FÓRUM DA INUTILIDADE

Charge de Rekern na ZH de hoje: viram como eles são democráticos?

     Tarso Genro que se cuide, pois a principal garota de recados do PIG gaúcho saiu-se com essa, hoje, no seu mural em Zero Hora: “Para um governador que preza a pluralidade, é incompreensível a decisão de Tarso de participar do Fórum da Igualdade e mandar o vice, Beto Grill, representar o governo no Fórum da Liberdade.”
     Bem feito para o Tarso, que teve a ousadia de deixar de prestigiar um evento que tem como palestrantes nada menos do que os filósofos Marcelo Madureira, Marcelo Taz, Lobão e Peninha (ai, que quarteto!), para ir a um ajuntamento chinfrim de pobretões despeitados que se atrevem a querer a “redemocratização” dos meios de comunicação, como se estes já não dessem aulas diárias de democracia para os brasileiros, publicando, com igual espaço e destaque, todas as opiniões...  desde que não contrariem os seus interesses escusos, é claro! Senão, já seria demais.
     Mas a ousadia da esquerda quando chega ao poder não tem limites: o vice-governador do RS, Beto Grill, teve a cara de pau de dizer, no Fórum da Liberdade (deles) a uma platéia atônita, que “Felizmente, o Brasil retomou há oito anos sua trajetória de crescimento, depois de um período de exceção e de administrações equivocadas.” Só tinha mesmo que ser  vaiado ao dizer tais disparates. Onde já se viu!
     Ocorre que o quadro acima descrito seria cômico se não retratasse a forma como pensam e agem aqueles que não se conformam com o fato de que foi o governo chefiado por um operário que promoveu os mais profundos avanços sociais da história brasileira, resgatando a dignidade de milhões de brasileiros que passaram a ter acesso a coisas que jamais pensariam em usufruir – e que tem ampla continuidade no governo Dilma.
     Esta turma que vaia o vice-governador gaúcho quando este defende, no mesmo evento, um “Estado forte e atuante” é a mesma que vive pedindo incentivos fiscais, reclama de pagar impostos e que, quando seus negócios quebram por falcatruas ou incompetência, corre para tentar empurrar o mico para o erário público. É a mesma turma que vota na Yeda, no Rigotto, na Ana Amélia e no Serra.
     Mas a forma grotesca como se comportam serve apenas para trair a sensação de impotência e humilhação que sentem diante das conquistas dos governos de esquerda no Brasil e no RS.
     A eles, só resta sentarem, comportadamente, para assistir o intragável desfile dos imensos egos de Lobão e Peninha, tendo como sobremesa a estupidez pré-histórica do Marcelo Madureira.
     E, de quebra, resmungar porque Tarso, que ganhou a eleição no primeiro turno e tem hoje “apenas” 80% de aprovação dos gaúchos, não foi prestar homenagem a esta plêiade de sábios! De fato, resta incompreensível.
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FHC e o povão

No mais recente artigo, o ex-presidente FHC escreveu:

“Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ”movimentos sociais” ou o “povão”, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos”.

Por óbvio, temos inteligência política para entender que a frase acima foi escrita dentro de um contexto, que só pode ser compreendida lendo todo o artigo. Porém, a frase sugere que o PSDB deve esquecer o "povão".

Esta é mensagem que será apropriada, justa ou não com FHC. É a eterna dificuldade tucana de se comunicar com as massas, aquela turma do andar de baixo.

Uma multidão de analistas pró-PSDB já tentam explicar a frase dita no artigo. A verdade é que quando uma frase precisa ser explicada, contextualizada ou, melhor, traduzida para os chamados "leigos", algo está errado nela. O esforço de explicá-la é mera estratégia de redução de danos.
 
Cabe lembrar que na campanha eleitoral, o programa tucano levou ao ar uma favela virtual. Como disse a então candidata Marina Silva, "com tanta favela real no Brasil, o PSDB precisou de uma favela virtual". Como se vê, o pessoal tem grande dificuldade de falar a linguagem do povo - a turma que utiliza ônibus, saúde e educação pública. Compreender suas necessidades, é algo quase impensável.
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FAZER RIR OU FAZER CHORAR?


O QUE É MAIS DIFÍCIL ?

Equivocada pergunta que me fazem sempre.
O antônimo do Riso não é o Choro.
É a Culpa.
É a angústia do pecado no por/vir. É  a poderosa ameaça que faço ao meu Próximo,  `a alma infantil do meu  Outro, torturando-o com a idéa de que um castigo medonho , como ele nunca provou – pura fantasia – desabará sobre ele como a mão de um deus punitivo, irado  e exigente: Jehová, desconhecendo o Cristo de amor e bondade, ou o Buda farto e pacifica/dor.
Tolher o riso no outro é simples: faça-o mergulhar no mais profundo das suas trevas primais; acena-lhe com a possibilidade de ter d eencarar seus demônios abissais frutos de seus sentido eróticos – e a criança que é o Outro pára de sorrir, fica séria, preocupada, está a um passo do choro, da dor, do drama e da tragédia, que não se encontra no Próximo, mas em si mesmo, e que por perversão e prazer mórbidos, não divide com ninguém, carregando – ou se propondo a  carregar todda a Cruz da Humanidade Ocidental sobre seus ombros.
Aí: chora!
O choro é um pedido de perdão aos seus medonhos torturadores internos.
Já o Riso é o perdão que cada homem, com sua erótica -  vital - humanidade, porta consigo.
O Riso é absolvição.
Porta da Vida.
Porta aberta a si mesmo e ao Ouro.
Assim a pergunta inicial deveria ser: o que é mais difícil: perdoar ou culpar, absolver ou condenar?
Paz e humor para todos.
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Bolsonaro não é nosso guia


O Guga Türck, do blog Alma da Geral, encontrou esta justaposição de imagens e legendas impressionante, no site ClicRBS, no dia 2011-04-05.

O que vemos?

Infelizmente, vemos homofobia.

A justaposição da imagem do casal aparentemente homo sob a rúbrica policial com a imagem do casal hétero sob a rúbrica do namoro é impressionante. Um casal, o que parece homo, e se beija, tem as palavras "excesso" e "policial" na legenda.

Beijar é um excesso?

Outro casal, claramente hétero, só se toca de maneira pudica. A legenda é mais aprovadora, fala de espera e "busca" do "amor da sua vida". Sem polícia, sem excesso.

Quem acharia que um beijo é um excesso policial? É claro, beijos são excessos, transbordes, hybris solta, mas de tesão, a mais saudável e mais necessária das energias. Mas beijar não é crime, graças a deus!

Daí vem a ação policial, no dia 2011-04-10, feita sob medida para agradar o moralista. Ele vai sorrir no dia seguinte, quando seu jornal predileto for escorrido sob a soleira da sua porta, trazendo a foto dos amantes tratados como criminosos.

Nessa data, a partir das 19h30, a polícia começou a revistar casais que se beijam, coisa que é suficiente para transformar a cidade de Porto Alegre no mico dos micos fundamentalistas, visto que, de capital do cosmopolita Fórum Social Mundial, se transformou em paróquia de um interior profundo, onde, ao estilo do Irã, a função da polícia é zelar pelos bons costumes, de acordo com o padrão de quem chama a polícia porque um cidadão tá beijando na rua.

Quer dizer que há tanta polícia disponível em Porto Alegre que alguns soldados podem ser deslocados para fazer um trabalho que é lamentável mesmo nas notícias sobre o ultraconservador Irã?

Olha o que o pessoal do grupo Somos conta:
«É comum usarmos a expressão “pra inglês ver” quando nos referimos a uma situação ou atitude encenada, que cumpre algumas regras sociais mais ou menos ritualizadas e que concretamente não tem efeito. “Pra inglês ver” são aquelas ações ou falas que procuram mostrar que alguém faz o que é mandado/a fazer, mesmo que sua prática não resulte em grandes feitos. 
Foi isso o que aconteceu ontem na rua Lima e Silva, por volta das 19h30min. Três caminhonetes da Brigada Militar estacionaram em frente ao Centro Comercial Nova Olaria, e mais de 10 policiais da Brigada mandaram que as pessoas que se aglomeravam ali em frente fossem para a “parede”: todos e todas foram revistados/as – as meninas por uma policial feminina – e as mochilas foram abertas e inspecionadas, inclusive os maços de cigarro, pois talvez ali se esconderiam as buchas de cocaína que os jovens supostamente cheiram nos parapeitos das janelas dos prédios.»
Três veículos táticos foram deslocados para a inócua operação iraniano-policial de revistar gente que se beija.

Três!

Quantos veículos desses há, em pleno funcionamento, em Porto Alegre? Digamos que haja 60. Deve ser menos. Se for 60, 5% dos veículos táticos estavam cuidando de reprimir o beijo. Em Porto Alegre! Dá pena dos soldados da PM, pois têm que fazer a encenação toda só porque o comando quer agradar o jornalzinho.

É claro, isto faz felizes o povo que chama a puliça pra lidar com beijo, pois eles veem a foto do casal na parede, tomando atraque. Agora eles acham que os bandalhos aprenderam a lição, e serão como eles. O jornal também fica feliz, pois o escândalo gera lucro, apesar de custar a vida, a saúde ou a propriedade de quem precisa de polícia, mas ficou sem porque os soldados tavam cuidando de beijo, não de crime.

Não devemos nos guiar pelo que faria um Bolsonaro agradecer. É claro que deve haver polícia ao redor das pessoas que se beijam, mas para protegê-las de malucos homofóbicos e de eunucos psicopatas que nunca foram tocados por ninguém, mas querem morrer pra serem tocados após mortos por homens bem limpinhos. Se há um problema em tudo isso, é o problema da escandalização moralista, a qual sempre é um péssimo guia para a ação e o interesse público.

PS - Um jornal responsável não chantagearia a polícia para fazer operações espetaculares, mas caras e inócuas, só porque isso dá lucro. Um jornal responsável, tal como um cidadão responsável, não transformaria em crime o que não é crime, pois o custo disso é vidas perdidas aonde não há mas é preciso haver, de fato, polícia. Todos sabemos que há carência de polícia para lidar com o crime de fato. Se, sabendo disso, forçamos a polícia a deixar o crime de lado, pra cuidar de nada, estamos simplesmente facilitando a vida de quem mata, agride, rouba, estupra. Simples assim.
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Dengue Tipo 4: escalada para o Ano 2011.

Diário de Sorocaba, 01/04/11.
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