Uma visão coerente dos irmãos judeus.


Quero expressar alguns dos meus sentimentos e convicções pessoais suscitados por sua visita, presidente Shimon Peres, à sede do governo de São Paulo.

1 - Tenho enorme admiração por Israel. A terra que abriga relíquias sagradas de três religiões mantém vivo o que eu ousaria chamar de um milagre dos homens: o regime democrático.

2 - Quem nega o Holocausto dos judeus agride de modo indelével a memória de um povo. E agride toda a humanidade.

3 - O estado de Israel foi criado para que, dos escombros do horror, florescesse, como floresceu, a esperança de paz e segurança para o povo judeu. Ao nascer, Israel mostrou logo que não era uma promessa a mais, e sim um fato. Não é uma peça negociável e permutável no concerto das nações. Cumpriu-se, com justiça, um destino. Falta agora que se cumpra a paz.

4 - Paradoxalmente, a história de Israel é, a um só tempo, muito curta e muito longa, confundindo-se com os tempos imemoriais, quando a humanidade começou a plasmar valores éticos que ainda hoje nos guiam. De sua história recente, lembro da penosa decisão de Ben Gurion, no começo do começo de Israel, de afundar o navio Altalena, carregado de armas, porque radicais do seu próprio povo haviam feito a opção errada pelo confronto, e não pelo entendimento. Ben Gurion demonstrou ali que queria, de verdade, a paz. E, empregando o termo “navio” como uma metáfora, observo, senhor presidente: “Aqueles que querem a paz têm de ter a coragem de afundar o próprio navio do terror”.

5. Entendo que o terrorismo significa a negação da política, e aqueles que o praticam ou promovem não são nossos interlocutores: têm de ser duramente combatidos.

6 - Acreditamos na coexistência pacífica dos povos; acreditamos que Israel e seus vizinhos árabes podem trilhar o caminho da paz; apoiamos, como apóia a maioria dos israelenses, a criação de um estado palestino desde que garantida a segurança de Israel. E, por isso mesmo, entendemos que só acontecerá o melhor se o terreno dos confrontos e das diferenças for a política. Para que possamos reconhecer o “outro”, é preciso que este “outro” também nos reconheça.

7. Exatamente por isso, e porque é preciso reconhecer o outro para ser, por sua vez, reconhecido, quero prestar aqui um tributo a V. Excia., presidente Peres, pela coragem de elogiar publicamente o espírito democrático e a disposição para negociar de Mahamoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, e pelo apelo que tem feito para que ele não renuncie a candidatar-se à reeleição.

8. O Brasil foi um ator relevante na criação do Estado de Israel. Sob a presidência de Oswaldo Aranha, a 49ª Sessão da 2ª Assembléia-Geral da ONU aprovou, no dia 29 de novembro de 1947, a partilha da Palestina com o povo judeu. Não há circunstância que abale o que é um traço do nosso povo: a defesa da paz e do direito que têm os povos de conduzir o próprio destino. Esteja certo, pois, de que a população brasileira reconhece o direito que Israel tem de viver em paz e em segurança. Não vive em paz quem está inseguro; não vive seguro quem não está em paz. Não pode haver segurança onde não há paz. Mas não pode haver paz onde não há segurança.

Saiba, senhor presidente, que Israel tem neste governador de Estado um amigo. Mais do que isto: Alberto Goldman, vice-governador do Estado, é judeu. Felizmente, os judeus estão em todos os cantos do Brasil, deixando sempre as marcas do humanismo, do seu trabalho, dos seus valores culturais, de sua solidariedade.


Governador de SP José Serra, em discurso durante a visita de Shimon Peres à SP.
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Porto Alegre é D+


Por Antonio Cattani (*)

A Zero Hora publica tanta bobagem que uma grande parte passa desapercebida. Tendo ficado acamado no fim de semana tive um pouco mais de tempo para desperdiçar, no caso, lendo a edição de sábado do New York Times da Azenha. Na seção de artigos foi publicado algo que deveria ter sido intitulado “Porto Alegre: capital do Estado da Flórida” de autoria do Secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico de Porto Alegre, Clóvis Magalhães.

Com este artigo ficamos sabendo que Porto Alegre está preparada para enfrentar grandes desafios de segurança e convivência pacífica, estando imune a catástrofes ambientais, conflitos armados e violência generalizada. Isso tudo por obra do programa de Governança iluminada e antecipadora da atual e interminável gestão. Mais do que isso, a cidade é líder mundial na discussão e promoção de uma agenda de democracia participativa, é modelo e referência do OP; é reconhecida internacionalmente no cumprimento pleno da promoção da paz e do desenvolvimento sustentável.

O estratégico secretário não caminha pela cidade, não conhece a periferia, nunca ouviu falar da Grande Cruzeiro, dos engarrafamentos da Rodoviária, da Independência, da Assis Brasil, da Bento e de mais uns 50 pontos problemáticos. O gestionário secretário não passa perto dos milhares de mendigos que ocupam ruas e praças, ambos, mendigos e lugares, em condições lastimáveis. O gestionário secretário deve estar permanentemente com fones de ouvido escutando Sing Along Sounds e assim, pode ignorar o fato que Porto Alegre é a pior capital brasileira em termos de qualidade de vida considerando-se a emissão de ruidos provocados pelo trânsito.

O título de “secretário de acompanhamento estratégico” deve se referir à tarefa de seguir o evanescente prefeito no mundo da fantasia, acreditando que administram a Disneylândia. Só falta adaptar os nomes locais aos personagens famosos: a Bela Adormecida, o rato Mickey, o Pateta etc.

(*) Professor titular de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Festa nas trevas


Fantasmas surgem da escuridão. Ainda não sabem direito para onde seguir. A mídia, confusa, chega ao ponto de dizer o que um entrevistado disse e mostrar logo em seguida que ele não disse, como mostra o Cloaca. Mas tentam, ficaram animados. Pouco importa que o recente apagão não traduza crise de energia, o que é claro. A escuridão trata de fazer os gatos todos ficarem pardos. Aliás, foi o que José Serra e alguns outros representantes da noite aprenderam recentemente com o professor Drew Western, que diz que o importante não é fazer um eleitor pensar, mas sentir. Ou, mais vale parecer que é do que ser. Como se essa gente mal iluminada não soubesse, poderiam até ensinar.

Mas estou com uma pulga atrás da orelha. Não chego ao ponto de desconfiar, como o Eduardo Guimarães, de redações preparando edição sobre o apagão antes do fato. Menos. Mas acho que não é nada difícil no quadro atual aparecerem crimes políticos para alimentar o forno da mídia, que carece de mais lenha. E fui pesquisar para encarar meus medos e desconfianças.

Com umas googadas, achei uma tese do último Simpósio de Inovação Tecnológica, de autoria de André Luiz Carneiro de Araújo, Paulo Régis Carneiro de Araújo e Antônio Themóteo Varela. Trata-se de uma solução tecnológica para evitar furto de cabos elétricos. Segundo eles, algo que acontece com freqüência. Para mostrar o funcionamento de suas idéias, analisam o processo do ataque dos ladrões:

Em um primeiro cenário, o indivíduo que deseja violar o sistema inicialmente tenta derrubar o sistema elétrico. Há duas formas em que ele pode fazer isso. A primeira é abrindo as canelas que fica antes do transformador. Neste caso a concessionária não tem como identificar o evento. A segunda é provocando um curto fase-fase ou fase-neutro que aciona o dispositivo de segurança do sistema. A concessionária consegue identificar o evento, entretanto não consegue determinar se o evento é um furto ou outro problema qualquer em sua rede.


São especialistas no setor. Fica claro que há maneiras fáceis de derrubar um sistema elétrico. Principalmente quando há muitos interesses envolvidos.

Neste ponto estou com o Eduardo Guimarães: Atenção! Vamos botar a PF pra trabalhar!


Em tempo:

A melhor frase sobre a cobertura do apagão é do Hermenauta: “Juro que nunca vi tantos inimigos do Iluminismo reclamarem tanto do escuro…”.
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Você sabe o que é o Foro de São Paulo?

Capítulo 1 - A Internacional Rebelde No Brasil


Capítulo 2 - Heitor de Paola


Capítulo 3 - O Discurso de Lula


Capítulo 4 - Reinaldo Azevedo


Capítulo 5 - Decálogo


Capítulo 6 - Chavez e afins


Capítulo 7 - FARC I


Capítulo 8 - FARC II


Capítulo 9 - Soberania Como Farsa


Capítulo 10 - Alejandro Peña Esclusa


O ANTI FORO DE SÃO PAULO - UNOAMÈRICA



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