Resultado do 2º turno para Presidência no RS


JOSÉ SERRA (PSDB) 3.237.207 50.94%
DILMA (PT)                3.117.761 49.06%
DIFERENÇA*                119.446   1.88%


VOTOS BRANCOS 148.409 2.22%
VOTOS NULOS       168.223 2.52%
TOTAL*                    316.632 4.74%

O que dizer do eleitorado guasca? 

Definitivamente, o mito do RS como sento o estado mais politizado do país, está sepultado. Pois o que dizer de um povo que elege Tarso Genro no 1º turno e José Serra no 2º?

A Presidenta eleita Dilma Rousseff perdeu, no estado, por 1.88% dos votos válidos. Podem ter sido votos migrados da Verde Marina ao Serra, de gente não teve coragem de votar nele no 1º turno, adiando a decisão para o 2º. Mas 4.74% da população, que saiu de casa para votar, disse, nas urnas, que estavam em disputa os mesmos projetos políticos. 

Não se importou com a virulência da campanha, nem com a possibilidade de voltarem, à cena política, junto com o Serra, as forças mais reacionárias como Opus Dei, TFP, neopentecostais fundamentalistas e militares golpistas. Ou, quem sabe, até seja pior que isso: essa massa de brancos e nulos comprou da mídia o discurso da "baixaria" e, por isso mesmo, acreditou que o melhor caminho seria a isenção da tomada de posição, "já que é tudo a mesma coisa".

Temos nossas dúvidas em relação aos votos ideologizados brancos e nulos, categoria legítima defendida por anarquistas e certos setores de esquerda, em relação à eleição do 2º turno/2010. Essa campanha eleitoral foi muito tensa, carregada, com o recrudescimento do conservadorismo de extrema direita e seu fascismo despudorado. 

A nossa hipótese é a de que muitos votos brancos e nulos, nesta eleição, são pertencentes ao grupo dos conhecidos "cansadinhos", que acreditam que todos os políticos são ladrões, um discurso preparado via programas de televisão, que desqualificam, a todo momento, a carreira política, seja por notícias descontextualizadas, novelas e programas de TV ditos humorísticos. Em suma, produtos midiáticos elaborados para confundir parte da população desavisada. A considerar algumas trocas de mensagens eletrônicas e conversas com amigos e conhecidos sobre política, acreditamos estar corretos na nossa hipótese. 

Ou seja, se estivesse em disputa duas candidaturas da mesma vertente ideológica, seja de direita, ou de esquerda, ainda seria aceitável o desconforto do eleitorado, o que não foi o caso desta eleição em 2010.

Fonte: MSN
*Grifo nosso.
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Justificando

Folha de SP, 31/10/10
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E agora, José...

Propaganda & Marketing, 01/11/10.
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TSE: 99,99% das urnas apuradas

Presidente

Seções: 400.001
Seções Apuradas: 399.978 (99,99%)

Eleitorado: 135.804.433
Apurado: 135.798.761 (99,99%)
Abstenção: 29.194.309 (21,50%)
Comparecimento: 106.604.452 (78,50%)

Votos: 106.604.452
Brancos: 2.452.588 (2,30%)
Nulos: 4.689.293 (4,40%)
Válidos: 99.462.299 (93,30%)

1 13 DILMA PT - PRB / PDT / PT / PMDB / PTN / PSC / PR / PTC / PSB / PC do B
55.751.918 (56,05%)

2 45 JOSÉ SERRA PSDB - PTB / PPS / DEM / PMN / PSDB / PT do B
43.710.381 (43,95%)

Fonte: TSE
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Dilma é eleita presidenta

Em 1926, no Rio Grande do Norte, Celina Guimarães Viana era a primeira mulher brasileira a votar. Noventa e quatro anos depois, no dia 31 de outubro de 2010, Dilma Vana Rousseff é eleita a primeira mulher presidente do Brasil. Com 91,29% das urnas apurados, Dilma tem 55,31% e José Serra 44,69% dos votos válidos.

Dilma vai assumir um Brasil muito diferente daquele que Luís Inácio Lula da Silva encontrou há oito anos. O governo do presidente, que sai do cargo com 83 de aprovação, ficará marcado pelos programas sociais que retiraram da miséria 24 milhões de pessoas, pela ascensão de 29 milhões à classe média e que permitiu a 700 mil jovens o acesso à universidade. Além disso, o Brasil foi um dos países menos atingidos pela crise mundial e hoje é respeitado no mundo. A presidente eleita, ao lado de Lula, teve um forte papel nessas conquistas.

Após uma campanha considerada de baixo nível, devido a temas trazidos por Serra, que iam de discussões religiosas à vida pessoal de Dilma, a eleição da petista é a vitória da maturidade democrática do povo brasileiro.

No dia 1º de janeiro, o presidente de maior popularidade no período democrático, um operário metalúrgico sem diploma universitário, vindo do Nordeste para São Paulo, irá passar a faixa presidencial a uma mulher, economista, descente de búlgaros, mineira de nascimento e gaúcha de coração. Dois presidentes que retratam o país diversificado e democrático que é o Brasil.
Foto: Caco Argemi
Fonte: rs13
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