaneceu como prefeito] em que deixou sua marca na cidade e deixou as linhas mestras para os sete anos seguintes [em que Kassab ficou à frente da prefeitura]", discursou Kassab.

O pior da pesquisa vem agora, e está deixando campanha e mídia serristas apavoradas. Segundo o Datafolha, 80% dos eleitores querem o próximo governo diferente do atual.

Ou seja: querem algo novo, novos rumos, um novo tempo. E é nesse sentido que vem a candidatura de Haddad, apresentado como "Um novo homem para um novo tempo".

Por isso a mídia serrista tenta distorcer slogan de Haddad, forjando um sentido que claramente não está no texto, que tentam dizer que é preconceituoso, que estaria chamando de velho o candidato tucano.

Ora, se a questão fosse idade, preconceito contra "o velho", como querem vender, o PT não teria como vice a deputada Erundina, que tem oito anos a mais que Serra.

Um novo homem não precisa ser um homem novo. E um novo homem não está em oposição a "velho", como maliciosamente fez a Folha na entrevista com Luiza Erundina (PSB-SP):

Folha: - Agora se desenha uma campanha cujos slogans transmitem um embate entre o "novo" e o "velho". Não é uma discussão que a desagrada?

Folha: - A senhora acha que esse slogan do "novo" é preconceituoso?


As perguntas foram maliciosas porque pegaram a deputada recém entrada na campanha. Talvez ela nem conhecesse o slogan e foi induzida a responder sobre um questionamento falso.

Não há no slogan, como dá a entender a primeira pergunta que destaquei, embate entre o "novo" e o "velho", o que ele propõe é algo novo em relação ao que está aí, ao status quo, ao continuísmo demo-tucano, representado pela candidatura José Serra. Poderia ser, por exemplo, o senador Suplicy (que é um ano mais velho que Serra) que ainda assim ele seria "Um novo homem para um novo tempo".

O pior é que vejo até gente que não apoia Serra e é a favor de Haddad caindo na pegadinha da mídia serrista. Eles querem destruir o slogan porque é exatamente o que 80% dos eleitores declararam querer na pesquisa, um governo diferente do atual, um novo governo.

Podem até conseguir derrubar o slogan, mas não o desejo de mudança que está impregnado na alma do eleitor de São Paulo. E quando 80% dos eleitores querem mudança não há nada que a mídia serrista possa fazer, a não ser espernear. Porque José Serra é o candidato marcado pra perder.



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Fortaleza: Curso sobre Direitos Humanos e Pobreza

Fortaleza será sede, a partir desta segunda feira (18), do I Curso Brasileiro Interdisciplinar em Direitos Humanos, que terá como tema os Direitos Humanos desde a Dimensão da Pobreza. Esta é a primeira vez que o tema entra na pauta do curso, que está na edição número 30, sendo a primeira vez também que é realizado fora da sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos, em San José (Costa Rica). Operadores dos DDHH de todo o país devem participar. A programação inclui professores do Brasil e estudiosos de outros países, como Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela e Espanha. Entre os palestrantes estão o diretor-executivo do Instituto Interamericano de Direitos Humanos-IIDH, Roberto Cuéllar, o juiz da Corte Internacional de Justiça (Haia), Antônio Augusto Cançado Trindade, e o aspirante a uma vaga no Comitê dos Direitos da Criança das Nações Unidas (Genebra), Wanderlino Nogueira Neto.O curso deverá receber 120 participantes das cinco regiões do país, que compartilharão saberes e experiências relacionadas às políticas públicas e às tecnologias sociais desenvolvidas em suas regiões de origem. O evento segue até o dia
22 de junho, quando o tema em discussão será Direitos Humanos e Pobreza, com a participação da gerente do Núcleo de Qualificação da Agência Nacional dos Direitos da Infância-ANDI, Suzana Varjão. Constam também da programação estudos de casos, trabalhos em grupo, painéis e visitas a projetos de inclusão social, prisões e centros de internação de adolescentes infratores. A abertura oficial será realizada às 19 horas(segunda-dia 18), no auditório do Anexo da Assembleia Legislativa, o coquetel de lançamento do I Curso E as atividades seguem no hotel Blue Tree, na Praia de Iracema. Outras informações pelos endereços das entidades promotoras: Instituto Brasileiro de Direitos Humanos - www.ibdh.org.br e Procuradoria Geral do Estado do Ceará - www.pge.ce.gov.br.
Temário
Universalismo e integralidade dos direitos humanos: um desafio permanente;
A justiça nas políticas públicas;
Pobreza, iniquidade e discriminação;
A pobreza como questão de dignidade;
Responsabilidade social empresarial e direitos humanos;
Segurança pública, direitos humanos e criminalização da pobreza;
Pobreza e vigência dos direitos humanos; Uma análise interdisciplinar;
Os sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos; Uma revisão desde a pobreza;
O sistema interamericano de proteção dos direitos humanos; A Comissão Interamericana de Direitos Humanos;
O sistema interamericano de proteção dos direitos humanos; a Corte Interamericana de Direitos Humanos;
Mídia, pobreza e direitos humanos;
Os direitos humanos da criança e do adolescente. O adolescente infrator;
Direito à educação e educação em direitos humanos;
Obrigações gerais da Convenção Americana e o cumprimento integral dos direitos humanos no sistema interamericano;
A justiciabilidade dos direitos desde a dimensão da pobreza no sistema interamericano;
Mecanismos nacionais de proteção dos direitos humanos;
Experiências da sociedade civil para a exigibilidade dos direitos econômicos, sociais e culturais;
Acesso à justiça e o papel da sociedade civil desde a dimensão da pobreza;
Direito ao trabalho: pobreza e mercado laboral;
Desenho e implementação da metodologia de indicadores de progresso de direitos humanos. Aspectos conceituais;
Desempenho e implementação da metodologia de indicadores de progresso de direitos humanos. Sistema de indicadores;
A proteção internacional dos direitos humanos. O sistema universal;
Desenvolvimento, democracia e direitos humanos;
Os entes federados na efetivação dos direitos humanos. Enviado pelo jornalista Alberto Perdigão.
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Depois da censura, a qualificação

A charge abaixo foi feita em 2007. Foi publicada neste blog com o título "Crítica de Arte" e censurada pelo Jornal do Comércio. Falava sobre a "peça orçamentária realista" da Yeda, que já vinha com uma previsão de rombo.
Lembro que eu estava em uma estufa na Fepagro de Eldorado do Sul, no meio da tarde, quando o telefone tocou e o editor do JC ficou enchendo o meu saco sobre o porquê de não publicar a charge. Os leitores estão reclamando e tal e coisa, muito comunista, e eu tentando encerrar logo a conversa. Se não quer publicar, foda-se, mando uma charge velha qualquer sobre o Iraque e é isso aí, pensava eu enquanto ouvia o ranço. (Naquela época, eu aturava a censura no JC e a Yeda no governo. Comparado com o que vivemos hoje na Fepagro, dá saudades...)
Estou postando a charge de novo porque hoje recebi o seguinte comentário anônimo:
"Parabéns! Sua charge estava no 1º Exame de Qualificação da UERJ.
Muito criativa!"
Ou seja, a charge não passou na censura, mas passou no vestibular da UERJ!
Fico curioso para saber qual foi a pergunta...


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Agressões sofridas por Dilma na Ditadura

Sede do Quartel General de Juiz de Fora, onde teriam ocorrido as sessões de tortura
Publicado no jornal Estado de Minas - Sandra Kiefer
"Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu"
Agressões sofridas por Dilma eram acompanhadas de ameaças de dano físico deformador
Dilma chorou. Essa é uma das lembranças mais vivas na memória do filósofo Robson Sávio, que, ao lado de outra voluntária do Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG), foi ao Rio Grande do Sul coletar o testemunho da então secretária das Minas e Energia daquele estado sobre a tortura que sofrera nos anos de chumbo. Com fama de durona, a então moradora do Bairro da Tristeza, em Porto Alegre, tirou a máscara e voltou a ter 22 anos. Revelou, em primeira mão, que as torturas físicas em Juiz de Fora foram acrescidas de ameaças de dano físico deformador: “Geralmente me ameaçavam de ferimentos na face”.
Não eram somente ameaças. Segundo fez constar no depoimento pessoal, Dilma revelou, pela primeira vez, ter levado socos no maxilar, que podem explicar o motivo de a presidente ter os dentes levemente projetados para fora. “Minha arcada girou para o lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu”, disse. Para passar a dor de dente, ela tomava Novalgina em gotas, de vez em quando, na prisão. “Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz (o implacável capitão Alberto Albernaz, do DOI-Codi de São Paulo) completou o serviço com um soco, arrancando o dente”, completou.
Mais tarde, durante a campanha presidencial, em 2010, Dilma faria pelo menos três correções de ordem estética, que incluíram uma plástica facial, a troca dos óculos por lentes de contato e a chance de, finalmente, realinhar a arcada dentária. Na mesma época, Dilma combateu e venceu um câncer no sistema linfático. Guerreira, a presidente suavizou as marcas deixadas pelo passado na pele. Não tocou, porém, nas marcas impressas na alma. “As marcas da tortura sou eu. Fazem parte de mim”, definiu Dilma em 2001, no depoimento emocionado à comissão mineira, 11 anos antes de ser criada a Comissão Nacional da Verdade, no mês passado. Leia a seguir trechos do depoimento de Dilma.
Fuga pela Rua Goiás
“Eu comecei a ser procurada em Minas nos dias seguintes à prisão de Ângelo Pezzuti. Eu morava no Edifício Solar, com meu marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, e numa noite, no fim de dezembro de 1968, o apartamento foi cercado e conseguimos fugir, na madrugada. O porteiro disse aos policiais do Dops de Minas que não estávamos em casa. Fugimos pela garagem que dá para a rua do fundo, a Rua Goiás.”
Ligações com Ângelo
“Fui interrogada dentro da Operação Bandeirantes (Oban) por policiais mineiros que interrogavam sobre processo na auditoria de Juiz de Fora e estavam muito interessados em saber meus contatos com Ângelo Pezzuti, que, segundo eles, já preso, mantinha comigo um conjunto de contatos para que eu viabilizasse sua fuga. Eu não tinha a menor ideia do que se tratava, pois tinha saído de BH no início de 69 e isso era no início de 70. Desconhecia as tentativas de fuga de Pezzuti, mas eles supuseram que se tratava de uma mentira. Talvez uma das coisas mais difíceis de você ser no interrogatório é inocente. Você não sabe nem do que se trata.”
Dente podre
“Uma das coisas que me aconteceu naquela época é que meu dente começou a cair e só foi derrubado posteriormente pela Oban. Minha arcada girou para o lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu. Tomava de vez em quando Novalgina em gotas para passar a dor. Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz completou o serviço com um soco, arrancando o dente.”
Pau de arara
“...algumas características da tortura. No início, não tinha rotina. Não se distinguia se era dia ou noite. O interrogatório começava. Geralmente, o básico era choque. Começava assim: ‘Em 1968 o que você estava fazendo?’ e acabava no Ângelo Pezzuti e sua fuga, ganhando intensidade, com sessões de pau de arara, o que a gente não aguenta muito tempo.”
Palmatória
“Se o interrogatório é de longa duração, com interrogador ‘experiente’, ele te bota no pau de arara alguns momentos e depois leva para o choque, uma dor que não deixa rastro, só te mina. Muitas vezes também usava palmatória; usava em mim muita palmatória. Em São Paulo usaram pouco esse ‘método’. No fim, quando estava para ir embora, começou uma rotina. No início, não tinha hora. Era de dia e de noite. Emagreci muito, pois não me alimentava direito.”
Local da tortura
“Acredito hoje ter sido por isso que fui levada no dia 18 de maio de 1970 para Minas Gerais, especificamente para Juiz de Fora, sob a alegação de que ia prestar esclarecimentos no processo que ocorria na 4ª CJM. Mas, depois do depoimento, eu fui levada (ou melhor, teria de ser levada para São Paulo), mas fui colocada num local (encapuzada) que sobre ele tinha várias suposições: ou era uma instalação do Exército ou Delegacia de Polícia. Mas acho que não era do Exército, pois depois estive no QG do Exército e não era lá.”
“Nesse lugar fiquei sendo interrogada sistematicamente. Não era sobretudo sobre minha militância em Minas. Supuseram que, tendo apreendido documentos do Ângelo (Pezzutti) que integram o processo, achavam que nossa organização tinha contatos com as polícias Militar ou Civil mineiras que possibilitassem fugas de presos. Acredito ter sido por isso que a tortura foi muito intensa, pois não era presa recente; não tinha ‘pontos’ e ‘aparelhos’ para entregar.”
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Cada um tem o Maluf que merece



A política brasileira anda numa crise de moral tão profunda que hoje em dia não surpreende as alianças partidárias. Desde o começo do ano tenho publicado notas nas Quentinhas da Redação tratando do possível acordo entre Antônia Lúcia (PSC) e o governo Tião Viana (PT). Passados alguns meses a relação do governo petista com a deputada cassada por Caixa 2 já é explícita. 

Em São Paulo o Lulismo lutou e conseguiu colocar o malufismo no palanque do novato Fernando Haddad (PT) –nada é tão novo, nada é tão velho. Paulo Maluf (PP) é procurado internacionalmente pela polícia. Se ele colocar o pé fora do Brasil é preso –aqui como é uma terra de ninguém ele anda livre, leve e solto. 

A vice de Haddad, Luiza Erundina (PSB) deu declarações de um desconforto em dividir palanque com Maluf. Mas o que importa? Como disse a coluna de um jornal local esta semana, o importante é ter votos. Lula trocou o 1min42seg do PP em SP por um cargo no Ministério das Cidades. 

Em SP o PT quer atrair voto com o aliado ilustre; em Rio Branco o petismo quer, com a neocompanheira Antônia Lúcia, tirar votos; neste caso do tucano Tião Bocalom (PSDB). Como a tentativa de manter a candidatura de Jamyl Asfury (DEM) foi tirada de campo por Agripino Maia, ao Palácio Rio Branco sobrou o casamento com Antônia Lúcia. 

Na política é assim. É o jogo da sobrevivência. E como o PT no Acre respira com a ajuda de aparelhos, toda estratégia é necessária para evitar a vitória da oposição no maior colégio eleitoral acreano para evitar a derrota em 2014. De julho para a frente será a política da rasteira e do tapete puxado –de um lado e do outro da partida.

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