“O Filho no Brasil” tem estreia modesta

Para quem esperava um público recorde, foi uma decepção a estreia de Lula, o Filho no Brasil. O filme de Fábio Barreto levou 199 000 pessoas aos cinemas no seu primeiro fim de semana em cartaz. Uma estreia para lá de modesta em relação às suas pretensões superlativas.

Foi o segundo filme mais visto do fim de semana. Perdeu para Avatar, que, em sua terceira semana de exibição, conseguiu vender 610 000 ingressos (no total, o seu público é de 3,5 milhões de espectadores).

Quando se compara Lula, o Filho do Brasil com outros campeões de bilheteria do cinema nacional, a derrota é expressiva. Carandiru levou 468 000 pessoas aos cinemas no seu primeiro fim de semana. Se Eu Fosse Você 2, 570 000 espectadores; e 2 Filhos de Francisco, 266 000.

Pelo menos por enquanto, nos cinemas Lula não é ainda “o cara”.

Este foi, enfatize-se, o resultado de bilheteria do filme no modelo tradicional - ou seja, o espectador vai ao cinema, compra o seu ingresso e ponto. Deve-se ressaltar, porém, que Lula, o Filho do Brasil tem um esquema inédito de promoção: seus produtores o negociaram pacotes promocionais a bom preço com sindicatos, venderam lotes gigantescos de ingressos para grandes empresas. Mais à frente, portanto, tal modelo inflará o resultado final da fita.



Por Lauro Jardim

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REPÓRTER TUCANO DE TV BANDALHA SAI “EM DEFESA DE BÓRIS CASOY”


O jornalista, “escritor” e “artista” Fábio Pannunzio, aquele mesmo que já tachou este Cloaca News de “blog justiceiro” e chamou o colega Luiz Carlos Azenha de “Simonal moralista do jornalismo brasileiro”, acaba de obrar mais uma das suas. Desta vez, o âncora júnior da Rede Bandalha vale-se de seu blog para classificar de “exagero” a onda de indignação provocada pela odienta e preconceituosa manifestação de Boris Casoy sobre os garis. Segundo ele – acredite! – “o diálogo permite várias interpretações diferentes”, referindo-se ao límpido e cristalino áudio vazado no intervalo do Jornal da Band. Escreveu Pannunzio: “Segundo a Vanessa Kalil, que é minha amiga querida e é também a editora-executiva do Jornal da Noite, o sentido verdadeiro não era o que foi abstraído pela opinião pública. O que ele estaria querendo dizer é que havia restado aos garis, que estão na base da pirâmide social, dar a mensagem de boas festas naquela edição do telejornal. Uma das frases -- "do alto de suas vassouras" -- sequer foi pronunciada por ele”.

Se você continua achando que já tinha visto, lido e ouvido de tudo nesta vida, clique aqui e abstraia.

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Dr. Robalo - 01

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O LIXEIRO E A EMPREGADA

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Produzido em abril de 2008, o clipe abaixo é obra de um grupo de estudantes de Comunicação Social – Turma de Rádio e TV - da Universidade Federal da Paraíba. A canção-tema é da lavra de Amado Batista, um brasileiro que, antes de tornar-se um dos campões de vendas de discos em nosso país, foi…"catador de lixo".
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BÔNUS
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A Demofobia de Bóris Casoy e o Silêncio Eloqüente da Grande Imprensa.

Charge de Carlos Latuff

A fala preconceituosa do Bóris Casoy no “Jornal da Band”, do dia 31/12, já foi reproduzida e comentada em inúmeros blogs e sítios da grande rede como o Cloaca News, o Blog do Azenha e o Blog do Nassif. No entanto, contribuindo para divulgar ao máximo este fato lamentável, também faço questão de postar aqui, no “Abobrinhas”, o vídeo com os comentários do “jornalista” da Rede Bandeirantes, bem como o texto do e-mail sobre o ocorrido, que encaminhei para a minha lista de contatos. Afinal, quando é para defender os interesses de um dos seus, a grande imprensa praticamente ignora episódios como este, que dariam primeira página se envolvessem qualquer outra figura pública. Neste sentido, o fato dos principais "veículos de comunicação" do país não terem dado quase nenhuma repercussão aos comentários do Casoy traduz de forma perfeita aquilo que o velho Nelson Rodrigues chamava, com muita propriedade, de "silêncio eloqüente”.

O “jornalista” Bóris Casoy possui um passado extremante complicado e comprometedor, tendo sido um colaborador declarado da ditadura militar e de tristes figuras como o ex-governador Paulo Maluf. No entanto, por conta de seu discurso moralista e indignado (representado pelo bordão “É uma vergonha”), ele converteu-se em um dos principais ídolos jornalísticos da nossa “classe mérdia”, tão ciosa da ética e da moralidade públicas. Nos últimos anos, ele se tornou um dos principais combatentes da trincheira da grande mídia contra o governo Lula, ao lado de outros ícones médio-classistas como Merval Pereira, Miriam Leitão, Diogo Mainardi e Arnaldo Jabor. Porém, no último dia 31 de dezembro, a sua máscara caiu diante de milhares de telespectadores que viram e ouviram, ao vivo e a cores, uma clara e explícita demonstração de demofobia – típica de alguns setores das nossas elites e da classe média que procura imitá-la – diante das câmeras. Depois de uma mensagem de ano-novo dada por dois garis no “Jornal da Band”, o paladino da moralidade, sem perceber que os microfones estavam abertos, fez o seguinte comentário: “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades... Do alto de suas vassouras! Dois lixeiros... O mais baixo da escala de trabalho!”. Se a Band fosse uma rede de televisão séria, isto daria demissão sumária. Mas quem disse que os Saad vão querer demitir um de seus melhores soldados na luta contra o governo Lula e contra tudo aquilo que ele representa?



Post-Scriptum em 10/01/2010:

A repercussão deste caso, principalmente por conta da força da internet, acabou fazendo com que a grande imprensa rompesse o seu silêncio e abordasse o assunto. Porém, como era de se esperar, a maior parte do que foi publicado - na mídia impressa ou em blogs de colunistas dos grandes jornais e redes de televisão - consistiu em defesas veementes de Casoy e em ataques ao "massacre" que as "patrulhas esquerdistas" estariam promovendo contra um jornalista "sério e independente". Mas, para desespero dos bravos defensores da "liberdade de imprensa" e do inclímo paladino da ética, a mobilização da blogosfera possibilitou que episódios nebulosos do passado de Casoy viessem à tona. Um bom exemplo disto são os seus vínculos com o famigerado CCC (Comando de Caça aos Comunistas), na década de 1960, levantados pelo excelente blog Cloaca News, ao resgatar uma reportagem sobre esta organização fascista publicada na revista "O Cruzeiro", em 1968. Pois é, são esses os combativos jornalistas que batem no peito e falam em ética, liberdade de imprensa e moralidade pública!

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