CANDIDATA DA RBS AO SENADO PLAGIA CAMPANHA DE ANGELA MERKEL

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Certamente, quem vive no Rio Grande do Sul já deve ter visto o pomposo filme publicitário assinado pelo Partido Progressista (PP), no qual a candidata do Partido da RBS ao Senado, Ana Amélia Lemos, prega a “boa política”.
A obra é boa e original. O problema é que parte que é original não é boa, e a parte boa não é original. Na verdade, trata-se de cópia descarada de uma campanha de TV, produzida em 2005, pela Christlich Demockratische UnionCDU (União Democrata-Cristã) para a atual Chanceler da Alemanha, Angela Dorothea Merkel.
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A jornalista Ana Amélia, ex-Miss Lagoa Vermelha e estrela do clássico do cinema gaudério “Não Aperta Aparício”, deverá soltar nota, nas próximas horas, informando que “plágio é quando alguém teve a nossa idéia primeiro”.
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O povo sem memória

Só uma nota. Não sei se de falecimento, de indignação, enfim, de derrota.

Na quinta-feira de 29 de abril (guarde essa data), o Supremo Tribunal Federal votou de acordo com o relator Eros Grau (antigo perseguido da Ditadura) pela manutenção da Lei de Anistia, vedando a possibilidade de processar torturadores. 

Dessa forma, todos que se utilizaram do aparato do Estado para torturar, matar, "suicidar," sequestrar e desaparecer com centenas de pessoas, enfim, permanecerão impunes. Apenas os ministros Carlos Ayres Britto e Ricardo Lewandovski votaram contra a manutenção da Lei de Anistia tal qual está.


Em outra postagem  A CORTIÇA já questionou sobre a atual Lei de Anistia defender também os torturadores. Leia aqui.

Uma das postagens mais recentes foi comparando como o Brasil com a Argentina, pelo fato de que lá os responsáveis pelas Ditaduras Militares estão sendo punidos. Se ainda não leu, leia aqui.

E aí?.... Triste, não é mesmo?! O que será que Dilma e Serra (ambos opositores à Ditadura, na época) irão dizer sobre isso em suas campanhas? Ficarão em silêncio. Ditadura que ainda dita!

Povo doente e sem memória...
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Povo doente...
Povo...
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Abrindo os arquivos da ditadura


Charge de 2004, publicada no Jornal do Comércio.
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Como tucanar uma eleição!

Ano eleitoral no Brasil, que desespero! Meia dúzia de candidatos mendigando o voto de 190 milhões de Zés e Zéfas. E, o que é pior, conseguindo!



No Brasil, como sabemos, não faltam partidos políticos fazendo coligações das mais medonhas, tendando de forma desesperada controlar a máquina burocrática do Estado Nacional. Siglas e mais siglas que, se em seu programa partidário há exclamações seguidas por xavões, na prática, a diferença entre todos esses partidos não é assim tão perceptível.

Mas no meio de todas essas siglas e facções criminosas (isso sim é o crime organizado, controla até o Estado!) criou-se uma bipolarização partidária burra. Se você critíca o PT, ofendem sua inteligência e te acusam de tucano. Se você critíca o PSDB, ofendem sua honra e te taxam de petista. Que mania desagradável, reducionista e obtusa essa a de encarar a guerra eleitoral. Até isso parece que importamos dos EUA.

 Flagrante de flerte intimista. Repare no olhar sedutor e cordial dos presidenciáveis!
"Nem Shakespeare imaginaria um fim"!

Aliás, cambada, vamos lá, né! Aqui n'A CORTIÇA estamos bem longe das câmeras e dos holofotes. Podemos ser minimamente mais sinceros uns com os outros. Além de não formular uma política para matar sem-terra (como FHC sempre adorou fazer), num plano nacional de governo, quais são as grandes diferenças entre PT e PSDB? 

Algum desses partidos governou rompendo com a lógica do Capital? Algum desses partidos puniu os responsáveis pela Ditadura Militar? Algum desses peitou o PMDB? E a tal da reforma agrária prometida por Lula? Ah! Desculpem-me questionar isso! Talvez eu esteja sofrendo daquela "doença infantil"!

O fato é que nas eleições de 2010 para presidente há uma chance enorme do PSDB voltar diretamente ao poder com Serra, o Terrível! Vale dizer que A CORTIÇA já demonstrou todo o seu apoio ao vampiresco candidato em alguns outros posts. Falamos sobre como ele tratou bem da educação de São Paulo e como ele adora valorizar os professores. Afinal de contas, São Paulo é um Estado cada vez melhor.



Mas A CORTIÇA sabe muito bem que mesmo atingindo mais leitores que o Bradesco atinge de lucro, nossos elogios a Serra, o Terrível, não alcançam (ainda) grande parcela da sociedade (... esperem até eu tomar o poder). Dessa forma, contamos com a ajuda de nossos colegas de profissão, aliados de coração, na hora de eleger um vampirão!




OS TUCANOS AVANÇANDO SUAS TRINCHEIRAS

Como sabemos, nossos amiguinhos da mídia corporativa já estão plenamente em campanha para que Serra, o Terrível, consiga finalmente reproduzir sobre o país inteiro seu sanguinolento governo que já aplicou sobre São Paulo.

Em um seminário promovido pelo Instituto Millenium, em São Paulo (evento ocorrido em 1º de março, cuja inscrição custava a bagatela de R$500,00), representantes do mass-media nacional concluíram que PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Até aí, nenhuma novidade, pois isso sempre foi afirmado ao longo dos oito anos de Lula. Mas em ano eleitoral a cólera tucana fica mais corrosiva.

De acordo com eles, existe o chamado "risco Dilma", ou seja, se a Dilma for eleita o "stalinismo" será implantado no Brasil. Para evitar que  isso ocorra, Arnaldo Jabor em sua fala apresenta a estratégia: "Tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois. Nossa atitude tem que ser agressiva".

Ah, claro! Além do Arnaldo Jabosta, estavam presentes também Reinaldo Azevedo (aquele articulista da Veja, que consegue como ninguém misturar fascismo com neoliberalismo), o Carlos Alberto Di Franco (articulista do Estadão e membro assíduo da Opus Dei) e, não podendo faltar à festa, no evento estava também o ilustríssimo vice-príncipe dos socilólogos, vossa alteza Demétrio Magnoli, em defesa da liberdade (de mercado) atacando o "stalinismo" (e depois dizem que é a esquerda que ainda vive na Guerra Fria, aff...). Poizé! Só gente fina!

Demétrio Magnoli (por mais incível que pareça, à esquerda) dizendo o que pensa sobre Dilma:
"Uma vergonha! Que merda! Desejando governar do alto de sua vassoura..."

Leia tudo aqui na reportagem da Carta Maior.
O Instituto Millenium tem entre seus conselheiros João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, e do fórum participaram entidades como a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e ABAP (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). 

E como sentenciou Reinaldo Azevedo, “na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”!

GÁS MOSTARDA NOS ADVERSÁRIOS DO BAT-TUCANO

Nós, indefesos pagadores de impostos, encontramo-nos no meio de uma guerra entre Alien e Predador! O Lula já está tomando até multa por utilizar do dinheiro público para fazer campanha pra Dilma por aí, assim como o Serra, o Terrível, também utiliza o nosso dinheirinho de paulista otário fazendo campanha "inaugurando maquete" por aqui! Mas convenhamos: contar com o apoio escancarado da mídia nacional tucana, é como utilizar de gás mostarda na guerra eleitoral. Por exemplo nossa velha companheira: a Veja! (tire as crianças da sala)


Depois de oito longos anos engolindo a seco os resultados nada desprezíveis do governo Lula, chegou a hora de ter um velho aliado no poder novamente. Em sua ediçãode 17 de abril,  a Veja foi além de meramente fazer campanha para Serra, o Terrível. Mais que isso, a indispensável revista já o apresenta como presidente pós-Lula.

E o que dizer dá Globo? Foi obrigada a retirar do ar sua campanha de comemoração de 45 anos,  pois não apenas se utiliza do mesmo discurso do PSDB ("o Brasil pode mais") como ainda enaltece o número "45" (coincidentemente o mesmo número que você precisa digitar na urna para que o Brasil tenha uma noite eterna sob a vigilância do vampiro). Não acredita, então veja aí embaixo o vídeo tirado do ar!


Sinceramente, só falta colocar a rampeira da Regina Duarte falando que está com medinho novamente


TENTANDO FUGIR DO MINOTAURO

Mas sem essa de querer ficar questionando a mídia e como ela age! Como se não soubéssemos, não é mesmo?! Sabemos muito bem quem controla toda essa circulação massiva de informações, o que eles pensam e o que querem. E, assim sendo, mais proveitoso que ficar questionando, vale mais a pena atirar pedras. Afinal, paus e pedras podem quebrar seus ossos, antenas e etc.

Vejam que fantástico o documentário "Levante sua voz", produzido pelo Intervozes.

Intervozes - Levante sua voz from Pedro Ekman on Vimeo.


Dirigido por Pedro Ekman (e abertamente inspirado no clássico "Ilha das Flores", 1989, de Jorge Furtado), o curta faz um retrato da concentração dos meios de comunicação existente no Brasil.

Esse é um vídeozinho que vale a pena você repassar pra famíla, pros bródi, até pro Ali Kamel!
 
Como afirma o José Simão: "o Serra é mais feio que a morte comendo pastel"! Mas com seus amiguinhos controlando os meios de comunicação, motivos para sorrir não lhe faltam. Não é mesmo vampirão?


 E nas próximas eleições, em vez do título, acho que vou levar alho e água benta!
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MERCOSUL: SERRA RECEBE “PUÑETAZO” NA ARGENTINA





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Artigo publicado nesta sexta-feira, 30 de abril, no jornal argentino Página 12.
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Mejor joia que farsa
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Por Martín Granovsky
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Los brasileños deberían escribir un libro y mandarlo para aquí: un manual para entender a José Serra. El candidato de oposición para las elecciones presidenciales de octubre dijo primero que el Mercosur es “una farsa”. Después pidió “flexibilizar el Mercosur”. ¿Cómo se flexibiliza una farsa? Misterio. Lo que queda claro, desde la Argentina, es que José Serra asocia el Mercosur con una valoración negativa. Para él, en cambio, sería positivo que Brasil firmase muchos tratados de libre comercio. Según Serra, Brasil no puede hacerlo, justamente, por culpa de las barreras que le impondría el Mercosur. Es decir que su horizonte de política exterior ideal luce muy sencillo: menos Mercosur y muchos TLC [Tratados de Livre Comércio].
El actual gobernador del estado de San Pablo acaba de tirar dos mitos al tacho. El primero es que nadie en Brasil discute la política exterior, que vendría demostrando una continuidad sin fisuras desde que Pedro I se proclamó emperador de una monarquía constitucional en 1822. El segundo es que la política exterior nunca forma parte de la política interna, y menos de una campaña electoral.
Según datos del Intal, el Instituto para la Integración de América latina, cuando en 2009 el comercio internacional se desplomó también bajaron las exportaciones brasileñas a la Argentina, Uruguay y Paraguay, los socios del Mercosur. Las exportaciones bajaron 27,2 por ciento y las importaciones bajaron 12,2 por ciento. Pero la mirada histórica con detalle es más interesante:
- En 2008, cuando la crisis internacional ya había comenzado, las exportaciones se habían incrementado en un 25,3 por ciento respecto del 2007 y las importaciones en un 28,5 por ciento.
- En medio de la peor crisis desde los años ’30, el valor del intercambio con el Mercosur fue de 28.935 millones de dólares en 2009. Casi igual a la cifra registrada en 2007, antes de la crisis: 28.978 millones de dólares.
O sea que la debacle mundial no fue una debacle regional. Serra podría decir que las cifras demuestran su posición: más comercio y menos arancel externo común. Pero, ¿así funciona el mundo? ¿O también el volumen de intercambio y las proporciones que representa el otro socio en el comercio exterior de cada país tienen un fuerte condimento de política internacional?
Ni Brasil ni la Argentina sufrieron el 2009 como Grecia. No sufren tampoco el 2010 de los griegos, caso paradigmático actual de un país obligado a seguir el camino de contracción fiscal y económica sufrida ya por los brasileños con Fernando Henrique Cardoso (FHC) y por los argentinos con Carlos Menem. Pero Grecia está lejos. Más cerca, México sufrió más la crisis porque el 80 por ciento de su intercambio depende de la relación comercial con los Estados Unidos, porque los migrantes a los Estados Unidos disminuyeron sus remesas a casa por falta de trabajo y porque las migraciones bajaron por la combinación de restricciones y políticas como la xenofobia de Arizona.
Brasil y la Argentina fueron menos golpeados por la debacle. En parte cada uno amortiguó el golpe por una política macroeconómica neodesarrollista que compensó la caída apostando a la reactivación y no al ajuste. Y en parte el hecho concreto es que no necesitaron de ningún TLC para seguir con su estrategia de comercio diversificado, entre ellos mismos, con otros socios de la región o con China.
El Mercosur no es el paraíso, en buena medida porque fue vaciado de política por la dupla FHC-Menem con ayuda de Domingo Cavallo, el ministro que adoraba las áreas de libre comercio y detestaba al Mercosur tanto como Serra.
El punto clave es que hoy el Mercosur representa uno de los distintos resultados concretos del armado político regional. Otro resultado es la Unasur, en construcción desde el 9 de diciembre de 2004, que agrupa a toda Sudamérica. Otro más es el Consejo de Defensa Sudamericano. Y la clave de la estabilidad sudamericana es la sólida relación entre la Argentina y Brasil, el vecino de la Argentina que representa la “B” del grupo BRIC junto a India, Rusia y China. No es poco: la región no presenta ningún conflicto limítrofe importante y revela una sintonía mayoritaria y un nivel de paz y previsibilidad que hoy son una rareza mundial. El compromiso alcanzado por los presidentes Cristina Kirchner y José “Pepe” Mujica de respetar el Tratado del Río Uruguay no borra ningún error de cada país en el pasado, pero marca un modo inteligente de recomponer el daño en las relaciones.
Cuando la palabra “farsa” aparece en medio de esta construcción imperfecta pero persistente conviene encender las luces de alerta. ¿Serra –como Eduardo Duhalde aquí con su crítica a los juicios por crímenes de lesa humanidad– eligió la espectacularidad para diferenciarse de Lula y de la candidata del PT Dilma Rousseff? Es probable, pero en su caso conviene tener en cuenta que siempre receló de la relación privilegiada con la Argentina. Si además ignora las construcciones institucionales colectivas, tal vez esté indicando que en su opinión los objetivos regionales deben disolverse en múltiples TLC particulares.
Pero la apuesta a favor del modelo de los TLC no serviría para amortiguar una crisis feroz. Tampoco es útil la receta para solucionar por medio de la negociación, como ya sucedió, tensiones políticas como las vividas en los últimos años en los casos de Bolivia, de Colombia, de Venezuela y de Ecuador, o para dar un horizonte de inclusión a Cuba con el primer encuentro de presidentes de América latina y el Caribe.
No son gestos retóricos. Cuanto más intensa sea la convivencia regional será más fácil para cada país negociar en un mundo turbulento. Sudamérica probó que puede mantener diferencias con los Estados Unidos, como cuando rechazó el área de Libre Comercio de las Américas, un tema que hoy parece archivado para todos, vaya a saber si también para Serra, y a la vez evitar la hostilidad infantil con Washington. Brasil y la Argentina, por tomar de ejemplo a los dos socios mayores del Mercosur, tuvieron una postura común frente a la deuda: se desengancharon del Fondo Monetario Internacional, aumentaron sus reservas, abandonaron el modelo adictivo de absorción de capitales y desconectaron la mecha común que unía a dos bombas, la deuda interna y la deuda externa. Los dos países plantean ahora reformas democratizadoras en el FMI y los otros organismos multilaterales. Y consiguieron que cada diferencia en el comercio quede limitada a un pequeño porcentaje de su intercambio bilateral (es menor al 10 por ciento del total) y pueda ser negociada sin escaladas políticas.
Con esta política Brasil y la Argentina crecieron y disminuyeron la indigencia y la miseria. Lo mismo hizo Uruguay con Tabaré Vázquez primero y ahora con Mujica, y eso intenta Paraguay con Fernando Lugo. El resultado no está tan mal, si se lo compara con épocas anteriores de recesión o, como en la primera etapa Cavallo-Menem, de crecimiento sin mayor justicia social ni aumento del empleo.
¿Qué farsa querrá montar Serra en Brasil? Con FHC y Menem, dos tipos divertidos cada uno a su modo, ambos países terminaron llorando. Y en la vida, para decirlo en brasileño, siempre es mejor la joia. 
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