Netinho, o truculento, comunista, morador de Alphaville, da elite

E o pior de tudo e que ele ganha dinheiro demais sem ter nenhum talento musical, pessima voz de taquara rachada. Eu nao conheco nenhuma musica dele pois odeio pagode. As mulheres que votarem nele merecem apanhar do marido. Os homens que votarem nele apoiam violencia contra a mulher. So que voces nao tem o dinheiro que ele tem, seus trouxas! Entao votem nele.
O imbecil e comunista sem nem saber o
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O DEBATE E O SONO

Laerte Braga


A GLOBO começa a ser vítima de sua arrogância. Em matéria de eleições presidenciais quer ser sempre a última palavra. O round final. Todas as outras redes de tevê promoveram debates entre os candidatos a presidente (alguns excluídos), mas o grande final é na GLOBO. É o que pensam os que dirigem o carro chefe da mídia privada no Brasil.

A tônica do debate foi sono.

É o resultado do formato desenhado nos laboratórios globais. Tem três objetivos. Tentar ajudar o candidato do esquema, no caso José Arruda Serra, tentar embananar o processo eleitoral dando força a uma terceira candidatura sem condições de vitória e produzir um espetáculo.

O tchan do debate global é a tal da tecnologia.

Imagino que a continuar assim nos próximos pleitos teremos candidato descendo de disco voador, outro emergindo de um submarino e vai por aí afora.

Programa de governo, informações corretas e verdadeiras, nada disso é cogitado na rede. Supor que tudo isso seja um jeito de interpretar Maquiavel é tanto desqualificar Maquiavel, como super qualificar a GLOBO.

É apenas a presunção que o paraíso existiu e foi reconstruído no tal PROJAC. Delírio, nada mais.

O problema real vem depois. O que a GLOBO vai fazer com o debate, ou melhor, com as imagens do debate. Editá-las, como o fez em 1989, dando a impressão que determinado candidato venceu, no caso o dela, Arruda Serra, ou render-se à evidência da eleição de Dilma Roussef?

Devem colocar esses fatos numa balança, pesar com pesos de realidade e decidir pelo que for menos doloroso à empresa, ao grupo, levando em conta os compromissos internacionais que tem junto a várias agências financeira e ao próprio BNDES.

Se for para atrapalhar as trapaças da FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO não editam nada. Se tiver jeito de aumentar a participação acionária nos negócios do Estado, aí editam, deitam e rolam.

É a ética do grupo Marinho.

Um governo que não ceda às chantagens da rede pode não ser tão negativo assim, do ponto de vista deles, levando em conta que muitos governos estaduais estarão dispostos a segurar o barco.

Os candidatos... Bem, os candidatos deixaram a sensação que por lá apareceram por conta dos riscos da ausência. Aquele compromisso chato, que você está doido para ficar quieto em casa, ou fazer coisa diferente, mas não tem como cancelar. Aí vai, seja lá o que Deus quiser. Vai.

José Arruda Serra dessa vez não tentou nem levantar vôo. Ensaiou sair do hangar, mas logo recolheu a aeronave tucana. Deposita suas esperanças no desempenho da verde/laranja Marina da Silva (a candidata de Al Gore, aquele que disse que a Amazônia não é só do Brasil). A propósito, num dos intervalos comerciais do debate a empresa do vice de Marina anunciou. A NATURA. Vale dizer pagou à GLOBO para veicular um comercial. Trem feio, a GLOBO ainda tomou dinheiro do cara.

Para eles não existe complicação nenhuma nisso, é prática corriqueira. O negócio de me paga tanto que eu faço o que você mandar. Se tiver problema a gente manda o Faustão criar um quadro novo, está chegando o ano de 2011 já já começa o frisson BBB, logo todo mundo esquece tudo.

O Brasil mergulha “nos meus heróis”.

Marina da Silva agarrou-se à última oportunidade, a sensação que causou, a mim pelo menos, é que morre na praia. Essa história de chegar ao fim da competição em condições de uma final exclusiva com Dilma foi para o espaço. Nem lá e nem cá. É nisso que dá ser verde, mas com laranja, verde madura digamos assim.

Pode falar até aqui, depois não. Tem que engolir os sapos.

Dilma cumpriu seu papel. Tem vantagem tranqüila nas pesquisas de intenções de votos, agora atenção total para neutralizar a jogada última da turma. VEJA e suas denúncias inconseqüentes, FOLHA DE SÃO PAULO com as pesquisas montadas do DATA FOLHA (o objetivo agora é levar para o segundo turno), o conjunto GLOBO fazendo o que faz todos os dias, tratando o telespectador como Homer Simpson, definição do arcanjo guardião do PROJAC, William Bonner.

O candidato Plínio de Arruda Sampaio cumpriu seu papel de mostrar as diferenças entre governo popular e governo do modelo engessado pelo institucional que tem como um dos juízes Gilmar Dantas Mendes.

A participação de Plínio de Arruda Sampaio nos debates é algo a ser analisado por seu partido. Permaneceram excluídos candidatos como Ivan Pinheiro (PCB) e José Maria (PSTU), fica a sensação que debates são apenas um espetáculo, nada além disso.

É pena que o IBOPE não faça uma pesquisa diferente, digamos assim. Buscar saber quantos telespectadores conseguiram se manter acordados por todo o “confronto”.
Sei não, tenho a sensação que iriam ter uma surpresa, número elevado dos que dormiram ao longo do embate democrático.

Democracia com lantejoulas.

E quantos viram o comercial da NATURA, empresa de propriedade do candidato a vice de Marina da Silva.

Foto: Alexandre Durão/TV Globo
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Relação entre as Regiões 6 e 8 de Porto Alegre

Dificuldades atuais e ameaças graves para futuro próximo
 
Uma avaliação articulada do estudo e formulação das propostas das organizações das Regiões RP8 e RP6 de nosso município de Porto Alegre são muito claras nas profundas dificuldades que vivem e a possibilidade desta realidade tornarem-se muito mais agudas, em decorrência da manutenção de uma dinâmica de desenvolvimento em toda nossa área urbana porto-alegrense, que afeta diretamente as duas regiões.

O surgimento de automóveis e outros modos de deslocamento representam um aumento complementar destas dificuldades. A verdadeira essência das dificuldades está concentrada em uso do solo com muitos erros, iniciando de obras de habitação em áreas sem geração de capital e de ocupação da mão de obra. Da mesma forma muito limitada no conjunto de equipamentos e serviços sociais necessários como educação, saúde, saneamento com esgoto e água em condições adequadas. Também devemos considerar a absoluta falta de cuidado com lazer, preservação da memória da história local e inclusive com problemas muito sérios de meio ambiente em decorrência da absoluta falta de respeito como a construção em terrenos que são impossíveis, por exemplo, até em restingas.

A composição física e populacional destas duas regiões na cidade de Porto Alegre é enorme desde o ponto de vista físico, agregada com enormes espaços urbanos vazios, e uma população da mesma forma muito grande e que cresce de maneira muito acentuada, embora a população de Porto Alegre em seu todo tenha um aumento bastante reduzido. Esta contradição demonstra outro aspecto social que exige atuação estatal, no caso da Prefeitura, para corrigir. É o deslocamento social sem ordenamento nenhum.

As dificuldades já existentes são de origem antiga e correspondem a orientações políticas concretas. No período do autoritarismo de nosso país, com o objetivo de melhoria urbana em outras regiões da cidade, como a construção da avenida da Primeira Perimetral, em outras ocasiões mais com a intenção de capitalizar o Brasil através de investimentos do exterior e amenizar as dificuldades financeiras do país.  Amplos setores da população foram deslocados com violência do centro histórico ou da cidade baixa para a construção de um bairro mais a sul de Porto Alegre, depois denominada Restinga.

Atualmente temos na Região 8 uma enorme dificuldade de sua população com o objetivo de encontrar geração de emprego, serviços de escola, saúde e tudo o mais que já sistematizamos para a vida urbana. Ocorre que estas deficiências fazem que a população local gaste uma quantidade enorme em deslocamento e transfira fluxos de transporte enormes para a região seguinte a RP6.

Fica evidente que as duas regiões carecem de maneira enorme de todos os serviços e gastem uma quantidade significativa em transporte. É evidente que além de todas as dificuldades de vida as perspectivas de desenvolvimento social no futuro é simplesmente péssimo. Não é por acaso que em nosso país estamos adotando soluções “compensatórias” nas grandes cidades para superar estas barreiras de evolução para a população mais pobre.

É grave e devemos entender que esta dinâmica de crescimento tem sido estimulada de diversas maneiras. A compra do solo urbano nestas regiões ainda é mais barato ou não existe motivação de aproveitamento de outras áreas urbanas que eventualmente podem ser um pouco mais caros, mas que já tem todos os serviços instalados. Na verdade no final torna-se até mais barato, como investimento e mais ainda na manutenção da cidade. Este aproveitamento não é de interesse porque outros investimentos para outros setores sociais e com custo de construção diferenciado poderiam ter alguma vantagem ou desvantagem imediata.

São faltas de políticas para o desenvolvimento urbano de Porto Alegre. Não é só o nosso Plano Diretor, mas as políticas específicas como Habitação Popular.  Em tempos recentes tivemos iniciativas de aproveitamento e restauração de prédios para habitação Popular no Centro Histórico e outros bairros com o crescimento mais lento embora com os serviços públicos e as demandas urbanas já instaladas. Infelizmente esta política não se manteve e novos investimentos em regiões pouco qualificadas estão sendo feitas tanto por motivações estatal como particular. Não é casual que a RP8 cresça 4,5% ao ano, muito mais que a cidade. Agora é urgente colocarmos novas políticas de desenvolvimento urbano, particularmente aproveitando o enorme investimento federal em habitação popular.
                                                                      

                                                                                  Jaime Rodrigues.
                                                                       Representante do IPES no CNDUA
Porto Alegre, 27 de setembro de 2010.
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O último debate e o próximo domingo

Algumas rápidas considerações sobre o último debate:

1) Dilma não foi questionada, esteve segura, passou a pauta do seu programa. Deu uma excelente resposta a Plínio sobre a diferença de seu governo das propostas do Psol, como a redução da jornada de trabalho: seu governo terá que se limitar à legalidade. Tentei soprar para a Dilma "pacto social", mas ela não me ouviu. Mas fez claras afirmações sobre os compromissos democráticos. Ela está certíssima. Quem tem que abrir espaço para propostas como esta é a sociedade, não o governo. Revolução não será feita pelo voto. Algo que só uma esquerda com radicalismos de salão acredita, coisa de reformista que nãio tem espelho em casa. Nunca antes este ponto havia sido colocado em campanha. Ponto pra ela quer falou como estadista.

2) Serra manteve seu discurso de promessas e mais promessas. Só. Estava com cara de cachorro abandonado, o que parece ser a maior verdade. Mal acabou o debate e já pipocavam reclamações de seus correligionários. Bye bye!

3) Fiquei muito impressionado com a Marina. Como ela conseguiu até agora ter 10% do eleitorado? E dizem que entre pessoas mais escolarizadas. Impossível entender. Ela não conseguiu fechar uma única idéia, sempre os mesmos clichês sobre crescimento com sustentabilidade, projeto estratégico, mas sem explicar uma única idéia. Serra ainda mente prometendo aumentos, mais verbas etc. Marina promete pensar no futuro. Por enquanto só blá blá blá.

Resumindo: Dilma está eleita. Só uma enorme surpresa evita o segundo turno.

Sugiro que leiam a entrevista com o Antonio Risério na Folha hoje. Ele diz que Serra é um blefe. É gente como ele que fez toda a diferença na campanha de Dilma.
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É... e agora? Já decidiu o seu voto?

Folha de SP, 01/10/10.
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