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Homem de Ferro, direitos autorais, trabalhadores

O que estes criadores ganharam para criar as aventuras do Homem de Ferro? Um frila por escrever a história, um fixo por página desenhada.

Hoje, a indústria americana de quadrinhos paga alguns royalties, às vezes, para os criadores, sem lhes dar direito autoral. É o modelo inevitável quando você está brincando com os brinquedos dos outros – personagens famosos, propriedades de corporações. Na época que o Homem de Ferro foi criado, era uma graninha por página e olhe lá. Era o esquema, os contratos eram legais e ponto – o famoso “work for hire”, ou no Brasil CCDA, Contrato de Cessão de Direitos Autorais. Eles sabiam o que estavam assinando. Mas não podiam prever as fortunas que seriam geradas a partir de suas criações.

A Marvel foi vendida para a Disney em 2009 por US$ 4,2 bilhões. Hoje, os artistas que criaram o universo Marvel nos anos 60 e 70 estão velhos – quando ainda estão por aí. Muitos mal de saúde, sem grana, sem seguro para cobrir suas despesas. É tanta gente na pior que existe até uma fundação, chamada The Hero Iniative, dedicada a levantar fundos para ajudar quadrinistas velhinhos.

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Leitura indicada para nossos tempos pré-eleitorais

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Puffs para executivos

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Inércia quelônia

Há uns quarenta dias, neste mesmo espaço, observávamos que no final da primeira quinzena de março o 2010 ainda não começara na Prefeitura. Logo em seguida Fogaça renunciou, abrindo espaço para o seu vice. O novo prefeito, mesmo antes de assumir, nas entrelinhas de suas primeiras entrevistas manifestou sua insatisfação com o estilo e o ritmo imprimido à administração da cidade pelo antecessor. Fortunati não podia, é claro, falar em “herança maldita”, mas se apressou em anunciar inúmeras mudanças e correções de rota. Ao afirmar que iria reativar o Orçamento Participativo, por exemplo, endossou as freqüentes críticas da oposição e, por via indireta, concordou que o OP tinha problemas, que não vinha sendo bem conduzido.

Neste início de maio, findo o primeiro quadrimestre do ano, verificamos que nada mudou: um quadro da mais absoluta inércia permanece em todas as secretarias e departamentos da prefeitura. Na SMAM e na área de Ciência e Tecnologia – órgão municipal recentemente criado – a pasmaceira é tão grande que certamente numa e noutra será possível ouvir o zumbido de uma mosca. Todos projetos -destas duas importantes áreas de atuação municipal – são quase trinta – não foram iniciados, registram no sistema de execução orçamentária da prefeitura EXECUÇÃO ZERO.

Dos cerca de cento e oitenta projetos constantes na lei orçamentária 2010, cento e quarenta e oito não tiveram sequer um real comprometido, liquidado ou pago, o que corresponde a mais de 80% do total!

Ao entregar o projeto de lei do orçamento na Câmara, no final de 2009, Fogaça fez pose, encheu a boca e anunciou investimentos totais de 546 milhões de reais para este ano. Um verdadeiro recorde! Exagerou e mais uma vez prometeu o que não vai cumprir. Até agora foram investidos modestíssimos 49 milhões, 9% do valor previsto para o ano

Na Secretaria da Saúde, os três projetos principais – Sistema de Saúde da Restinga, HPS da Zona Sul e Hospital da Lomba do Pinheiro registram execução zero. No DEP o projeto “Obras do Sistema Contra Cheias da Cavalhada” também não avançou um milímetro, pelo quarto ano consecutivo. Na SMOV o projeto iluminação pública teve empenhados um mil e 700 reais! Não é preciso ser profeta para prever que a cidade vai continuar escura! A Cultura é outra secretaria com desempenho insuficiente: registra doze projetos não iniciados. Na SMT são mais cinco. A Secretaria de Esporte e Lazer é outra que não iniciou nenhum dos projetos previstos.

Quem, como eu, que regularmente consulta o sistema orçamentário da prefeitura se depara – invariavelmente – com uma interminável repetição de zeros. Depois de cada projeto a monótona, repetitiva sucessão de “zero no empenhado, zero no liquidado, zero no pago”. Constata que este governo faz muito menos do que promete, faz quase nada. E, circulando pela cidade se depara com o cenário triste de ruas sujas, esburacadas, alagadas e mal iluminadas.. Só pode concluir que esse governo se resume numa única palavra: ZERO!


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